Copacabana-Rio de Janeiro
21/04/2024
pic.twitter.com/FFuWKd1iJZ— Elise Wilshaw (@EliseWilshaw) April 21, 2024
Arquivo diários:21 de abril de 2024
DEU NO X
DEU NO X
ELON MUSK RESPONDEU AO VÉIO !!!
DEU NO JORNAL
HOJE EM COPACABANA
DEU NO JORNAL
UMA ANÁLISE GENIAL DA JORNALISTEIRA
LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA
DIZEM QUE ELE ESTÁ PIORANDO
DEU NO X
SERIA MELHOR SE FOSSEM COM A XERECA PEGANDO VENTO
👀
Devem ter merda na cabeça, só pode! pic.twitter.com/KLAxuQDpJ2— 𝕮𝕣𝕚ꗟ💙 (@cris_vill30) April 20, 2024
PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA
DECADÊNCIA – Raul de Leoni
Afinal, é o costume de viver
Que nos faz ir vivendo para a frente.
Nenhuma outra intenção, mas, simplesmente
O hábito melancólico de ser…
Vai-se vivendo… é o vício de viver…
E se esse vício dá qualquer prazer à gente,
Como todo prazer vicioso é triste e doente,
Porque o Vício é a doença do Prazer…
Vai-se vivendo… vive-se demais,
E um dia chega em que tudo que somos
É apenas a saudade do que fomos…
Vai-se vivendo… e muitas vezes nem sentimos
Que somos sombras, que já não somos mais nada
Do que os sobreviventes de nós mesmos!…
Raul de Leoni, Petrópolis, (1895-1926)
DEU NO JORNAL
A DEMORA TEM QUE SER COERENTE
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher levou 15 dias para, após muita pressão de deputadas do PL, da oposição, aprovar moção de repúdio contra o filho de Lula (PT) acusado de espancar a ex-mulher.
* * *
O mais coerente não seria a mulherzada petêlha demorar 15 dias pra aprovar a moção.
Essa demora deveria ter sido de 13 dias.
O número da facção comandada pelo pai do espancador.
Aí estaria tudo dentro dos conformes.
JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO
CABELOS BRANCOS
O vovô “fiador”
O bairro tinha uma denominação elogiável: Bela Vista. Fica na periferia de Fortaleza.
Hoje, pelo crescimento demográfico, com a população praticamente dobrada, a distância para o centro da cidade diminuiu bastante – pela velocidade dos veículos, pela qualidade das vias e pelas várias opções do transporte urbano.
Pois, na Bela Vista, havia um local que poucos não conheciam e muito menos não sabiam onde ficava. Era a bodega do Moreira. Francisco de Alencar Moreira, “comerciante” que não aceitava a adjetivação, naquele tempo considerada moderna. Preferia era “bodegueiro” mesmo.
Moreira vendia de tudo na bodega. Do carvão (desde o tempo em que o gás butano não era parte do orçamento familiar da grande maioria), passando pelo pão, feijão e outros secos e molhados, até a cachaça.
Em local destacado e apropriadamente visível, pendurou uma placa: “Não vendo fiado. Só se o freguês estiver acompanhado do avô”.
A Bela Vista não conhecia “desemprego”. Ali, quase todos moradores trabalhavam, ou faziam algo considerado trabalho, a única fórmula para ganhar os caraminguás do sustento.
Houve um tempo (e quem tem mais de sessenta anos sabe disso) em que, o “dicumê” precisava ser comprado todo dia.
Dona Ceci era uma dona de casa esperta, inteligência aguçada, e, para não fugir do que determinava a placa afixada na bodega do Moreira, todo dia mandava Dirceu (o filho) comprar o “dicumê”, fiado. Dirceu andava alguns metros até a bodega, e a tiracolo levava “Seu Domingos”, o avô.
– Seu Moreira, mamãe mandou comprar fiado: feijão, arroz, farinha, tripa de porco salgada, pó de café, açúcar, colorau e banha de porco. E mandou dizer para anotar no caderno. Eu trouxe o meu Avô!
Reclamar de que e como?
A encomenda consistia em: meio quilo de feijão de corda, meio quilo de arroz, um quilo de farinha seca, meio quilo de tripa de porco, duzentas gramas de pó de café, um quilo de açúcar, duas colheres de colorau e cem gramas de banha de porco. Tudo atendido, e anotado no caderno.
– Seu Domingos, falta o senhor afiançar!
Com muito sacrifício e dores, Seu Domingos “arrancava” dois cabelos brancos dos bigodes e os entregava à Moreira. Pronto. Estava ali a garantia de que o fiado seria pago.
Mas, não se animem e pouco se decepcionem. Isso acontecia lá pelos anos 50, chegando aos 60. Era no tempo em que, além de honrar os cabelos brancos, o “homem” tinha honra e presava por ela. Honrava a família e a sua história, sem estória nenhuma vivida. O homem tinha vergonha na cara.
Mas, nos dias atuais, o modernismo ia passando e freou. Estancou. Abancou-se. Apeou e, para ser mais sertanejo, como se fala na roça onde nasci, “atamboretou-se” e está esperando que o café seja servido.
Reparem – em quase todos, exceção aos carecas – nos cabelos dos personagens envolvidos, ou, pelo menos denunciados como tal, por quem vive de investigar (e eu não quero me dar o direito de, como outros, dizer que é mentira ou perseguição política). Todos de cabelos brancos. Todos com excelentes salários pagos pelos bons empregos.
Aparentemente (embora os atos indiquem o contrário), todos com famílias constituídas – e nem por isso, com inteligência e respeito por elas.
Para esses, pelo que se vê nos noticiários das televisões, Seu Moreira, o da bodega da Bela Vista, não venderia fiado nem que estivessem acompanhados do tetravô.
Os cabelos brancos desses não valem nada, e ainda lhes falta vergonha na cara.
* * *
Mais um dia especial:
De novo, peço licença aos possíveis leitores, para dedicar esta crônica à Ana Karina, minha filha mais velha.
Karina nasceu ontem, 20 de abril, na Zona Oeste (Campo Grande) do Rio de Janeiro. Já passou dos 40!
A foto anexada mostra a efervescente adolescência. Atualmente reside em Fortaleza, no bairro Henrique Jorge.
Ana Karina