DEU NO X

DEU NO JORNAL

NÓS VAMOS

As fofocas sobre os atos de Sete de Setembro não decorrem de “risco de violência”, mas do risco que virar uma grande demonstração de força de Jair Bolsonaro.

Ao contrário de outras, as manifestações da turma que veste verde e amarelo nunca foram caracterizadas pela violência.

* * *

O que gostei nessa nota aí de cima foi a expressão “turma que veste verde e amarelo”.

Trata-se de um time de gente decente, patriótica e higienizada, bem diferente da turba de terroristas que vestem vermelho, composta por machos fedorentos e fêmeas do suvaco cabeludo.

A palavra “fofoca”, logo no começo da notícia – fofoca sobre “risco de violência” feita por um time de felas-da-puta -, resume tudo: só tem canalha no outro lado.

Aqui no Recife, nós, os cidadãos decentes e de bem, estaremos reunidos pacífica e ordeiramente à beira-mar, na praia da Boa Viagem, no próximo dia 7 de setembro.

Vestidos com nossas camisetas verde-amarelas, eu, Aline e João estaremos lá.

CARLITO LIMA - HISTÓRIAS DO VELHO CAPITA

APOSENTADORIA MERECIDA

Gabriel desde que se casou morou no bairro do Farol. Quando os filhos cresceram pressionaram para morar orla.

Devido aos tempos modernos, aos apelos da família, à qualidade de vida, finalmente Gabriel comprou um apartamento na Ponta Verde, perto da praia. Para família foi uma alegria, para ele um sacrifício. Trocar uma casa confortável com jardim e mais um quintal com duas frondosas mangueiras, por um apartamento de quatro quartos, foi difícil a adaptação. Mas, a família acima de tudo. O casal ficou com uma suíte, dois quartos para os filhos e um quarto transformado em gabinete. Gabriel armou um computador para se distrair. Aposentado recentemente do Banco do Brasil, era hora de desfrutar a boa vida.

Organizado, fez a programação diária. Pela manhã caminha na orla, encontra amigos da conversa fiada e fica olhando as saias de quem vive pelas praias coloridas pelo sol. Às tardes são preenchidas no shopping, cinemas, livraria. À noite assiste um pouco à televisão e recolhe-se ao gabinete. Entra no computador para pesquisar, ler jornais, enviar e-mails para amigos. Já plantou várias árvores, tem dois filhos, agora cismou em escrever um livro narrando passagens de sua vida. De sua cadeira tem uma ampla vista lateral do prédio vizinho.

Num dos apartamentos ao lado, uma jovem que mora com o pai, chega da Faculdade por volta das onze da noite. A moça é um encanto: estatura média, cabelos louros escorridos ao ombro, nariz afilado, lábios grossos. Seu corpo é um monumento, seios duros, pontiagudos, cintura fina. A bunda é delirantemente bem torneada. O espelho da porta do guarda-roupa reflete todos os movimentos no quarto.

Assim que ela chega, se enrola numa toalha e vai ao banho antes de dormir. Sai do banheiro se enxugando, abre o guarda roupa e veste um lingerie curto antes de deitar. Gabriel fica num excitamento de menino. Muitas vezes depois dessa cena, ele vai ao quarto, acorda sua amada Helena.

Certo fim de tarde, Gabriel pegou o carro para ir às compras. Ao longe, no ponto de ônibus, reconheceu a jovem em pé, com os livros abraçados ao peito, esperando ônibus. Ao cruzar os olhos, ela sorriu, Gabriel freou o carro no reflexo. Perguntou sinalizando com o indicador se ela ia à cidade. A moça não se fez de rogada, entrou no carro. Como uma princesa sentou-se ao lado, a curta saia mostrava suas pernas maravilhosas. Deu boa noite, disse que ia para a Faculdade no Farol. Gabriel mentiu: também ia para o Farol. Foram conversando amenidades, mas o coração do coroa estava disparado. Afinal chegaram.

Naquela noite Gabriel ficou esperando, ansioso, a chegada de sua musa da janela. A espera compensou, a jovem tirou a roupa bem devagar, coisa que nem um strip-tease. Deixou Gabriel ensandecido. Ao dormir acordou Helena.

Na tarde seguinte Gabriel passou com o carro e frustrou-se. Dois dias depois, se emocionou quando a viu no ponto de ônibus. Freou o carro, ela entrou mais bonita que nunca. Vilma, assim se chama, 21 anos, faz Direito, mulher prática, pragmática. Em certo momento ela foi direta, sorrindo para Gabriel.

– Eu acho que você está me paquerando. Pensa que não percebo você toda noite na janela me olhando? Faço aquela cena de propósito. Tenho esse defeito, adoro que os homens me olhem.

Gabriel estremeceu de alegria. Virou o rosto, encarou-a com largo sorriso.

– Mas menina, você é danadinha hein?

– Danadinha ou danadona sei quem é você, casado e aposentado. Sou muito direta. Vou lhe fazer uma proposta, indecente: saio com você para gente se divertir, vadiar, uma vez por semana, e você paga minha faculdade todo mês. Que tal? Pense. Estamos chegando, me pegue aqui mais tarde. Às nove horas, depois de minha última aula. Estarei esperando nessa esquina.

Gabriel, emocionado, parou o carro. Ela desceu, acenou com os dedos sem olhar para trás.

O difícil foi arranjar uma desculpa para sair de casa às oito horas daquela noite. Ele arriscou:

– Helena, está passando um filmaço no Cine Pajuçara. Topa?

Ficou esperando a resposta. Quando ela disse estar sem vontade, ele quase dava uma gargalhada de felicidade. Perguntou se incomodava de ele ir sozinho.

Às nove horas Vilma se aproximou do local, entrou no carro. No motel quase Gabriel teve um infarto se tantas formas de amor, a jovem sabia tudo. Uma mestra com 21 aninhos.

O aposentado Gabriel aumentou sua despesa no orçamento mensal. Feliz da vida, às tardes das quartas-feiras Vilma já fica esperando no carro do coroa estacionado na esquina. Depois rumam aos bons motéis da praia de Jacarecica. Toda a noite ele não se cansa em vê-la, fica deliciando-se com o strip-tease, preenchendo o tempo de sua aposentadoria merecida.

COMENTÁRIO DO LEITOR

O MELHOR BLOG DA NET

Comentário sobre a postagem ONCE UPON A TIME

Beni Tavares:

Hoje, vou aproveitar a coluna do meu amigo Sancho, pedir licença ao nosso querido Berto, dono do melhor blog da net, e fazer uma pequena e justa homenagem a todos (todas) colunistas do Blog.

Não deve ser fácil, semanalmente, mentalizar, escrever e agradar uma “plateia” tão seleta.

A “comunidade fubânica” é composta por pessoas bem informadas, donas de seus próprios conceitos e opiniões.

Sem contar com a própria natureza humana que é, por si só, inconformada e exigente, o que torna, mais difícil, agradar sempre.

Portanto, fica aqui, meu apreço e agradecimento aos colunistas do Blog, pela façanha de, diariamente, chacoalhar nossos sentimentos.

Acho que, o mais importante é fazer aquilo que dá prazer e aproveitar as “marés” da vida de cada um.

Um beijo no coração de todos.

* * *

DEU NO X

CARLOS EDUARDO SANTOS - CRÔNICAS CHEIAS DE GRAÇA

RICA DESCENDÊNCIA

Bisnetos americanos: Isabela Telga e Set

Deixo aqui, de certo modo, uma homenagem às minhas descendências. Principalmente aos meus onze bisnetos, o que não é trunfo fácil para qualquer velhote ostentar.

Ser bisavô de tantas criaturinhas me estufa o peito. A primeira – Isabela Telga – nascida na América do Norte, filha de Patrícia e James. E acho que fechei a rosca com a chegada da caçula – Luana – pernambucana do Recife, ainda com dois anos.

Quando aos 21 anos casei-me, nem poderia imaginar que viesse a ser tão numerosa a descendência. E para descrever melhor, uso os numerais: 4 filhos, 12 netos e 11 bisnetos, além dos quatro filhos. São, portanto, 27 criaturas que estão levando meu sobrenome Santos pelo mundo afora.
Entre a vidinha deles e o que observei na infância dos meus filhos, há grandes diferenças de educação, pois os lugares, os modos e os tempos onde foram criados apresentam características bem diversas.

Os tempos deram um pulo enorme desde que minha descendência se foi formando, a partir do ano de 1960, quando nasceu meu primogênito – Carlos Eduardo de Almeida Santos – até a chegada de Luana, uma das bisnetas, que veio nos encantar a partir de 2019; ou seja, decorreram aproximadamente 60 anos.

Luana, a bisneta caçula brasileira

O que lamento, nessa decorrência, é que os pequeninos de hoje estão sendo criados sem a liberdade que meus primeiros filhos usufruíram. Podiam brincar nas ruas sem perigos.

Os brinquedos das crianças de hoje são comprados em lojas e visam prende-los em apartamentos, tornando-se as escolas o único refúgio para sua convivência com outras crianças. Vê-se, com certa tristeza que vivem “pregados” às telinhas dos aparelhos eletrônicos que os viciam inexoravelmente.

Tenho que aceitar os rigores que o progresso lhes está impondo. Dos bisnetos, a primogênita, Isabela Telga, se prepara para entrar em período de faculdade, nos Estados Unidos, pois já conta quase 18 anos. E depois que casar-se, certamente iniciar-se-á uma outra geração.

O que me orgulha é possuir descendência tão rica. Afinal, só bisnetos, tenho a honra de informar, são onze. Os netos são doze e filhos quatro.

E isto não é trunfo para qualquer velhote não!…

DEU NO X

PENINHA - DICA MUSICAL

DEU NO X

DEU NO X