Nikolas Ferreira
Após ficar um tempo sem aparecer nas mídias, não demorou para Janja voltar aos holofotes tentando ganhar destaque (novamente negativo), no início deste mês. A atual primeira-dama postou um vídeo caminhando e dançando uma música de Margareth Menezes, ministra da Cultura, e afirmando: “É a música do Carnaval”. Claro que considerando a atual situação do Brasil, principalmente no âmbito econômico, a publicação não repercutiu bem.
Segundo a pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada na última quarta-feira, 12, a impopularidade de Janja saltou de 40% para 58% em três meses, e motivos para isso não faltam. Rosângela tem um vasto histórico de “gafes” como diria a velha mídia, que contribuem de forma constante para que esse número siga aumentando.
A falta de transparência sobre seus compromissos no Palácio do Planalto, os gastos exagerados de dinheiro público para bancar viagens, assessoria e eventos, e o xingamento ao empresário sul-africano Elon Musk, são apenas alguns dos exemplos, que eu inclusive já citei em outros textos.
Além disso, há questões como a dispensa do historiador Claudio Soares, que era o responsável por cuidar do acervo pessoal de Lula e foi substituído por Jackson Raymundo, um amigo pessoal de Janja, além do reajuste salarial de duas de suas assessoras, conforme divulgado pela imprensa em janeiro.
Lembro que em dezembro do ano passado, a Globo News destacou, em um dos seus telejornais, a grande influência da primeira-dama na comunicação do governo, e o desgaste que ocasionou na queda de Paulo Pimenta na pasta.
Confesso que considerando a postura e as declarações de Lula e de sua esposa, Pimenta deve estar aliviado por ter se livrado dessa árdua e impossível missão, que é fazer a gestão petista parecer o que ela não é.
Janja é somente mais um retrato do atual governo, cada vez mais distante da realidade da população.
Sua viagem recente para Roma, com uma comitiva que já custou ao menos R$140 mil aos cofres públicos, segundo a apuração do jornal Estado de S. Paulo, com certeza não mudará essa realidade cada vez mais indigesta para a esquerda.