DEU NO X

RLIPPI CARTOONS

RODRIGO CONSTANTINO

BARROSO, TEÓRICO DA CONSPIRAÇÃO

Luís Roberto Barroso, presidente do STF

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, voltou a vestir seu boné de militante ideológico e atacou a “extrema direita”. Barroso, que gritou num convescote comunista da UNE “nós derrotamos o bolsonarismo”, enxerga grande ameaça à democracia por conta da tal direita radical. Barroso, que soltou um “perdeu, mané, não amola” para um cidadão que pedia mais transparência eleitoral, prega a censura para combater os fantasmas da direita extremista.

Para Cláudio Dantas, o ministro virou um teórico da conspiração: “Luís Roberto Barroso adere à tese de conspiração global da extrema direita e fala em ‘momento delicado’ para a liberdade de expressão. Caro ministro, só é delicado quando a liberdade é cerceada em nome de se defendê-la, quando a Constituição é excepcionalizada. Os brasileiros não precisam de tutores, o STF não é editor da nação”.

Qual o mérito da teoria de Barroso? O liberal Helio Beltrão explica o que seria necessário para dar alguma credibilidade a esta narrativa:

Elon Musk, eleitor do Biden, se tornou ‘bolsonarista de extrema direita’. Shellenberger, simpatizante da esquerda, se tornou ‘bolsonarista de extrema direita’. Glenn Greenwald se tornou ‘bolsonarista e extrema-direita’. De alguma forma, Bolsonaro conseguiu convencer o mundo a defender a liberdade de expressão para poder usá-la para coisas horrorosas… Os liberais, há 250 anos defensores da liberdade de expressão, viraram ‘extrema direita’. Os juristas constitucionais como Marco Aurelio Mello viraram ‘extrema direita’. Aqueles que defendem o Rule of Law viraram ‘extrema-direita’. Finalmente, o Congresso Americano emite um documento oficial de “extrema direita” que revela ordens ilegais de censura… Segundo Barroso, existe extrema esquerda e extrema direita, mas parece que foi preciso dar um jeito via censura (e agora via regulação das redes) só na “extrema direita”, aquele grupo majoritário mundial (acima) que tudo critica, que é veemente, que questiona tudo. Como é incômoda esta maioria!

A tática da extrema esquerda sempre foi acusar seus adversários de fascistas ou extrema direita. Barroso se considera um “progressista”, mas está claro que age como um comunista. E declarou guerra aos conservadores, mesmo como presidente do STF, o que é inaceitável para um magistrado supremo. Leandro Ruschel comentou:

Barroso deixa claro que é um opositor da direita, a quem ele trata como promotora do ódio, desinformação, e destruição de reputação. Ele acusa essa “direita extremista” de montar uma “articulação global”, e fala que a liberdade de expressão é importante, PORÉM, ela estaria alimentando o extremismo através das redes sociais, que lucrariam espalhando discursos extremistas que engajariam mais. Ora, não seria o discurso do ministro uma teoria da conspiração e ao mesmo tempo, um discurso de ódio contra um grupo que representa, PELO MENOS, metade do país? Como o ministro da corte mais alta de um país pode assumir um lado do espectro político, ao ponto de reconhecer que ajudou a derrotar o “bolsonarismo” nas eleições? Ninguém promove mais ódio e ideias antidemocráticas do que a esquerda. Esse mesmo ministro não ganhou notoriedade, quando ainda era advogado, defendendo um terrorista comunista italiano que recentemente confessou seus crimes, promovidos em nome dessa ideologia nefasta? Desde sempre, os comunistas montaram uma operação coordenada em escala global que foi amplificada nos últimos anos. Na América Latina, Foro de São Paulo opera de forma coordenada para impor ditaduras no continente. Essa coordenação antidemocrática não recebe nenhuma crítica, ministro? A direita não tem nada próximo dessa coordenação. Além disso, é público e notório que quase todas as redes sociais tem uma postura de repressão à direita, enquanto promovem toda a agenda extremista de esquerda. Há apenas uma rede que passou a ser mais tolerante com a direita depois da compra pelo Elon Musk. O X/Twitter é uma rede pequena perto do YouTube e do Instagram/Facebook/WhatsApp. Na verdade, o ministro busca novamente justificar as arbitrariedades contra a direita pelo “risco à democracia”. Só que há um problema: não há como proteger a democracia instalando uma ditadura.

Mas essa tem sido justamente a intenção do sistema tucanopetista, do consórcio PT/STF/imprensa. Eles lutam para impor a censura, criar uma ditadura, tudo isso em nome do combate ao “extremismo” da direita. O que eles não toleram mesmo é a liberdade.

Só falta agora Barroso usar a Venezuela lulista para “provar” sua teoria da conspiração, alegando que o país sob a ditadura de Maduro demonstra o perigo da “extrema direita”.

Afinal, o mesmo Barroso já afirmou que a socialista Venezuela é uma “ditadura de direita”, pois tem apoio dos militares seduzidos pelo companheiro do Foro de SP. Se Lula “seduzir” nossos militares melancias, poderemos concluir então que o Brasil virou uma ditadura de direita, Barroso?

DEU NO JORNAL

J.R. GUZZO

ATO NO RIO COMPROVA: BOLSONARO É O ÚNICO POLÍTICO QUE CONSEGUE REUNIR O POVO

Manifestação Bolsonaro Rio de Janeiro

Em seu discurso, Bolsonaro disse que foi a liberdade que o levou à presidência

Mais uma vez, como já se tornou automático, há um esforço especial na maioria das modalidades da esquerda em apresentar cálculos numéricos sobre o público presente às manifestações de rua contra o governo Lula e o STF – é o mesmo pacote hoje em dia, do tipo “compre um e leve dois”. Insiste-se, em geral, que as contas são fundamentadas em algum tipo de sistema que descrevem como científico. Quando se comparam as cifras divulgadas com as fotografias e os vídeos que registram fisicamente a presença de multidões na rua, esses cálculos parecem funcionar como um redutor de presença.

Não se sabe, até agora, como esse método funcionaria em protestos de rua convocados pelo PT-PSOL-etc. Seria um redutor ou um ampliador? Infelizmente, é uma dúvida para a qual não há esclarecimento disponível, levando-se em conta que a esquerda, muito simplesmente, não consegue levar quase ninguém à rua. Sua última manifestação de massa, para pedir a “prisão de Bolsonaro” em São Paulo, reuniu 1.347 pessoas, tão pouca gente que foi possível contar uma por uma.

O ponto principal de todos esses esforços matemáticos é que eles não servem para nada. Após anos seguidos de manifestações de rua contra o Sistema Lula, os redutores de povo parecem não ter percebido ainda que os seus cálculos não alteram minimamente o mundo das realidades. Basicamente, e por mais científicos que forem, não mudam a única coisa que interessa: o número de pessoas que realmente foi à manifestação.

No último ato contra o STF e pró-Bolsonaro, por exemplo, havia uma multidão na praia de Copacabana, como sempre acontece quando o presidente sai para a praça pública. Era muita gente? Era: não é preciso que nenhuma universidade diga isso, porque dá para ver. Quantos eram? Não tem importância nenhuma. Só teria se houvesse meia dúzia de gatos pingados, como nas manifestações do PT. Como aconteceu o contrário, fica inútil fazer essas contas todas.

O que não muda são os dois fatos essenciais que a presença dessas massas na rua reafirma de maneira indiscutível. O primeiro é que o ex-presidente é o político brasileiro que mais consegue, realmente, reunir o povo ao seu redor hoje em dia. O segundo é que o atual presidente da República vive uma situação dramaticamente oposta: não pode sair na rua nunca, para lugar nenhum, porque tem medo-pânico de ouvir o que grande parte do povo tem a dizer a seu respeito.

Todas as suas aparições em público são em auditórios fechados e dedicados exclusivamente a quem vai bater palmas para ele. Um dia talvez alguém faça outro tipo de conta – e verifique que há em torno de Lula mais seguranças armados do que povo. Resulta disso uma situação realmente prodigiosa. No Brasil de hoje, o homem que é capaz de juntar multidões na rua não pode se candidatar a nada porque a polícia eleitoral do governo declarou que ele é “inelegível”. O homem que está na presidência por causa do STF, como disse em público um dos próprios ministros, vive escondido, nos seus palácios, carros blindados e jatos privativos.

DEU NO X

RLIPPI CARTOONS

DEU NO X

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

DEU NO JORNAL

ANOS DE CHUMBO

Roberto Motta

Anos de Chumbo

O melhor argumento contra a autoritária ideia de “regular” as redes sociais acaba de ser publicado. Ele tem 541 páginas e foi escrito pelo Congresso Americano. Seu título é: O Ataque à Liberdade de Expressão no Exterior e o Silêncio do Governo Biden – O Caso do Brasil. Muita gente classifica o documento como explosivo. É mesmo.

Trata-se de um relatório produzido por uma das comissões da Câmara dos Deputados dos EUA: a Comissão do Judiciário (Committee on the Judiciary). Ela foi criada em 1813 para tratar de legislação sobre Justiça. Sua missão inclui “examinar processos judiciais, tribunais e juízes federais”. Não sei se o Congresso Nacional tem uma comissão como essa. Se não tem, pelo conteúdo do relatório, deveria criar uma imediatamente.

O relatório também tem a participação da Subcomissão Especial Sobre a Utilização do Governo Federal como Arma (Select Subcommittee on the Weaponization of the Federal Government). Prestem atenção ao nome.

O relatório tem uma introdução de oito páginas. O resto é um apêndice com documentos judiciais brasileiros. Segundo o site da Comissão, o relatório “expõe a campanha de censura do Brasil e apresenta um estudo de caso surpreendente de como um governo pode justificar a censura em nome do fim do chamado discurso de “ódio” e da “subversão” da “ordem”.

O relatório aponta diversas iniciativas do governo de Joe Biden que também atacam a liberdade de expressão e critica o silêncio do governo americano em relação ao que está acontecendo no Brasil. Segundo documentos publicados na rede social X (antigo Twitter), a Comissão do Judiciário também teria solicitado ao governo federal americano toda a comunicação trocada entre o Departamento de Estado americano e o governo brasileiro, relativa a decisões de cortes superiores.

As redes sociais deram voz ao cidadão comum. As redes são uma pedra no sapato dos poderosos em todo o mundo, mas especialmente no Brasil, onde o abuso de poder é a regra. Essa é a razão dos esforços, legais e ilegais, para censurar – que eles chamam de “regular” – as redes. O relatório americano explica isso:

O trabalho da Comissão e da Subcomissão Especial mostrou que a censura governamental que começa com um propósito declarado de combater a suposta “má informação” ou “desinformação” inevitavelmente se transforma em instrumento para silenciar oponentes políticos e pontos de vista que desagradam aqueles atualmente no poder.

O relatório americano descreve, com precisão e riqueza de detalhes, todo o processo de surgimento da censura judicial no Brasil. Lá está, por exemplo, o grotesco episódio dos empresários que sofreram operações de busca e apreensão em suas casas e tiveram suas contas bancárias congeladas por comentários feitos em um grupo privado de Whatsapp.

O relatório fala do caso Elon Musk, da forma como a rede X foi forçada a bloquear contas, menciona a declaração de Musk de que ia retirar todas as restrições e bloqueios, e relata sua consequente – e juridicamente inexplicável – inclusão no inquérito das “milícias digitais”. Foi esse fato – a inclusão de um cidadão americano em um inquérito polêmico apenas por suas declarações – que levou a Comissão do Judiciário a intimar a rede X a entregar toda a documentação sobre o caso.

O relatório é um documento triste. É a fotografia, tirada pelo Congresso americano, daquilo que o Brasil se tornou: uma república de bananas jurídicas, onde decisões arbitrárias e sem nexo transformaram tribunais em órgãos políticos inimigos da liberdade – principalmente a liberdade de expressão.

Segundo o relatório, desde 2022 a rede X recebeu ordens para suspender ou remover 150 contas de críticos do governo brasileiro, incluindo parlamentares, jornalistas e juízes – “qualquer um que criticasse o governo esquerdista”, dizem os congressistas americanos. O relatório ainda afirma que hoje já passam de 300 as contas que o governo brasileiro está tentando censurar. Elas incluem as contas do deputado federal Marcel van Hattem, dos escritores Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino e Flávio Gordon, da juíza Ludmila Lins Grilo e do procurador de justiça Marcelo Rocha Monteiro.

Mas o número real de vítimas da censura nas redes deve chegar a milhares. Inúmeras outras pessoas, anônimas em sua maioria, tiveram contas bloqueadas.

O relatório americano termina com um aviso:

O Congresso deve levar a sério os casos do Brasil e de outros países que buscam suprimir a liberdade de expressão na internet. Não devemos pensar que isso nunca pode acontecer aqui. A Comissão e a Subcomissão continuarão a investigar, realizar audiências e propor legislação para proteger a liberdade de expressão na internet e responsabilizar aqueles que violam as liberdades fundamentais garantidas pela Primeira Emenda aos americanos.

“Os ataques à liberdade de expressão no estrangeiro servem de alerta para a América”, diz o relatório. “Agora, mais do que nunca, o Congresso deve agir para cumprir o seu dever de proteger a liberdade de expressão”.

Isso foi dito pelo Congresso Americano. Agora é a vez de o Congresso Nacional se pronunciar.