DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

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CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

VÂNIA S. TOLEDO – RECIFE-PE

Fubano Editor:

Paguei hoje o meu IBF, o Imposto Besta-Fubânico.

Veja aí no comprovante se está conforme a lei bestânica de tributos.

Esta taxa eu pago com muita satisfação, bem mais que o IPTU do safado do prefeito aqui da nossa cidade.

Um beijão, grande figura!

R. Êita peste!

Além do beijão, ainda me chamou de “grande figura”

Fiquei foi muito ancho!

Mas, repetindo o que dizia Seu Luiz, meu saudoso pai, “grande é Deus; eu sou apenas comprido”.

Gratíssimo pela generosa doação, estimada leitora e conterrânea.

Meus agradecimentos também pros demais leitores que fizeram seus depósitos esta semana: Luis Gonzaga, Boaventura Bonfim, Sergio Burgos, Clovis S. Aragão e Maria de Paiva 

Vocês são a força que mantém esta gazeta escrota nos ares e que nos ajuda a cobrir as despesas com hospedagem e manutenção técnica feita pela empresa Bartolomeu Silva.

Vai voltar tudo em dobro na forma de paz, saúde, tranquilidade, harmonia e longa vida!!!

E pra alegrarmos este final de tarde da sexta-feira, um forró balançado e bem gostoso com o Trio Nordestino.

DEU NO JORNAL

DEU NO JORNAL

MANIFESTO

Respondendo à Carta do Cinismo, lançada nesta semana por apoiadores do ex-presidiário Lula, o Movimento Advogados de Direita lançou um manifesto opositor, em defesa dos Direitos Fundamentais dos brasileiros que giram em torno da Liberdade de Expressão.

* * *

MANIFESTO À NAÇÃO BRASILEIRA

EM DEFESA DO BRASIL E DAS LIBERDADES DO POVO, PELO POVO E PARA POVO.

Nós, o povo brasileiro, na defesa do Brasil e das Liberdades do Povo, pelo Povo e para o Povo, e, em apoio ao Presidente do Brasil Jair Messias Bolsonaro nos dirigimos à Nação Brasileira, para declarar que sem liberdade não há democracia, sem justiça não há liberdade, sem honra não há respeito, sem dever não há ordem e progresso, sem piedade não há amor e humildade e sem esperança iremos sucumbir.

Há em nosso País a gravíssima tentativa da consolidação da “ditadura do pensamento único” que vem impondo a censura e desmonetização dos meios de comunicação independentes e de perfis de redes sociais de brasileiros.

Testemunhamos a instauração de inquéritos ilegais e inconstitucionais com o simples objetivo de criminalizar a opinião contrária, pelo órgão que deveria zelar pelos direitos fundamentais da população, abolindo nossas liberdades individuais e garantias fundamentais.

Somos um povo pacífico, que ama sua nação, que defende a democracia e as liberdades. Não podemos renunciar as liberdades que Deus nos deu. Nosso dever é lutar pelo que já conquistamos, por aquilo que cremos, por nossa fé, pelo direito de ir e vir, pelo direito de se expressar.

Qualquer pessoa deve ter o seu direito de se expressar livremente sem qualquer tipo de limites. A liberdade de expressão é o que permite o diálogo entre pontos de vista diferentes, antagônicos.

Sem o direito de se expressar, sem essa liberdade todos os demais direitos estarão prejudicados. A liberdade de expressão inclui o direito a fazer críticas, ou seja, a criticar quem quer que seja. Parcela da população brasileira hoje não pode usufruir desse direito. Está sendo impedida por pessoas que deveriam garantir.

Não é aceitável que um lado tente imputar a nós, um povo livre e pacífico, a condição de incentivadores de atos antidemocráticos e de divulgadores de fake News. A verdade é que uma pequena parcela da população detentora de poder, não aceita críticas. Não aceita escutar a opinião do POVO, do PODER SUPREMO DE UMA NAÇÃO DEMOCRÁTICA.

Os milhões de cidadãos brasileiros, incluindo o Presidente da República Federativa do Brasil, o Exmo. Sr. Jair Messias Bolsonaro em suas liberdades individuais buscam posicionar-se perante a sociedade com opiniões acerca de temas importantes para nação, no entanto, estamos sofrendo ataques infundados por pessoas que não respeitam opiniões diferentes.

Nossas convicções de DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA E LIBERDADE em nada ofende quem quer que seja e tampouco ameaça a democracia como tanto repetem. Precisamos estar unidos para defender as LIBERDADES, porque SEM LIBERDADE NÃO HÁ DEMOCRACIA.

Por fim, concluímos este Manifesto com a seguinte expressão de Alexis de Tocqueville:

“Democracia amplia a esfera da liberdade individual, o socialismo a restringe. Democracia atribui todo o valor possível de cada homem; socialismo faz de cada homem um mero agente, um mero número. Democracia e socialismo não têm nada em comum além de uma palavra: igualdade. Com uma grande diferença: enquanto a democracia procura a igualdade na liberdade, o socialismo procura a igualdade no controle e na servidão”.

Deus seja Louvado.

Brasil acima de Tudo.

República Federativa do Brasil, 28 de julho de 2022

* * *

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PEDRO MALTA - REPENTES, MOTES E GLOSAS

UM POEMA DE PATATIVA DO ASSARÉ

Antônio Gonçalves da Silva, Assaré-CE (1909-2002)

* * *

O RETRATO DO SERTÃO

Se o poeta marinheiro
Canta as belezas do mar,
Como poeta roceiro
Quero o meu sertão cantar
Com respeito e com carinho.
Meu abrigo, meu cantinho,
Onde viveram meus pais.
O mais puro amor dedico
Ao meu sertão caro e rico
De belezas naturais.

Meu sertão das vaquejadas,
Das festas de apartação,
Das alegres luaradas,
Das debulhas de feijão,
Das danças de São Gonçalo,
Das corridas de cavalo
Das caçadas de tatu,
Onde o caboclo desperta
Conhecendo a hora certa
Pelo canto do nambu.

É diferente da praça
A vida no meu sertão;
Tem graça, tem muita graça
Uma noite de São João.
No clarão de uma fogueira,
Tudo dança a noite inteira
No mais alegre pagode ,
E um caboclo bronzeado
Num tamborete sentado
Tocando no pé de bode.

Os que não querem dançar
Divertem com adivinha,
Outros brincam a soltar
Foguete traque e chuvinha.
A mulher quer ser comadre
E o homem quer ser compadre,
Um ao outro dando a mão.
Assim, o festejo cresce
E o sertão todo estremece
Dando viva a São João.

Se por capricho da sorte,
Eu sertanejo nasci,
Até chegar minha sorte
Eu hei de viver aqui,
Sempre humilde e paciente
Vendo, do meu sol ardente
E da lua prateada,
Os belos encantos seus
E escutando a voz de Deus
No canto da passarada.

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CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

NILSON ARAUJO – RECIFE-PE

Berto,

sou novo por aqui mas me atrevo a um comentário:

Vi agora no plim plim a GAGUEIRA da Miriam Leitão para tentar explicar as quedas no desemprego neste país abençoado por Deus!

O danado foi o comentário da âncora:

“É bom, MAS NEM TANTO”.

Realmente, cair de 13 milhões para os 10 milhões atuais, ainda sobre efeito da pandemia, é resultado pífio…

R. Se é novo por aqui, seja muito bem vindo, meu caro.

Use e abuse deste espaço.

Ótimo termos um novo leitor do Recife nesta gazeta escrota.

E os fubânicos que quiserem ver no plim plim a matéria citada por você, é só clicar aqui.

Abraços e um excelente final de semana!

DEU NO X

CARLITO LIMA - HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA

TRECHO DO ROMANCE “JEQUIÁ”

Certa terça-feira, Dr. Bernardo atendeu uma senhora, pouco mais de quarenta anos; a filha estava com um problema, foi medicada, mas não houve melhora. A senhora pedia para que o doutor socorresse a doente de treze anos, estava delirando de febre deitada na cama em sua casa há três dias. De tão fraca, não pôde levar a filha ao consultório. Pedia pelo amor de Deus para que ele fosse à sua casa. Ao terminar as consultas, a senhora, nervosa, ansiosa, estava esperando Bernardo na calçada. Quando ele abriu seu carro, ela imediatamente pediu licença, abriu a porta e sentou-se ao lado do doutor. Nesse momento, informou que sua casa ficava na lagoa de Jequiá, distante cerca de quarenta quilômetros de Maceió. Dr. Bernardo não gostou, achou um incômodo abusivo, mas por sua infinita paciência e bondade, ele se pôs a caminho, apenas reclamou que era longe. Enquanto o carro percorria a estrada, Moema, para distrair, descontrair e sensibilizar o Doutor, contou pedaços de sua vida. Era pescadora e marisqueira. Vivia do comércio de peixe. Nasceu e cresceu à beira da lagoa Jequiá, de onde tira seu sustento. Casou-se aos dezoito anos com um pescador. Tinha amor ao Zeca de Miúda, era poeta e tocador de viola. Ela gostava de suas brincadeiras, porém o Zé tinha um defeito, era esquentado, brigava por tudo. Gostava de beber e frequentar os bares. Uma noite, houve uma briga em um bar perto de Coruripe, mataram o Zeca. Ela ficou viúva, sem filhos, mas tinha uma casinha à beira da lagoa onde mora até hoje. Chorou, sentiu muito a morte do marido, mas tinha de continuar a vida. Gosta de brincar na sua comunidade, na época do Natal ela organiza pastoril e outras festas. Dançar e cantar era com ela mesma. Certo dia conheceu um caixeiro viajante num carro velho, vendia vestido, fazenda, sapato, perfume, essas coisas que mulher gosta. O homem se enxeriu, ela topou, terminaram se juntando, ficaram morando na sua casa. Ele, toda segunda-feira, fazia compras em Maceió e saía mundo afora vendendo seus mangaios. No fim de semana, retornava à Jequiá. Foram três anos de amigação. Até que um dia ele saiu para trabalhar e desapareceu, ninguém mais soube dele. Deixou uma criança em sua barriga. Era essa filha que estava doente. Quando acabou de contar a história, o carro chegou à lagoa de Jequiá.

Dr. Bernardo não conhecia a lagoa, ficou fascinado com o cenário, um espelho d’água refletindo o céu. Entraram pelo jardim até à casa branca de duas janelas e uma porta, verdes. O piso rústico de tijolo batido. No centro da sala, destacava-se uma mesa de madeira antiga com seis cadeiras pesadas, duas poltronas e um sofá completavam o ambiente. As paredes decoradas com motivos de pesca, uma tarrafa, um quadro da lagoa de Jequiá, presente do artista Alex Barbosa, e uma folhinha marcando o dia do mês e seu santo. A casa tinha três quartos, um banheiro e uma cozinha. A parte do fundo era avarandada e havia um pequeno quintal à beira da lagoa.

– Doutor, a Jurema está nesse quarto – disse Moema, abrindo a porta.

Encontraram a jovem deitada coberta com dois lençóis, tremia de frio, febril e tossia muito. Bernardo perguntou sua idade.

– Amanhã faço treze anos – respondeu Jurema com voz trêmula.

O doutor mandou-a sentar, era uma moçona. Fez alguns exames com o estetoscópio e as mãos experientes. Chegou à conclusão, diagnosticou pneumonia. Ferveu uma seringa na cozinha e aplicou na nádega um forte antibiótico, havia apenas uma ampola em sua maleta. Deu-lhe aspirina e mandou continuar em repouso. A menina estava com fastio, recomendou sopa de carne. Foi uma consulta rápida, a experiência do Dr. Bernardo valeu. Moema fez questão que ele tomasse um cafezinho; ele se desculpou, tinha pressa em retornar a Maceió, antes do escurecer. Marcou com Moema na tarde seguinte para lhe dar mais quatro ampolas do antibiótico, amostra grátis. Perguntou se havia alguém no povoado que aplicasse injeção. Moema aplicava, fez um curso de Enfermagem e quebrava o galho de todos que precisavam de sua ajuda no povoado. Dr. Bernardo retornou a Maceió, satisfeito com ele mesmo. Gostava de atender o povo carente.

Na tarde seguinte, Moema apareceu no consultório, feliz da vida, a filha havia melhorado bastante com a medicação. Bernardo lhe deu mais quatro ampolas de antibiótico e outros medicamentos amostra grátis, ela agradeceu e retornou imediatamente à lagoa de Jequiá em sua kombi velha de entrega.

Moema vendia peixe em Maceió duas ou três vezes por semana, tinha fregueses cativos, entregava nas casas, recebia no final do mês. Passou a aparecer no consultório, levava peixe, camarão, siri, embrulhados em folhas de bananeiras. Dr. Bernardo dividia entre as outras médicas e Anita, a recepcionista. As carapebas, ele levava para casa.

TRECHO DO ROMANCE “JEQUIÁ” QUE SERÁ LANÇADO DIA 12 DE AGOSTO ÀS 19 HORAS NA ACADEMIA ALAGOANA DE LETRAS, PRAÇA SINIMBU. TODOS CONVIDADOS.