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LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

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A PALAVRA DO EDITOR

SEXTAFEIROU !!!

Sexta-feira  bonita!

E num dia de número par, o 24, que é o dobro de 12.

Tudo certo e encaixado!

Sinal de bons presságios.

Chupicleide já avisou que vai encher a cara hoje, ao lado do seu amigo Mané Rabo Fino, que, segundo ela, levou um par de chifres da mulher e está tristinho de fazer pena.

Um corno conformado que chora e lamenta as gaias que carrega na testa.

A safada da secretária do JBF fez um vale de adiantamento de salário e chega arreganhou os  dentes de tanta satisfação.

Ela tomou a iniciativa por conta das generosas doações feitas esta semana pelos leitores fubânicos, através do Pix que está aí do lado direito deste jornaleco.

Brigadíssimo a todos que nos ajudam a manter esta gazeta escrota avuando pelos ares.

Vai voltar tudo em dobro pra vocês!!!

E, já que Chupicleide falou no amigo corno, eu se alembrei-me de uma marcha intitulada Zé Corneteiro, gravada em 1953 pela saudosa vedete Virgínia Lane, uma talentosa artista brasileira que encantou-se em 2014 aos 94 anos de idade.

Virgínia Lane

Um excelente final de semana para toda essa patota arretada de leitores!

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PEDRO MALTA - REPENTES, MOTES E GLOSAS

GRANDES MESTRE DO REPENTE E UM CORDEL DE PARAIBÊS

João Paraibano:

Faço da minha esperança
Arma pra sobreviver
Até desengano eu planto
Pensando que vai nascer
E rego com as próprias lágrimas
Pra ilusão não morrer.

Onildo Barbosa:

Quando o dia vai embora
A tarde é quem sente a queixa
O portão da noite abre
A porta do dia fecha
A boca da noite engole
Os restos que o dia deixa.

Zé Saldanha:

Fiz versos bonitos e com estilo
Olhando as belezas do vergel;
Na promissão da terra leite e mel
Vi de perto a estátua de Berilo,
Medi as águas que tem no rio Nilo
Estudei muito tempo o hemisfério,
Dei certinho as lições do isotérmico
Estudei tudo do livro herogramático,
Trabalhei muito tempo de astronáutico
Conhecendo o segredo planisférico.

Sebastião Dias:

Quando o chão está molhado
aparecem coisas boas:
se levantam cogumelos
que as capas parecem broas;
os sapos chocam de ruma;
bordam com cachos de espuma
o cenário das lagoas.

Diniz Vitorino:

Na terra paraibana
foi onde eu pus os meus pés.
Caminhei pintando os lírios
dos majestosos painéis,
que formam telas sedosas
nos aromáticos vergéis.

Vi os dias infantis,
cheguei na adolescência,
cantei olhando pra o céu,
bebendo divina essência
dos frutos que Deus espreme
na taça do inocência.

No tempo da mocidade
fui ídolo dos cantadores;
dos cantadores que foram
meus fãs, admiradores,
e hoje me negam bom-dia
pra magoar minhas dores!

Eu sei que não estou seguro
nesta profissão que estou:
sou ferido sem ferir,
chorando pra festa vou,
sofro, mas só deixo o palco
depois que termina o show.

Siqueira de Amorim:

O chifre pra muita gente
Seja linheiro ou com dobra
Serve para corrimboque
E guarda rapé com sobra
E ainda sendo queimado
Serve para espantar cobra

Se numa casa qualquer
O chifre é dependurado
Serve para trazer fortuna
E pra tirar mau-olhado
Cura também dor de dente
Se for chifre de veado

O chifre sendo linheiro
Lá pras bandas do sertão
Bota-se na prateleira
Da bodega ou no balcão
Para tirar a coragem
Do caboclo valentão

Mas o chifre na cidade
É coisa mais diferente
Serve para fazer palheta
Botões de ceroula e pente
E só não dá muito certo
Sendo na cabeça de gente.

* * *

DICIONÁRIO PARAIBÊS – Vicente de Campos Filho

Todos sabem no Brasil
Que o idioma é português
Assim como lá na França
Todos falam o francês
Por isso, na Paraíba
Falamos PARAIBÊS.

Quem não tem dinheiro é LISO
Quem é rico é ESTRIBADO
NÃO TER COMO CAIR MORTO
É ser LISO E LASCADO
Quem não dá sorte é PÉ FRIO
Quem tem sorte é CAGADO.

Axila é SUVACO
Cisco no olho é ARGUEIRO
Longe é LÁ NA CAIXA PREGO
Matuto é BERADEIRO
O alcoólatra é PINGUÇO
Mas também é CACHACEIRO.

Um mal cheiro é uma CATINGA
Também pode ser INHACA
Na axila é SUVAQUEIRA
Quem fecha um botão ATACA
Quem se vai PEGA O BECO
Quem entra em casa EMBURACA.

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SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

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ALEXANDRE GARCIA

LULA NÃO RESISTE À OPORTUNIDADE DE PROVOCAR DONALD TRUMP

lula indonesia trump

Lula recebe homenagem na Indonésia e provoca Donald Trump sobre uso de moedas locais no comércio

Está repercutindo muito no Rio Grande do Sul o indiciamento, pela Polícia Civil, de uma pré-candidata ao governo do estado na eleição do ano que vem. Juliana Brizona é neta de Leonel Brizola e foi deputada estadual pelo PDT. A Juliana Brizola. Ela cuidava da avó – imagino que seja a avó materna, Doris Daudt, cujo marido, se não me engano, era oficial da Força Aérea Brasileira e foi punido pela Revolução de 64; ela foi indenizada, ganhava R$ 25 mil de pensão e recebeu também uma indenização de R$ 1,8 milhão.

Essa senhora, que hoje está com 99 anos, estava com saldo negativo no banco e um tio da Juliana parece que se queixou na polícia, perguntando onde estaria o dinheiro da mãe. E assim a polícia indiciou a neta, responsabilizando-a pelo sumiço do dinheiro e enquadrando-a no artigo 102 do Estatuto do Idoso, pelo qual meter a mão em pensão de idoso é crime. É exatamente o que uma CPI mista no Congresso Nacional está investigando: um crime hediondo na Previdência, que roubou R$ 6 bilhões e vitimou 2,3 milhões de idosos. Juliana Brizola disse que não fez nada disso, que apenas cuidava da avó, mas vai ter de explicar onde foi parar o dinheiro que a avó ganha. Muita repercussão por causa do sobrenome.

* * *

Lula provoca Trump mais uma vez; está querendo fugir de um encontro cara a cara?

Lula está em Jacarta, capital da Indonésia, e recebeu uma homenagem na quinta-feira; estava lá, de camisa estampada – todos com camisas de fundo meio verde, e ele com uma camisa estampada de fundo vermelho. Parece que a homenagem veio dos empresários que ele levou para lá, porque havia uma Câmara de Comércio reunida. Mas o importante é que ele voltou a fazer declarações que certamente desagradam os Estados Unidos: disse que os negócios comerciais entre Indonésia e Brasil serão feitos com as moedas locais. Eu fico imaginando o Brasil usando a rupia indonésia; nós não conseguiremos fazer outra coisa a não ser negociar com a própria Indonésia, ou no máximo com algum país vizinho. Um real vale 45 rupias indonésias. São coisas de Lula, tudo para alfinetar, para irritar Donald Trump, para justificar que não haja encontro no dia 26, quando os dois estiverem na Malásia – não sei se Trump confirmou a ida ou não –, para o encontro anual de 11 países do Sudeste Asiático.

* * *

Juiz aposentado sugere mudanças na lei penal que tornariam a anistia dispensável

Um experiente juiz criminalista que está aposentado agora, mas foi titular da Vara de Execuções Criminais da capital do país, Everardo Ribeiro, tem uma ideia que vale a pena considerar. São simples mudanças de redação em duas letras do Artigo 359 do Código Penal. Uma exige a efetiva e essencial companhia de arma de fogo para alguém que seja condenado por golpe de Estado. Outra propõe que, para alguém ser condenado por ameaça pública, tem de ter explosivo ou artefato bélico.

Com essas simples mudanças, nem precisariam fazer uma lei de anistia; os condenados já poderiam entrar com habeas corpus. Se o Congresso Nacional se interessar por esse projeto, se ele tramitar e for aprovado, haveria mudança na lei penal; quando essa mudança beneficia o réu, a lei retroage em sua aplicação e qualquer habeas corpus faria com que o condenado fosse descondenado – aliás, descondenar alguém já não é novidade aqui no país. Mas isso seria feito pelo Congresso, não seria nenhuma agressão às decisões ou às condenações do Supremo; por isso, aparentemente, não deveria haver polêmica alguma.