DEU NO X

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DEU NO JORNAL

TIROTEIO

Leandro Ruschel

No final de semana, uma discussão entre um petista e um apoiador de Jair Bolsonaro resultou em tiroteio entre os dois, com morte do petista e grave ferimento do bolsonarista.

O policial municipal Marcelo Aloizio de Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos numa associação policial em Foz de Iguaçu, com uma temática petista. O policial penitenciário federal Jorge Guarunho era diretor da associação, e apareceu do lado de fora do local do evento, proferindo palavras de ordem contra o petista e em apoio ao presidente.

O policial petista, irritado por ser incomodado na sua festa, jogou pedregulhos contra Guarunho, que sacou a sua arma. Ele saiu do local e prometeu voltar, segundo as testemunhas no local.

10 minutos após o primeiro desentendimento, Guarunho voltou e sacou a sua arma, entrando em discussão com Arruda, que havia pego sua arma funcional no carro, após a primeira discussão.

Após nova e breve discussão, Guarunho atirou em Arruda e invadiu o local da festa, dando três tiros no aniversariante, que revidou, acertando 5 tiros no seu agressor. Posteriormente, participantes da festa espancaram Guarunho, que estava desfalecido no chão, com repetidos golpes na sua cabeça.

Arruda chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Guarunho inicialmente foi declarado morto pela Polícia Civil, mas a informação foi corrigida. Ele se encontra na UTI em estado grave, porém, estável.

O PT e a militância de redação rapidamente transformaram o caso num crime de ódio político, retratando todos “bolsonaristas” como violentos, além de atribuir ao presidente a responsabilidade final por “promover ódio e intolerância”.

O esquerdista Cristovam Buarque chegou ao ponto de afirmar que o conflito de Foz de Iguaçu seria o primeiro ato de uma Guerra Civil, e que neste caso, não existiria “terceira via”, uma declaração completamente irresponsável.

Na verdade, trata-se de um episódio lamentável de violência por motivação fútil, que infelizmente ocorre com muita frequência, como nas brigas entre vizinhos por ruído, discussão entre torcedores de times rivais, ou produzida por alguma discussão no trânsito.

Num país com 150 milhões de eleitores, e dado o grau de polarização política que vivemos, esse tipo de episódio lamentável e estúpido até ocorre com pouca frequência, se pararmos para pensar.

Ao invés de operar para diminuir a tensão, a imprensa, operando cada vez mais como aparelho da esquerda, não perde a oportunidade para jogar gasolina no fogo, criminalizando um lado do espectro político, enquanto protege o outro.

Há um longo histórico de discurso de ódio e de violência de petistas e outros esquerdistas em geral contra opositores. Quem não lembra do discurso de ódio contra a classe média da Marilena Chauí, na presença de Lula, que respondeu dando risadas? Ou a defesa de “um bom fuzil, e uma boa bala, assim como uma boa enxada” para cavar a cova de conservadores, por parte do então presidente do PCB, Mauro Iasi? Ou mesmo da defesa dos atos de Stalin, e da criação de gulags, por um professor de história do PCO, novo guru de Caetano Veloso?

Um pouco antes da tragédia em Foz do Iguaçu, Lula havia discursado em Diadema, agradecendo a um companheiro que tentou assassinar opositor que havia xingado o ex-presidente, há alguns anos. No Jornal Nacional, esse trecho do discurso foi ocultado do público.

Há CENTENAS de casos registrados de censura, perseguição e violência contra conservadores. Mas nesses casos, a imprensa não só cala, como muitas vezes apoia e justifica a perseguição. Sem contar a onda de ódio contra o presidente Bolsonaro, que levou ao atentado contra a sua vida e hoje é manifestada diariamente por “jornalistas”, que não escondem a torcida até mesmo pela sua morte. “Por que torço para que Bolsonaro morra”, é a chamada de artigo de Hélio Schwartsman, membro do Conselho Editorial da Folha.

O objetivo é claro: criminalizar a direita e justificar perseguição política, o que retroalimenta a intolerância entre as pessoas. Se queremos de fato diminuir a polarização, é preciso respeitar o direito individual à representação das crenças políticas de cada um.

Lamento profundamente a morte de Marcelo Arruda, assim como o grave estado de saúde de Jorge Guarunho, que deve ser responsabilizado pelo que fez.

Mesmo que ele sobreviva, seus atos produziram a destruição da sua vida e de duas famílias.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

CARLA MARIA BONFIM – VITÓRIA-ES

Senhoras e senhores:

Lula agradece petista que foi preso por agredir homem que discutiu com ele.

Bolsonaro dispensa apoio de quem pratica violência contra opositores.

A diferença está muito clara.

Alguém ainda tem dúvida?

RODRIGO CONSTANTINO

VIOLÊNCIA POLÍTICA É INACEITÁVEL

O clima está pesado em nosso país. Não coloco isso na conta da tal polarização, pois esta é parte natural e até desejável da política. Identificar os polos é crucial para saber em quem votar. Um lado é defensor da banalização do aborto, o outro sai em defesa incondicional da vida. Um lado quer o estado gigante e controlador, o outro quer liberdade individual. E por aí vai.

Mas o tribalismo do “nós contra eles”, e pior, a demonização do adversário, isso pode ser perigoso. Se do outro lado não enxergamos indivíduos equivocados, mas sim monstros perigosos, então estamos a um passo da morte da política e sua substituição pela simples luta pela sobrevivência.

É por isso que o esforço midiático em rotular um dos lados como “fascista” ou mesmo “genocida”, enquanto o outro lado, bem mais radical e corrupto, acaba chamado de “democrata”, em nada ajuda no ambiente.

E chegamos a casos trágicos como a morte de uma pessoa por questões políticas. A esquerda está adorando o episódio de Foz do Iguaçu, mas nada fala da violência promovida e enaltecida pelo seu próprio “time”. À direita, o que se observa é uma condenação veemente e generalizada do ocorrido, ao contrário do que se vê na esquerda, que muitas vezes justifica a violência como “redentora”, já que, para socialistas, os “nobres” fins justificam quaisquer meios.

Vejamos algumas manifestações de conservadores sobre o caso, a começar pelo próprio presidente Bolsonaro: “Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018: Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos”. Não custa lembrar que o próprio Bolsonaro foi vítima de uma tentativa de homicídio por um esquerdista.

Adrilles Jorge comentou: “Toda violência, toda psicopatia se molda em alguma justificativa perversa. Mas mais perverso é pinçar um psicopata homicida e moldar sua psicopatia em algum ‘ismo’ como o bolsonarismo . Quem JUSTIFICOU um ato de violência em sua defesa foi Lula , lembrem – se”. Adrilles se referia à recente fala de Lula em defesa do seu companheiro Maninho, ex-vereador petista, que teria o “defendido” contra um crítico. Na verdade, eis o que o tal Maninho fez com o sujeito, que quase morreu:

Barbara, do canal TeAtualizei, desabafou: “Bolsonaro repudia a violência cometida por paixão política (ainda a ser apurada), Lula agradece e o PT ainda dá cargo. Mas dois erros não fazem um acerto, o que aconteceu é fruto do ‘nós contra eles’ alimentado dia a dia. Só posso ficar triste. Às eleições serão pesadas”.

O deputado Paulo Eduardo Martins condenou também o episódio: “Lamento o que aconteceu em Foz do Iguaçu. O caso não foi oficialmente esclarecido, mas independente das motivações, é algo que não deveria ter ocorrido. As regras de convívio e a lei devem ser respeitadas e a vida não pode ser banalizada”.

Leandro Ruschel lembrou da mudança de postura da imprensa: “É a primeira vez que eu vejo quase toda a imprensa chamando o autor de um crime de ‘assassino’, e não de ‘suspeito'”. Esse duplo padrão se alastra por toda a mídia: os jornalistas estão aceitando a valor de face a narrativa de Randolfe Rodrigues e imputando ao bolsonarismo a violência cometida por um imbecil, enquanto sempre alivia a barra dos atos violentos – vários! – praticados por esquerdistas, e com a complacência ou cumplicidade da esquerda em geral.

Antonio Tabet tentou lacrar para cima do presidente, misturando o “crime de opinião” do deputado Daniel Silveira, que recebeu a graça presidencial, com um assassinato: “Bolsonaro deve estar chateado. A lei proíbe que ele conceda a graça a quem comete crimes hediondos. Como homicídio qualificado, por exemplo”. Recebeu a merecida resposta do presidente: “Não estou não, Tablet. Quero que apurem e tomem providências. Deve estar me confundindo com a turma que você curte, aquela que correu pra proteger os assassinos do cinegrafista da Band, que cuidava do assassino Battisti, que já teve como membro o bandido que tentou me matar…”

Em suma, a direita está em peso repudiando esse ato violento, cobrando investigações e eventual punição a quem cometeu o crime. Já a esquerda, que está explorando de maneira patética um caso isolado para pintar todo o bolsonarismo como perigoso, sempre dá um jeito de aliviar a barra de criminosos que cometem crimes em nome da causa, da ideologia. Afinal, para essa turma, existe o “assassinato do bem”…

DEU NO JORNAL

PARCEIROS

Deveria constranger os ministros do Supremo, só que não, a revelação da vice-procuradora Lindôra Araújo de que se pretendia investigar o presidente da República com base em matéria de imprensa.

Vexame.

* * *

Nada de “vexame”.

Essa imprensinha de bosta que atualmente polui os ares deste país faz a festa dos ministrecos.

As redações banânicas e o plenário composto pelos urubus togados são parceiros fieis.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

ANA MARIA – BELO HORIZONTE-MG

Amigos,

Hoje o trabalho mais fácil do mundo é ser jornalista da Globo.

A única coisa que você tem que fazer é ficar em silêncio.

Silêncio sobre o PCC.

Silêncio sobre as falas do Lula.

Silêncio sobre o contador do Lula.

Tudo caladinho.

DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

ARAEL COSTA – JOÃO PESSOA-PB

Bom domingo a todos dessa casa abençoada.

Segue o comprovante de transferência da minha cota dizimal.

Propositadamente feita para o início da semana, dada a convicção que tenho de que o caixa dessa combativa e esculhambativa Gazeta deverá sofrer forte incursão, para fazer frente às despesas de cura da ressaca domingueira da “gostosa” Chupicleidade.

Cuja tabaca deve estar bem mais manipulada do que a de Xolinha após uns amassos com o Polodoro.

Salve!

R. Meu caro, você dizer que a tabaca de Chupicleide tá “mais manipulada” do que a de Xolinha, por conta de “amassos com o Polodoro” foi pra arrombar!

E a sujeitinha inxirida achou ótima e sua comparação e ficou aqui se rindo-se todinha!!!

Sua doação já está na conta desta gazeta escrota.

Gratíssimo pela generosidade, caro amigo.

Vocês leitores são força que mantém este jornaleco avuando pelos ares.

Abraços e uma excelente semana pra você e pra toda a comunidade fubânica!!!

ALEXANDRE GARCIA

ÓDIO E RADICALISMO IDEOLÓGICO

O autor dos disparos, Tetsuya Yamagami, preso em seguida

Infelizmente o assunto hoje é ódio. É radicalismo ideológico, político.

Na sexta-feira, mataram o ex-primeiro-ministro do Japão, um homem muito querido lá. Aliás, no domingo o partido dele ganhou a eleição. Ele foi morto por um sujeito que construiu a arma em casa, porque lá é proibido vender armas.

No dia seguinte, o ex-presidente Lula agradeceu a um vereador que cumpriu pena de sete meses por ter empurrado um empresário adversário contra um caminhão e ele foi ferido gravemente na cabeça.

No dia seguinte, numa associação que era ser recreativa e esportiva do pessoal da segurança de Itaipu, dois policiais se confrontam por motivos políticos. Um deles fez lá na associação sua festa de 50 anos e cobriu o cenário da festa com propaganda para Lula. O outro chegou lá, um agente penal federal, viu aquilo, se irritou, bateram boca e acabaram trocando tiros. O guarda municipal, aniversariante, morreu e o outro está na UTI.

Além das cenas chocantes do tiroteio – que é uma explosão de ira, de raiva -, a cena que se seguiu é uma cena de brutalidade, de horror, mas pensada. A gente vê nas imagens. O policial penal, que agora está na UTI, estava no chão e vem um sujeito de bermuda e chuta a cabeça dele várias vezes. Aí vai até o outro, constata que ele está baleado, e volta acompanhado de dois, que ficam chutando o corpo deste homem. Ele está na UTI, talvez pelos tiros que recebeu, mas talvez também pelos chutes.

Um horror. E tudo isso é consequência desta ideologia que vende o ódio.

Na própria sexta-feira, o presidente Bolsonaro estava na formatura da Academia da Força Aérea, em Pirassununga, quando disse “corneteiro prossiga” e o corneteiro deu sentido e um toque de silêncio, que é um toque emocionante. A gente via o rosto de Bolsonaro com lágrimas saindo dos olhos, engolindo em seco, certamente ele estava lembrando da tentativa de matá-lo no 6 de setembro de 2018 pelo Adélio. Teve outro “Adélio” lá no Japão que foi bem sucedido. E esse caso do Adélio até hoje não foi ainda esclarecido. Só não matou porque estava perto da Santa Casa de Juiz de Fora – se estivesse em um local sem socorro, a história seria outra.

Fica aqui um registro das violências que a gente teme, e a gente até de certa forma até prevê pelo jeito que as coisas estão aqui no Brasil. As fontes de ódio.

* * *

Transparência

Está marcada para esta semana, para quinta-feira, uma conversa no Senado sobre transparência da apuração exigida pelo artigo 37 da Constituição. A presença do presidente do TSE, ministro Fachin, ainda não está confirmada porque ele estava em Washington. O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, já confirmou. O relator da PEC que estava aprovando o comprovante de voto e depois derrubou, o deputado Filipe Barros, e o chefe da Polícia Federal Márcio Oliveira também estão convidados.

Tomara que o ministro Fachin participe, porque eu soube que os dois ministros do STF convidados para falar na semana passada sobre ativismo judicial e independência de poderes, Barroso e Moraes, nem responderam ao convite. O senador Espiridião Amin se irritou com isso. Disse que quando precisaram dos senadores para serem aprovados como ministros eles iam lá com frequência. Mas agora dão as costas para aqueles que os conduziram ao Supremo.