Arquivo diários:31 de outubro de 2024
DEU NO X
JESSIER QUIRINO - DE CUMPADE PRA CUMPADE
COMÍCIO DE BECO ESTREITO
SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO
UM ENGOLINDO O OUTRO
DEU NO X
FEDENTINA É COM A ESQUERDA
ALEXANDRE GARCIA
AS ELEIÇÕES-PROBLEMA AO REDOR DO MUNDO
Oposição na Geórgia diz que eleições do país foram fraudadas em benefício de partido pró-Rússia
A eleição presidencial já está começando aqui no Brasil, né? A reta final de uma é o início da outra. Enquanto isso, lá nos Estados Unidos, estão em reta final mesmo: na próxima terça-feira, dia 5, os americanos decidem entre Kamala Harris e Donald Trump. Segundo as pesquisas, estão empatados.
E quarta-feira fez dois anos que Lula ganhou de Jair Bolsonaro no segundo turno, conquistou seu terceiro mandato. Foi apertadíssimo, praticamente um empate: 50,9% a 49,1%. Claramente, em um caso desses, o perdedor pediria a recontagem manual dos votos, mas não é possível. Na Geórgia, uma antiga república soviética, a oposição está pedindo a anulação da primeira eleição feita com urnas eletrônicas, afirmando que ela foi manipulada. Venceu o partido pró-Rússia, pró-Putin, que fez 54% dos votos.
Também nesta quarta, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, foi aprovada uma audiência pública para discutir a questão da contagem dos votos. Na maior parte dos lugares o voto é contado na própria seção, com fiscalização dos partidos políticos, ali na hora. São 200, 300 votos a serem contados, fazem tudo rapidinho, não há lentidão alguma. Colocam no boletim e transmitem. São os tais boletins que Nicolás Maduro não quis mostrar e Lula está exigindo até agora. A Venezuela está quase rompendo com o Brasil por causa disso. Chamou e vai advertir o embaixador, diz que são mentiras grosseiras do governo brasileiro, de Celso Amorim, que é o ministro de facto das Relações Exteriores. Tudo isso em torno de mal-entendidos, jogo de poder.
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Autoridades ainda não descobriram como acabar com a selvageria das torcidas
Falando em jogo, que loucura anda o futebol. Na quarta, em Montevidéu, já estavam jogando pedras nos ônibus da torcida do Botafogo. No mesmo dia, a Justiça decretou a prisão do presidente da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras, e de mais cinco pessoas pelo incêndio no ônibus com a torcida do Cruzeiro. Um incêndio que seria para matar todo mundo, matou um. A violência no futebol é uma coisa incrível, e os clubes não tomam providências. Esses “torcedores” deveriam ser afastados liminarmente – até já fizeram isso, mas não funcionou da primeira vez. É preciso identificar os violentos e não deixá-los entrar nos estádios.
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Chuvas produzem catástrofe climática no sul da Espanha
Muita gente fala das mudanças climáticas; parece que o Mar Mediterrâneo esquentou e provocou chuvas mais violentas. O que se viu na cidade de Valência, no sul da Espanha, foi uma loucura. A água da chuva produziu rios na cidade, que foram empilhando carros pelas ruas. Falam em 100 mortos. Uma tragédia muito grande.
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Uma decisão para reduzir nossa dependência do fertilizante importado
Um tema muito importante é a oferta de fertilizante para o nosso agro. Temos condições de produzir e depender menos das importações. Hoje, dependemos da Rússia e do Marrocos, que tem principalmente fosfato. Nós importamos muito fosfato, 75% do que usamos; isso dá 1,5 milhão de toneladas por mês. Mas também temos fosfato por aqui, no Rio Grande do Sul, na Amazônia – só que a ditadura do ambientalismo não deixa explorar. Na quarta-feira se conseguiu uma vitória: a Justiça Federal de primeira instância em Bagé (RS) liberou a exploração de uma mina de fosfato em Lavras do Sul (RS).
Nós temos muita terra, mas a terra precisa de alimento para que depois nos alimente. E a terra originalmente improdutiva se torna fértil graças ao trabalho do agro brasileiro, que nos põe comida à mesa e nos dá divisas para que possamos importar os artigos que consumimos – automóveis, máquinas, mas também remédios.
DEU NO JORNAL
A MÁQUINA DE PERSEGUIÇÃO
Leandro Ruschel
O New York Times (NYT) está preparando uma série de “reportagens” com o objetivo de pressionar o YouTube a desmonetizar canais conservadores nos EUA.
Essas reportagens baseiam-se em um “estudo” produzido pela ONG de extrema-esquerda Media Matters, financiada por George Soros.
O objetivo declarado desse grupo é “corrigir a desinformação produzida por conservadores”, mas, na realidade, trata-se de uma campanha para censurar qualquer voz que não esteja alinhada à esquerda.
A revelação foi feita por Ben Shapiro, um dos editores do maior portal conservador americano, Daily Wire. Outros influenciadores relataram receber um pedido do NYT para comentar as acusações de “produzir desinformação eleitoral”, numa matéria que deve ser publicada em breve.
Essa estratégia tem sido amplamente utilizada no Brasil. ONGs e outros grupos, como “laboratórios de internet”, financiados por Soros e outros globalistas, produzem relatórios que visam mapear e criminalizar conservadores.
Um dos principais grupos no Brasil responsável pela perseguição à direita é o NetLab, da UFRJ, que está sob investigação do TCU por desvio de finalidade de verbas públicas, direcionadas ao grupo pelo governo petista.
A “imprensa”, aparelhada pela esquerda, divulga e legitima esses trabalhos, que acabam servindo como base para CPIs e para ações judiciais, promovendo a censura e a repressão.
Tanto a esquerda americana quanto a brasileira exibem um perfil cada vez mais totalitário. Seu objetivo é alcançar o poder hegemônico por meio da repressão sistemática dos seus opositores políticos, começando pela censura e muitas vezes acabando até em prisão.
DEU NO JORNAL
INSULTADO PELO DILETO AMIGO
Após se “queimar” na comunidade internacional pela omissão diante da escandalosa fraude eleitoral na Venezuela, o presidente Lula (PT) passou a ser atacado pelo ditador que protege e bajula, agora enfurecido porque o governo petista não retirou o veto ao ingresso venezuelano no grupo do Brics.
O veto foi imposto pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) a Venezuela e Nicarágua, mas Lula resolveu não mexer nisso, na cúpula de Kazan, tentando não se desgastar ainda mais perante o mundo.
Sobrou até para Celso Amorim, ideólogo da bajulação a ditadores “de esquerda”, as críticas de Maduro na nota de convocação do embaixador.
Chamando seu embaixador no Brasil para “consultas”, Maduro sinalizou que pode levar sua fúria ao extremo de romper relações diplomáticas.
Maduro mandou seu chanceler e o procurador-geral chamar Lula de mentiroso e farsante, por “encenar” um acidente para não ir a Kazan.
O Itamaraty acha que o ditador até retire a embaixada da Argentina em Caracas da tutela brasileira, abrindo caminho para prender asilados.
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Que notícia boa: o ditador Maduro, adorado e bajulado por Lula, chamando o nosso descondenado de “mentiroso e farsante”.
Essa briga faz um bem enorme pra banda decente desse pedaço de mundo.
A nota aí de cima começa citando a “escandalosa fraude eleitoral na Venezuela”.
Ufa!
Ainda bem que é na Venezuela.
Aqui na nossa querida pátria amada nós não temos isso.
DEU NO X
CACHORRADA FUTEBOLEIRA!
Viva o cachorro pic.twitter.com/CPY9GXUYcH
— Milton Neves (@Miltonneves) October 29, 2024
RODRIGO CONSTANTINO
BIDEN CHAMA APOIADORES DE TRUMP DE “LIXO”
Um comediante no comício de Donald Trump se referiu a Porto Rico de forma pejorativa. O mundo veio abaixo, os democratas ficaram em polvorosa e os artistas fizeram uma celeuma, saindo em defesa dos porto-riquenhos. Era a prova de que Trump é um preconceituoso com latinos. Até o presidente Joe Biden, no dia seguinte, avacalhar com toda a narrativa.
Biden, um tanto senil, resolveu chamar logo todos os apoiadores de Trump de “lixo”. Trump estava num comício e o senador Marco Rubio o avisou da “gafe”. Trump lembrou então da fala de Hillary Clinton em 2016, acusando os eleitores republicanos de “cesto de deploráveis”. Em seguida, Trump pediu que perdoassem Biden, pois ele não sabe o que fala.
Demonizar os eleitores do seu adversário nunca é boa estratégia numa corrida apertada. Toda a campanha democrata gira em torno, hoje, da associação forçada entre Trump e Hitler, o que chega a ser um tanto ofensivo para com os judeus, ainda mais quando lembramos que Trump foi o presidente mais pró-Israel da história.
Mas a conclusão é até lógica: se Trump é Hitler reencarnado, então quem o apoia só pode ser “lixo” mesmo. O ponto, claro, é que Trump não tem nada de Hitler, e a imensa maioria dos apoiadores de Trump é formada por patriotas decentes. A Casa Branca soltou uma nota tentando consertar, alegando que Biden chamou de lixo a fala dos apoiadores de Trump, não eles. Mas era tarde demais. Até o governador Josh Shapiro condenou Biden.
Já a velha imprensa prefere o silêncio seletivo, o eterno duplo padrão. Coloca um holofote na fala desastrosa do comediante republicano, e finge que nem viu a “gafe” do presidente – que não estava contando nenhuma piada, o que torna tudo mais grave. A esquerda tem salvo-conduto para odiar, pois é o “ódio do bem”. E aqui reside boa parte do problema: a hipocrisia dos “progressistas”. Donald Trump aproveitou para alfinetar Kamala Harris numa postagem com 250 mil curtidas até agora:
Enquanto eu conduzo uma campanha de soluções positivas para salvar a América, Kamala Harris conduz uma campanha de ódio. Ela passou a semana inteira comparando seus oponentes políticos aos mais perversos assassinos em massa da história. Agora, acima de tudo, Joe Biden chama nossos apoiadores de “lixo”. Você não pode liderar a América se não amar o povo americano. Kamala Harris e Joe Biden mostraram que ambos são inadequados para ser Presidente dos Estados Unidos. Tenho orgulho de liderar a maior, mais ampla e mais importante coalizão política da história americana. Damos as boas-vindas a um número histórico de latinos, afro-americanos, asiático-americanos e cidadãos de todas as raças, religiões, cores e credos. É meu desejo ser o Presidente de todo o povo.
Trump tem um bom ponto. Sua defesa dos valores americanos não exclui qualquer minoria, e a alegação de que ele é contra imigrantes é completamente falsa – ele é contra imigrantes ilegais, especialmente aqueles que cometem crimes sob a proteção democrata.
Como brincou a página de humor Babylon Bee, Trump fez o comício “nazista” com mais diversidade étnica da história! Era uma brincadeira com a acusação – séria – de que ele era como Hitler por realizar um comício em Madison Square Garden em Nova York, só porque os nazistas fizeram um evento lá em 1939! Hitler também bebia água, então deve estar aí a “prova” de que Trump é ele reencarnado…
Esse tipo de ataque pérfido e irresponsável denota o desespero da campanha democrata. Infelizmente, a esquerda nunca abandona essa tática suja e que divide a população, fomenta o ódio e esgarça o tecido social. Mas depois, com ar cínico, eles culpam os conservadores pela divisão, como fez Obama recentemente. Não dá para chamar seu opositor de Hitler e seus apoiadores de lixo e depois bancar a vítima, não é mesmo?
DEU NO JORNAL
À PROCURA DE UMA ESTRATÉGIA
Editorial Gazeta do Povo
Tarcísio de Freitas, que apoiou reeleição de Ricardo Nunes, é um dos líderes da direita que saem fortalecidos das eleições municipais
O segundo turno das eleições municipais, com a definição das 51 prefeituras ainda em disputa, incluindo 15 capitais, terminou com um gosto ruim para a esquerda, que testemunhou uma nova rodada de demonstrações de preferência do eleitor pela direita ou pela centro-direita. Eleições municipais, bem sabemos, costumam priorizar as capacidades de gestão dos candidatos, com ênfase nos problemas locais, e girar menos em torno das grandes questões ideológicas sobre as quais um prefeito tem pouca ou nenhuma influência. Mesmo assim, não há dúvidas de que o Centrão e legendas mais à direita estão em uma trajetória ascendente que terá seus reflexos em 2026.
O PT até conquistou uma capital, Fortaleza (CE), depois de ter passado em branco em 2020; mesmo assim, a vitória foi apertadíssima, com vantagem de apenas 10 mil votos para o petista Evandro Leitão, e isso apesar de todo o empenho colocado pelo partido na vitória de seu candidato. Das outras três vitórias petistas no segundo turno, duas delas – Camaçari (BA) e Pelotas (RS) – também vieram por margem estreitíssima: 1,84 e 0,72 ponto de vantagem, respectivamente. Em termos de prefeituras conquistadas, o PT já nem é o líder entre as legendas de esquerda, posto que cabe ao PSB (que, ainda assim, foi apenas o sétimo partido em número de prefeitos eleitos). Por fim, mesmo que Guilherme Boulos (PSol) não pertença ao PT, sua derrota em São Paulo também foi um baque para as capacidades de Lula como cabo eleitoral e uma demonstração de que a esquerda de matiz mais identitário parece já ter atingido seu teto em termos de votos.
Na outra ponta, o PL terminou o pleito de 2024 como o partido mais votado nas disputas para prefeito, mas amargou derrotas neste segundo turno, como na já citada Fortaleza, mas também em Belo Horizonte, onde Bruno Engler (PL) foi derrotado pelo reeleito Fuad Noman (PSD); e em Goiânia, onde Fred Rodrigues (PL) perdeu para Sandro Mabel (União). Em Curitiba, as simpatias do ex-presidente Jair Bolsonaro se dividiram entre o vencedor, Eduardo Pimentel (PSD), que tem Paulo Martins (PL) como vice, e a candidata Cristina Graeml (PMB). Em São Paulo, a legenda de Bolsonaro também estava coligada com o vencedor, o reeleito Ricardo Nunes (MDB), mas o nome da direita que mais se empenhou na campanha foi o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
É aqui que mesmo resultados negativos para o PL ou para candidatos apoiados por Bolsonaro podem ser vistos por outra ótica. Primeiro, porque o fato de em várias cidades a disputa ter se dado entre a direita e a centro-direita indica que o eleitor decidiu dizer um enfático “não” à esquerda a ponto de tirá-la completamente da disputa já no primeiro turno. Segundo, porque algumas vitórias mostram a força de outros líderes de direita e centro-direita que podem se legitimar para 2026, caso de Tarcísio de Freitas e de outros governadores, como o goiano Ronaldo Caiado (União) e o paranaense Ratinho Jr. (PSD). Por mais que Bolsonaro siga afirmando que é o nome da direita para disputar o Planalto em 2026, as chances de ele reverter sua inelegibilidade são muito pequenas. Será preciso abrir espaço para outros nomes que sejam viáveis na missão de negar ao PT um novo mandato presidencial.
Demonstrar força no pleito municipal é, também, uma forma de atrair aquela fatia do Centrão que é ideologicamente amorfa e vai para onde o vento leva. Os resultados desde outubro de 2024, combinados com o desgaste do governo federal, ajudam a direita a sair na frente para 2026, mas isso não basta: derrotar Lula continua a ser uma tarefa bastante difícil, e que não será realizada sem uma boa estratégia nos próximos dois anos.