DEU NO X

DEU NO JORNAL

DEU NO JORNAL

RLIPPI CARTOONS

XICO COM X, BIZERRA COM I

ENCONTROS AO REDOR DO SONHO

Dia desses andei relendo esse livrinho e me encantei, de novo. 30 conversas interessantes com gente do Nordeste, tipo Dom Hélder, Manoel Bandeira, Luiz Gonzaga, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna, Jackson do Pandeiro, Sivuca, dentre outros.

Como se não bastasse tem prefácio e apresentações de Dr. José Paulo Cavalcanti Filho, Maciel Melo, Luiz Berto e Paulo Rocha.

Gostei e recomendo.

É só pedir pelo imeio xicobizerra@gmail.com – que eu entrego em todo o Brasil.

E custa só R$ 46,00, frete incluso.

COMENTÁRIO DO LEITOR

RECORDAÇÕES

Comentário sobre a postagem POLÍCIA DO PENSAMENTO

Pablo Lopes:

No início dos anos 1970 eu, então com 5 para 6 anos, comecei a ser alfabetizado por minhas irmãs mais velhas. O método utilizado por elas consistia em sentarmos em volta de folhas do jornal O Estado de São Paulo, que minha mãe comprava aos domingos, e aos poucos iam me ensinando a conhecer as letras, depois juntá-las formando palavras, frases, etc. Assim, lendo noticias de jornal, fui alfabetizado.

Dessa forma, minhas recordações de leitura mais antigas são noticias da época, as quais eu pouco entendia, vez que não fazia ideia do ambiente político da época. Entre essas lembranças está a leitura de um trecho de “Os Luziadas”, de Camões e uma receita de bacalhau ao forno (juro!).

Somente já adulto, com a redemocratização, fiquei sabendo que o jornal costumava colocar tais textos para preencher o espaço vazio deixado pelas matérias que haviam sido censuradas pela ditadura, que mantinha um censor na redação e outro na gráfica do jornal.

Trago estas recordações em razão da escalada autoritária que vemos avançar no TSE, STF e Congresso Nacional. Ao responsabilizar civil e criminalmente as plataformas digitais pelo conteúdo publicado pelos usuários, quando classificados por termos vagos como “discurso de ódio” ou “de cunho preconceituoso”, o que se quer, na verdade, é silenciar qualquer opinião crítica ao regime.

Estas medidas ditatoriais visam transferir para as plataformas digitais a execução do trabalho sujo de censura; o regime não quer sujar as mãos. Assim, voltamos ao início deste comentário, onde teremos censores atuando na redação das redes sociais disfarçados de algoritmos.

Resta apenas saber quais serão os poemas e receitas de bacalhau que irão ocupar o vazio deixado pelos censores do século XXI.

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

FRUTO PROIBIDO – Adelino Fontoura

Escravo dessa angélica meiguice
por uma lei fatal, como um castigo,
não abrigara tanta dor comigo,
se este afeto que sinto não sentisse.

Que te não doa, entanto, isto que digo
nem as magoadas falas que te disse.
Não tas dissera nunca, se não visse
que por dizê-las minha dor mitigo

Longe de ti, sereno e resoluto,
irei morrer, misérrimo, esquecido,
mas hei de amar-te sempre, anjo impoluto.

És para mim o fruto proibido:
não pousarei meus lábios nesse fruto;
mas morrerei sem nunca ter vivido.

Adelino Fontoura Chaves, Axixá-MA, (1859-1884)

DEU NO X

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

DEU NO JORNAL