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ALEXANDRE GARCIA

A CHINA É VIZINHA

Janja diz: “Não há protocolo que me faça calar”

A primeira-dama, Janja da Silva, abandonou, na última segunda-feira, 19, o texto de um discurso sobre “regulação” de redes sociais, atribuindo a elas violência sexual contra crianças.  

Rebelando-se contra o protocolo em reunião de estado, ela diz: “em nenhum momento eu calarei a minha voz para falar sobre isso. Não há protocolo que me faça calar, se eu tiver oportunidade de falar sobre isso, com qualquer pessoa que seja, do mais alto nível ou qualquer cidadão comum. E foi para isso que minha voz foi usada na semana passada, quando eu me dirigi ao Presidente Xi Jin Ping, após a fala de meu marido sobre uma rede social (o Tik-Tok chinês). Como mulher, eu não admito que alguém me dirija, dizendo que eu tenho (SIC) que ficar calada. Eu não me calarei.”

A fala do marido, segundo ele próprio, foi para pedir que o ditador chinês envie um agente de sua confiança ao Brasil para examinar rede social. “Eu perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa da confiança dele para a gente discutir a questão digital e, sobretudo, o Tik Tok.” 

Lula informou também que Xi Jinping vai mandar uma pessoa “para conversar conosco para saber o que a gente pode fazer nesse mundo digital.” Isso significa que virá um agente chinês para discutir com o governo brasileiro sobre censura no mundo digital, assunto no qual a China é especialista. 

Na China, três quartos da população estão conectados a redes sociais, mas o controle é rigoroso: há reconhecimento facial para registrar entrada, vinculação ao documento de identidade, localização e conta bancária. 

O governo estabelece o que pode ser visto. Facebook, Instagram, X e outras estrangeiras não operam na China. Celulares chineses não permitem a conexão com o Google. São substituídas por plataformas locais.

Os americanos desconfiam do Tik-Tok ser usado para espionagem. Já denunciaram, segundo a Reuters, que produtos chineses importados, como guindastes portuários, placas solares, transformadores, computadores, agregam como clandestinos, chips, Bluetooths, rádios e modems, que permitem controle à distância. Chamar o chefão de tudo isso de “companheiro” tem seu significado.

Lula e Janja alegam repetidamente que é para preservar crianças e adolescentes que querem regulamentar as redes. Mas elas estão regulamentadas desde 2015, pela lei que é o Marco Civil da Internet, discutido por anos. Além disso, a Constituição brasileira proíbe “toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”. 

A questão toda é porque a esquerda não alcança o desempenho da direita nas redes. 

Pedir ajuda ao regime chinês para agir nas redes, que deram mais amplitude à voz do povo, a fonte do poder, revela uma intenção contra a liberdade; é se avizinhar de um sistema em que a liberdade é aquela que for permitida pelo estado.

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CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

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PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

O SOL DE DEUS – Ariano Suassuna

Mas eu enfrentarei o Sol divino,
o Olhar sagrado em que a Pantera arde.
Saberei porque a teia do Destino
não houve quem cortasse ou desatasse.

Não serei orgulhoso nem covarde,
que o sangue se rebela ao som do Sino.
Verei o Jaguapardo e a luz da Tarde,
Pedra do Sonho e cetro do Divino.

Ela virá-Mulher- aflando as asas,
com o mosto da Romã, o sono, a Casa,
e há de sagrar-me a vista o Gavião.

Mas sei, também, que só assim verei
a coroa da Chama e Deus, meu Rei,
assentado em seu trono do Sertão.

Ariano Vilar Suassuna, João Pessoa-PB (1927-2014)

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MARCOS MAIRTON - CONTOS, CRÔNICAS E CORDEIS

A VERSATILIDADE DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E AS PANELAS NO FOGO

Não é novidade para ninguém que as inteligências artificiais estão se espalhando por todas as atividades humanas. Na minha área profissional, advogados e membros do Ministério Público a utilizam para pesquisas jurídicas e elaboração de petições, com ótimos resultados. Nós, do Poder Judiciário, também a utilizamos, e não apenas para pesquisas e elaborações de sentenças, mas para nos ajudar na análise das próprias peças processuais produzidas por advogados e membros do Ministério Público.

Evidentemente que precisamos ter cuidado com o material produzido pelas IA, submetendo tudo ao nosso crivo pessoal. Afinal, quem assina um texto se responsabiliza pelo seu conteúdo, e não dá para confiar cegamente no que foi criado por outra inteligência, seja ela natural ou artificial.

No caso das IA, ainda convivemos com o risco das alucinações, que podem inutilizar completamente o trabalho realizado. Para quem ainda não sabe o que significa “alucinação”, aqui vai a resposta da IA do Google:

Em IA, “alucinação” (também conhecida como “factos inventados”) refere-se a um modelo de IA que gera resultados incorretos ou enganosos, muitas vezes apresentados como verdadeiros. Essas “alucinações” podem ser causadas por diversos fatores, como dados de treino insuficientes, suposições incorretas do modelo ou vieses nos dados.

Ou talvez você prefira a explicação da Grok, a IA do X:

A alucinação da IA ocorre quando um modelo de inteligência artificial, como eu, gera informações ou respostas que parecem plausíveis, mas são incorretas, imprecisas ou completamente inventadas. Isso pode acontecer porque os modelos de IA são treinados em grandes quantidades de dados e tentam prever respostas com base em padrões, sem realmente “entender” o contexto ou verificar fatos em tempo real.

Como nem só de trabalho vive o homem, tenho utilizado o Chat GPT também para a produção de textos não jurídicos, como contos e crônicas. Já existe até livro sobre isso, como o e-book “Ficção com Chat GPT: escreva histórias fabulosas com IA”, de Eudes Saulo.

Mas o que tenho achado divertido mesmo é criar músicas com IA. Já criei samba, frevo, reggae e até uma balada country em inglês. Passo os parâmetros da canção pretendida para a IA Suno, e ela me devolve duas opções da música já pronta, para que eu escolha a que mais me agrada. É divertido!

Uma das que mais gostei recebeu o título de “Panelas no Fogo”. A letra surgiu de uma conversa com amigos, quando um dos presentes contou a história de uma jovem que estava noiva, mas se encontrava às escondidas com outro rapaz. Ele insistia para que ela terminasse o noivado e, assim, pudessem ficar juntos. Mas a moça sempre tinha uma desculpa para adiar a decisão. Até que ele descobriu que havia um terceiro concorrente, e ela estava em dúvida sobre com quem ficaria se terminasse o noivado. Acabou ficando sem nenhum deles.

Ao ouvir tal história, alguém alertou, em meio a risos: “Com essas três panelas no fogo, alguma coisa ia acabar queimando mesmo!”. Mais risos aconteceram em seguida.

Gostei da expressão “panelas no fogo”, e, utilizando meu celular, acionei o aplicativo Suno para criar a canção. Foi um sucesso imediato! Para não restringir o alcance da canção aos amigos ali presentes, dias depois criei um videoclipe e postei no meu canal do YouTube.

Agora, compartilho o vídeo com meus leitores. Não esqueçam de deixar o “gostei”  no Youtube!