BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

DEU NO X

A PALAVRA DO EDITOR

JÁ ESTAMOS NO SEGUNDO SEMESTRE

1º de julho.

Começou o segundo semestre.

E, por uma feliz coincidência, hoje é sexta-feira.

Chupicleide está aqui de dentes arreganhados, doidinha que chegue logo o final do expediente pra encher o rabo de aguardente, lá no Bar dos Três Cacetes.

Ela já fez o primeiro vale do mês, se valendo das generosas doações do colunista Magnovaldo Santos e dos leitores Osnaldo Pereira, Marcos M. Brandão, Walter J. Portela e Lourdes Amaral.

Muito obrigado a todos vocês que colaboram pra manter esta gazeta escrota avuando pelos ares e nos ajudam a cobrir as despesas de hospedagem e manutenção do JBF.

Abraços e um excelente final de semana pra toda comunidade fubânica.

E pra encher de alegria e brilho a nossa tarde, uma roda de choro bem gostosa, comandada pelo saudoso Altamiro Carrrilho (1924-2012), executando a composição “Urubu Malandro”.

DEU NO X

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

PEDRO MALTA - REPENTES, MOTES E GLOSAS

GRANDES MOTES, GRANDES GLOSAS E UM FOLHETO DE PELEJA

A genial poeta cearense Dalinha Catunda, colunista do Jornal da Besta Fubana

* * *

Dalinha Catunda glosando o mote

Paixão cega e tosse braba
Só vêm pra lascar o peito.

Não sou mulher de chorar
Por quem não liga pra mim
Eu mando é comer capim
Jamais vou me acabrunhar
Paixão que vem pra lascar
Não acolho e nem respeito
Despacho logo o sujeito
Pois meu encanto se acaba:
Paixão cega e tosse braba
Só vêm pra lascar o peito.

* * *

Chico Nunes glosando o mote:

A saudade é companheira
De quem não tem companhia.

Vivo em eterna agonia
Sem saber o resultado
Deus já me deu o atestado
Pra eu baixar à terra fria.
Em volta só vejo o mal
Deste meio social,
E espero sozinho o dia
De minha hora derradeira…
A saudade é companheira
De quem não tem companhia.

* * *

José Lucas de Barros glosando o mote:

A viola, em silêncio, está chorando,
Com saudade da voz do violeiro.

Chico Motta viveu de cantoria,
Imitando as graúnas sertanejas,
Nos ardores de inúmeras pelejas
Que aprendeu a enfrentar com galhardia;
Seu programa, nem bem raiava o dia,
Acordava o sertão alvissareiro,
Mas, depois do seu verso derradeiro,
Que inda está, nas quebradas, ecoando,
A viola, em silêncio, está chorando,
Com saudade da voz do violeiro.

* * *

Pinto do Monteiro glosando o mote:

Aquela chuvinha fina
Me faz chorar de saudade.

Me lembro perfeitamente,
Quando em minha idade nova,
O meu pai cavava a cova
E eu plantava a semente.
Eu atrás, ele na frente,
Por ter força e mais idade,
Olhando a fertilidade
Da vastidão da campina,
Aquela chuvinha fina
Me faz chorar de saudade.

* * *

Severino Ferreira glosando o mote:

O Nordeste poético ainda chora
Com saudade de Pinto do Monteiro.

Sei que Pinto deixou como recinto
A Monteiro que é sua cidade
O Nordeste até hoje tem saudade
De um poeta pacato e tão distinto
Outro galo não faz mais outro pinto
Que seja poeta e verdadeiro
Se pegar a galinha no terreiro
E tentar fabricar o ovo “gora”
O Nordeste poético ainda chora
Com saudade de Pinto do Monteiro.

* * *

Waldir Teles glosando o mote:

Quando morre um alguém que a gente adora
Nasce um broto de dor no coração.

Quando morre um parente ou um amigo
Resta só lamentar, ninguém dá jeito
A tristeza se aloja em nosso peito
A angústia se apossa do abrigo
O seu corpo levado pra o jazigo
É seguido por uma multidão
Nem compensa apertar na sua mão
É inútil dizer não vá agora
Quando morre um alguém que a gente adora
Nasce um broto de dor no coração.

* * *

Jó Patriota glosando o mote:

A casa que tem criança
Deus visita todo dia.

Quando a criança adormece
A mãe já fraca do parto
Nos quatro cantos do quarto
Deus em pessoa aparece.
O Santo Espírito desce
Distribuindo alegria
Aquela rede sombria
Tem uma mão que balança
A casa que tem criança
Deus visita todo dia.

* * *

PELEJA DE MANOEL RIACHÃO COM O DIABO – Leandro Gomes de Barros

Riachão estava cantando
Na cidade de Açu
Quando apareceu um negro
Da espécie de urubu,
Tinha a camisa de sola
E as calças de couro cru.

Beiços grossos e virados
Como a sola de um chinelo,
Um olho muito encarnado,
O outro muito amarelo,
Este chamou Riachão
Para cantar um duelo.

Riachão disse: – Eu não canto
Com negro desconhecido
Porque pode ser escravo
E andar por aqui fugido
Isso é dar cauda a nambu
E entrada a negro enxerido.

Negro

Eu sou livre como o vento
E minha linhagem é nobre
Sou um dos mais ilustrados
Que o sol neste mundo cobre.
Nasci dentro da grandeza
Não sai de raça pobre.

Riachão

Você nega porque quer
Está conhecido demais
Você anda aqui fugido
Me diga que tempo faz?
Se você não for cativo
Obras desmentem sinais.

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DEU NO JORNAL

É “ENTREGUISMO” QUE CHAMA?

Após o teólogo Leonardo Boff defender a internacionalização da Amazônia e que tenha “gestão global”, o senador petista Paulo Rocha correu para dizer que o PT seria contra.

Humm…

* * *

Vou repetir o “Humm”… dessa notícia aí de cima:

Humm…

PT contra o entreguismo de São Leonardo Boff.

Que os dois troquem muita tapas e tabefes.

Levanta o astral da banda decente do país a arenga entre dois tabacudos.

Bufão e Boff: uma parelha infernal de santinhos

JESSIER QUIRINO - DE CUMPADE PRA CUMPADE

ALEXANDRE GARCIA

A BOA NOTÍCIA DO EMPREGO

Nunca antes na história deste país, segundo o IBGE, houve tanta gente em emprego formal. 97,5 milhões de brasileiros. É recorde. Isso que o dado não conta os informais, aqueles que estão vendendo na internet, que estão no Uber, que resolveram ser microempresa, média empresa, pequena empresa, já são donos de seu nariz. É muita gente. O brasileiro é empreendedor, e está crescendo esse número de gente formal no emprego. No último trimestre aumentou em 2,3 milhões.

E os nossos números de desemprego já estão abaixo de 10%. O governo Dilma deixou um rastro de caos, -7% de crescimento, somando tudo. O governo anterior fez esse gigantesco ralo, levando dinheiro do povo, mas agora está sobrando para dar auxílio. Antes faltava, era déficit atrás de déficit. Agora é superávit. E o governo está reduzindo o tamanho dos impostos, é incrível.

* * *

Agilidade do BC brasileiro no combate à inflação é exemplo

O Banco Central brasileiro agiu muito mais rápido que o Banco Central americano, que só agora acordou. Jerome Powell precisa aprender com Roberto Campos Neto e com o Copom brasileiro. No mês de junho a inflação está abaixo de 0,6%, ou seja, seguraram as rédeas. E isso está despertando os europeus, que olham para dentro de si próprios, cheios de problemas de inflação, energia mais cara, tudo mais caro. Estão investindo no Brasil. A Renault e a Volvo, no Paraná, estão fazendo investimentos que, somados, dão quase R$ 3 bilhões em carros ultramodernos.

* * *

Proibição de despejo e reintegração de posse é ataque a cláusula pétrea

A gente fica triste quando vê o ministro Barroso prorrogando o que já prorrogou por duas vezes. Aquela proibição de despejo de locatário que não paga aluguel e de reintegração de posse, para tirar gente que invadiu a propriedade alheia. Isso é uma clara invasão do Poder Legislativo constituinte e do Poder Executivo. E, sobretudo, desrespeito ao artigo 5.º da Constituição, que diz que todos são iguais perante a lei. Todo mundo que mora no Brasil tem direito à inviolabilidade, direito à vida e direito à propriedade – está na mesma linha.

Este é o enfraquecimento de um direito que é cláusula pétrea, o direito de propriedade; isso atinge viúvas, aposentados, que comem graças ao aluguel que recebem. Ou, então, propriedades rurais que foram invadidas, mas não pode haver reintegração de posse; isso é muito perigoso, porque a pessoa vai lá retomar pessoalmente. É o Supremo mudando a Constituição sem ter tido um voto sequer para ser constituinte. É uma pena que aconteça isso.

* * *

Por que o STF quer monitorar redes sociais?

O senador Girão conseguiu mais um requerimento aprovado na Comissão de Controle e Fiscalização do Senado, agora para saber que história é essa de o Supremo contratar um aplicativo para monitorar rede social. É o que tinha no tempo do governo militar, departamento de censura. E a censura é proibida pelo artigo 220 da Constituição. Que história é essa de monitorar redes sociais? O senador quer saber como funciona isso e quanto nós, contribuintes, estamos pagando por esse contrato. É um requerimento que vem a calhar, porque está em nome de todo o povo brasileiro, que é a origem do poder.

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