Arquivo diários:1 de julho de 2023
DEU NO JORNAL
PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA
ERRO – Machado de Assis
Erro é teu. Amei-te um dia
Com esse amor passageiro
Que nasce na fantasia
E não chega ao coração;
Não foi amor, foi apenas
Uma ligeira impressão;
Um querer indiferente,
Em tua presença, vivo,
Morto, se estavas ausente,
E se ora me vês esquivo,
Se, como outrora, não vês
Meus incensos de poeta
Ir eu queimar a teus pés,
É que, – como obra de um dia,
Passou-me essa fantasia.
Para eu amar-te devias
Outra ser e não como eras.
Tuas frívolas quimeras,
Teu vão amor de ti mesma,
Essa pêndula gelada
Que chamavas coração,
Eram bem fracos liames
Para que a alma enamorada
Me conseguissem prender;
Foram baldados tentames,
Saiu contra ti o azar,
E embora pouca, perdeste
A glória de me arrastar
Ao teu carro… Vãs quimeras!
Para eu amar-te devias
Outra ser e não como eras…
Joaquim Maria Machado de Assis, Rio de Janeiro-RJ, (1839-1908)
A PALAVRA DO EDITOR
CHEGOU JULHO
Chegou o mês de julho e hoje é o primeiro dia do segundo semestre.
Vapt vupt.
Ligeirinho, ligeirinho.
Daqui mais uns dias começam os festejos de final de ano e iremos comemorar a chegada de 2024.
Por conta das doações dos nossos leitores, fechamos o mês de junho com tudo em dia e em ordem, contas pagas e saldo positivo.
Um grande abraço para os fubânicos José Claudino, Boaventura Bonfim, Laudeir Angelo, Fernando Gehr, Luiz Leôncio, Marta Bianchi e José Mateus que fizeram Chupicleide sorrir nos últimos dias.
Aliás, Chupicleide fez um vale e me disse que iria cair na gandaia neste final de semana, pois estava com “calor na bacurinha”.
Ô sujeitinha escrota!!!
Quando ela falou esta expressão, me lembrei imediatamente do Pastoril do saudoso Velho Faceta, comandando o espetáculo e brilhando no tabalhado com suas pastoras.
Diz aí, Velho Faceta!!
DEU NO X
FICOU CLARÍSSIMO
RLIPPI CARTOONS
ANOS DE TRABALHOS
DEU NO X
SUPREMA QUADRILHA, TUDO JUNTO E MISTURADO
CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA
LUIS MEZETTI – VITÓRIA-ES
DEU NO X
APESAR DE CLARO, TEM CEGUINHO QUE NÃO ENXERGA
J.R. GUZZO
SEM O AGRONEGÓCIO O BRASIL QUEBRA – E ATÉ LULA E A ESQUERDA SABEM DISSO
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou Plano Safra no Planalto
O presidente Lula não gosta, e nunca gostou, da agricultura e da pecuária brasileiras; sua ideia sobre o que deve ser a produção rural e a vida no campo é ficar repetindo, como faz há décadas, que o Brasil precisa de uma “reforma agrária” e que o MST, com suas invasões de terra, agressões físicas e destruição de propriedade, é um “movimento social” que vai salvar a lavoura deste país.
O agronegócio, para ele, para o PT e para a esquerda em geral, não é a área da economia brasileira que funciona melhor, tem mais capacidade de competir de fato no mercado externo e fornece ao país os dólares indispensáveis para pagar as suas importações e manter o sistema produtivo em funcionamento. É um mal, ou um “inimigo do povo”. Lula acha, e já disse mais uma vez, que o agronegócio brasileiro é “fascista”, ou “direitista”; também afirma que, “ideologicamente”, ele e os produtores rurais estão em “campos opostos”. É claro que encheu o Incra, de alto a baixo, com empregos para os militantes políticos do MST e suas redondezas.
Mas uma coisa é o que Lula diz. Outra, bem diferente, é o que o seu governo faz em relação ao campo. A última ação concreta, dessas que são capazes de produzir resultados no mundo das realidades, é o anúncio do financiamento para a safra de 2023/24 – um valor de 365 bilhões de reais, mais que o do ano passado, e essencial para manter o agronegócio em plena atividade.
A safra de grãos deste ano deve passar dos 300 milhões de toneladas, um recorde. Seu ministro da Agricultura é um entusiasta da produção rural, tem consciência de quanto o agronegócio é essencial para o Brasil e dá a impressão de ter um compromisso real com o progresso no campo. Enfim: o discurso da esquerda é de guerra contra o que chamam de “ruralistas”, como numa acusação, mas o agronegócio brasileiro continua mais vivo do que nunca. O próprio Lula, na última vez em que tocou no assunto, proclamou-se “responsável” e diz desejar que a “agricultura brasileira continue plantando cada vez mais”. Foi um gesto de paz, ao contrário do tom de suas declarações anteriores – um bom sinal, porque o contrário seria puro suicídio.
As exportações do agronegócio brasileiro em 2022 chegaram a 160 bilhões de dólares e, neste ano, o avanço da produção na área rural foi o responsável direto pelo crescimento da economia no primeiro trimestre e à estabilidade no câmbio. Onde o Brasil iria arrumar essa quantidade de dólares? Com certeza, não é com as abóboras do MST – ou com o seu arroz orgânico, cuja produção anual não daria para alimentar a população brasileira nem por 12 horas.
Sem o campo, o país quebra; o próprio equilíbrio do fornecimento mundial de alimentos seria abalado. Nenhum governo pode abrir mão dessa fonte de riquezas, diga o que disser a “ideologia” do presidente e do seu círculo de extremistas políticos. Guerra ao agro, de verdade, seria reduzir os recursos do Plano Safra 23/24 e fechar as portas do Banco do Brasil para os produtores rurais. É o contrário do que está acontecendo.