SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

DEU NO X

DEU NO JORNAL

EMPREGOS SALVOS

A derrubada do veto de Lula (PT) à desoneração da folha salvou ao menos 600 mil empregos.

Era a estimativa de fechamento de postos de trabalho, com a lógica raivosa do governo contra o setor privado, que emprega 91% dos brasileiros.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) acusou a lei de “inconstitucional”, desdenhando das comissões de Constituição e Justiça do Senado e da Câmara e dos votos de 430 parlamentares.

Como “economista”, Haddad se revelou mau jurista.

Para se manter obediente ao PT, a maioria dos atrasados sindicalistas brasileiros fechou os olhos à ameaça da perda de 600 mil empregos.

O drama foi descrito por Fernando Pimentel, diretor da Abit, a associação do setor: a previsão era que 30 mil seriam demitidos na indústria têxtil.

A medida, que agora será promulgada pelo Congresso sem voltar a Lula, beneficia os 17 setores da economia que mais empregam trabalhadores.

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Um número impressionante: foram salvos ao menos 600 mil empregos.

E isto dito, tá dito tudo.

Excelente notícia.

O Ladrão Desconenado ficou puto.

RLIPPI CARTOONS

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

MAU CARÁTER

A covardia derruba o homem. O mau caratismo o pisoteia.

Moro fechou a tampa de seu próprio caixão.

VIOLANTE PIMENTEL - CENAS DO CAMINHO

EVOCANDO “ONTEM AO LUAR”

“ANTOLOGIA DA CANÇÃO BRASILEIRA”, coletânea oferecida aos poetas, trovadores, musicistas e intelectuais brasileiros, pelo grande pesquisador Norte-Rio-Grandense, Gumercindo Saraiva, homenageou o poeta e compositor Catullo da Paixão Cearense, por ocasião do seu Centenário de Nascimento, a quem denominou de “o maior lapidador da Canção Brasileira” (1863 – 1963).

Catullo da Paixão Cearense nasceu a 8 de outubro de 1863, em São Luiz do Maranhão e faleceu no Rio de Janeiro a 10 de maio de 1946.

Na sua mocidade, sentindo a decadência da canção nacional, Catullo tornou-se um herói, desbravando de maneira patriótica os poemas mais sugestivos da literatura brasileira, notadamente de Castro Alves, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu e tantos outros poetas, cujas composições se integraram ao cancioneiro popular do nosso país e alcançaram destaque fora do Brasil.

Gumercindo Saraiva quis restaurar aquilo que estava prestes a desaparecer do “dossier” cultural brasileiro. E ele estava certo. A Modinha está adormecida, ofuscada pela música de baixa qualidade.

Heitor Villa-Lobos, o expoente máximo da música brasileira, célebre autor das “Bachianas Brasileiras”, encontrou na obra de Catullo da Paixão Cearense, não simples melodias, escritas de forma banal e inexpressiva, mas um manancial de talento. Por isso, certa vez, disse: “Na música, Catullo me foi mais útil que o próprio Ernesto Nazareth”.

A notável tradição e o majestoso cenário emocional encontrados na canção de Catullo, não foram mais estudados e permanecem no ostracismo, por falta de divulgação. Sua grandiosa obra está adormecida. Temos necessidade de uma biografia mais positiva, que reviva na alma do povo a presença de Catullo e a universalidade dos seus cantos.

O escritor Rocha Pombo, estudando a obra de Catullo, declarou: “Catullo é um grande poeta. A meu ver, tem ele na alma alguma coisa mais que a exuberante e entusiástica poesia do nosso povo; nos seus versos, nos seus cantos, fala a excelsa musa anônima e imortal da raça”.

Alberto de Oliveira, príncipe da poesia brasileira, no seu tempo, referindo-se a Catullo, cantou, em versos, com o coração, a grandeza do grande vate maranhense:

“Esse outro poeta és tu, com as tuas harmonias
Com o teu estro a vibrar nas cordas do violão
Fazendo ao que te escuta ir-se a imaginação,
Ir-se o espírito além, além…por além afora,
Ao bom tempo feliz, ao bom tempo de outrora,
Em que eu sei que cantava esse de nome igual
E gênio igual ao teu – Catullo, o provençal.”

Catullo estudou um pouco de música, chegando mesmo a tocar flauta de cinco chaves, mas encontrando dificuldades por falta de embocadura.

Seus companheiros dessa época foram o flautista Viriato, o compositor Calado, o regente e compositor Anacleto de Medeiros, Quincas Laranjeiras, Albano, Cadete e outros que não alcançaram projeção no ambiente da boemia dessa turma tão conhecida nos meios das serestas do Rio de Janeiro.

O nome de Catullo da Paixão Cearense não precisa mais de apresentação no cenário da modinha brasileira.

Poeta popular, violonista, violinista, musicista afamado, bardo do povo, o autor de “ONTEM AO LUAR”, jamais encontrou quem o substituísse, devido à sua sublime inspiração, facilidade de rima, aproveitando de maneira auspiciosa motivos palpitantes para perpetuar nos seus versos e na sua musicalidade a misteriosa germinação do seu talento, como a semente que fecundou na terra e na alma do povo brasileiro.

Catullo transformou o acompanhamento, dando-lhe modulações imprevistas; entrou nos salões , e obteve calorosos aplausos, revelando a verdadeira beleza do violão brasileiro, nele entronizando de novo, a nossa Modinha, que, lamentavelmente, estava ofuscada por músicas de baixa qualidade. Esse foi o seu maior título de glória, na sua época.

Catullo morreu, levando o segredo da espontaneidade, o segredo da rima cantante dos regatos, da inspiração misteriosa e cheia de brasilidade. Levou a beleza dos céus de nossa terra, o luar imenso das noites sertanejas vividas e sentidas nas serenatas do seu tempo, a graça e o sorriso das caboclas bonitas do Sertão, a paz bucólica dos campos e das fazendas.

O violão que era um instrumento desprestigiado, companheiro inseparável da boemia e badernas, foi reabilitado por Catullo, que o impôs nos salões, tornando-o um irmão do piano, do violoncelo e do violino.

Entre suas inúmeras e belíssimas canções, estão “ONTEM AO LUAR”, “SERTANEJA” e “LUAR DO SERTÃO”, que se eternizaram.

CATULO DA PAIXÃO CEARENSE

PROMOÇÕES E EVENTOS

COLUNISTA DO JBF HOMENAGEADO COM MEDALHA

Carlos Eduardo Machado entregando a medalha a José Paulo Cavalcanti FIlho

Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) desde 1986, o acadêmico e escritor José Paulo Cavalcanti Filho foi homenageado com a Medalha Levi Carneiro nesta quinta-feira (14/12).

A comenda, que é oferecida pela entidade aos consócios com mais de 30 anos de associação, reconhece as contribuições do agraciado à Casa de Montezuma. Na solenidade, conduzida pelo 1º vice-presidente do IAB, Carlos Eduardo Machado, Cavalcanti afirmou que dentre todas as honrarias que já recebeu, a Medalha Levi Carneiro é a que mais lhe trouxe felicidade.

Carlos Eduardo Machado lembrou que a outorga da comenda é uma iniciativa da Diretoria do IAB para agradecer aos seus mais antigos associados e, ao mesmo tempo, celebrar os 180 anos da entidade. “A medalha reconhece a importância do Instituto, da sua história e dos seus membros: juristas de alta estirpe, de qualidade, com obras escritas e inserções muito produtivas e com temas relevantes. É uma justa homenagem a esses que fazem a história do Direito e a história das Letras jurídicas do Brasil”, disse o advogado.

Ao saudar o homenageado, o orador oficial do IAB, Sérgio Tostes, ressaltou os pontos mais importantes da carreira de Cavalcanti. Ele lembrou que o acadêmico representa o IAB na Academia Brasileira de Letras (ABL), além de também ser um imortal em Portugal: recentemente o advogado foi empossado na Academia de Ciências de Lisboa na categoria Literatura. Consagrado como um grande escritor no Brasil e no exterior, Cavalcanti tem mais de 18 livros publicados, dentre eles está sua obra mais famosa, Fernando Pessoa: uma quase autobiografia (2011).

“O livro tem 600 páginas e lhe rendeu o Prêmio José Ermírio de Moraes, o Prêmio Jabuti e o primeiro lugar na Bienal do Livro, além de prêmios na Itália, Portugal, Romênia, Israel, França, Holanda, Alemanha, Rússia, Inglaterra e Estados Unidos. Ele é a maior referência mundial sobre a vida e obra do escritor português”, disse o orador.

Da esq. para a dir., Sérgio Tostes, Carlos Eduardo Machado, Edmée da Conceição Ribeiro e José Paulo Cavalcanti Filho

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ALEXANDRE GARCIA

CONGRESSO FAZ O CERTO E DERRUBA DOIS VETOS DE LULA

Sessão do Congresso Nacional que derrubou veto ao marco temporal.

Sessão do Congresso Nacional que derrubou veto ao marco temporal

Prevaleceu o bom senso no Congresso Nacional. Não adiantou o presidente Lula liberar R$ 10 bilhões em emendas de parlamentares em dois dias. Os vetos do presidente em duas leis aprovadas pelo Congresso foram derrubados – e por uma diferença bem grande.

A primeira das leis era a que renovava por quatro anos – e está renovando, porque o veto foi derrubado – a desoneração da folha de pagamento para os 17 setores que mais empregam no país. Em vez de pagar 20% sobre a folha, eles vão pagar de 1% a 4,5% sobre o lucro bruto. É uma forma de estimular o emprego, porque aqui no Brasil o empregador paga o salário do empregado, mas também paga o Estado brasileiro para poder empregar. O ex-deputado e ex-secretário da Receita Marcos Cintra foi o autor da ideia de desoneração, uma ideia muito boa que está valendo por mais quatro anos.

Lula não queria, porque está precisando de dinheiro. O governo inchou, quase duplicou o número de ministérios, gasta muito mais. O PT já disse, a presidente do PT já disse, o líder do governo na Câmara já disse que, se não gastarem mais, o PT não ganha as eleições municipais do ano que vem. Mas não adiantou: no Senado, 60 a 13 pela derrubada do veto. Na Câmara, 378 a 78.

Não ficou nisso: derrubaram também o veto ao marco temporal. O Supremo – e isso não é mais surpresa para ninguém porque vemos um absurdo atrás do outro – declarou inconstitucional um artigo da Constituição: o 231, que diz que pertencem aos indígenas as terras “que tradicionalmente ocupam”. “Ocupam” é presente do indicativo; portanto, o texto se refere a 5 de outubro de 1988, dia em foi promulgada a Constituição. Foi isso que os constituintes entenderam depois de trabalhar 20 meses, mas o Supremo foi além da Constituição, acima da Constituição, e deu outra interpretação.

O Congresso reagiu e aprovou uma lei bastante clara que estabelece o mecanismo de reconhecimento da posse ou propriedade de terras para aqueles que puderem provar que no dia 5 de outubro de 1988 ocupavam legalmente a terra, sejam indígenas, sejam não indígenas – porque são todos brasileiros. O veto do presidente, que estava alinhado à interpretação do Supremo, foi derrubado com 231 votos dos deputados contra 137, e com 53 votos dos senadores contra 19. Confirmam-se assim, dois artigos da Constituição: o 5.º, que estabelece o direito de propriedade, e o 231, a que há pouco me referi.

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Banco Central baixa os juros

Falei de dinheiro liberado e governo gastando muito. A dívida pública está crescendo muito porque o governo tem de pôr papéis no mercado, oferecer, pedir emprestado, e tem de pagar juros. Pensei que o Banco Central não teria a coragem de baixar a taxa Selic, mas baixou meio ponto porcentual: era 12,25% e agora é de 11,75% ao ano. Essa taxa é básica no mercado interbancário de dinheiro, mas influencia os juros em geral, especialmente o quanto pagam os papéis da dívida do governo, que precisa se endividar porque gasta muito.