COMENTÁRIO DO LEITOR

CABRA BRUTO

Ccmentário sobre a postagem VAI SER LAVADO NO PRIMEIRO TURNO

Fátima Cunha:

Eu nunca vi um presidente tão humilde atencioso respeitoso, igual esse presidente.

Falando sério o cabra não leva desaforo pra casa não!

Bruto todo!

KkKkkkkkk

Vou votar de novo!

Nele 👍👍💛

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

DEU NO X

DEU NO JORNAL

NO OLHO DO FURICO DA PORCA

Joice Hasselmann criticou a demora da perícia no incêndio da Cinemateca e culpou o secretário de Cultura, Mario Frias.

Ele respondeu:

“Ainda estão ocupados tentando descobrir quem bateu na senhora”.

* * *

Foi grande a revolta no mundo suíno com esta resposta certeira que o  secretário Mario Frias deu a Porca Hasselmann.

Muita lama foi jogada no ventilador.

Aconteceram protestos em vários chiqueiros do país.

JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO

ESQUECERAM DE MIM!

Henrique – o mesmo “Riquinho”

Henrique, sem sobrenome, e apenas com o nome, era um menino – certamente jovem nos dias atuais, ou provavelmente adulto – que, enquanto outros iguais brincavam com a neve fazendo bonecos para festejar a chegada do período natalino, traquinavam em aeroportos e se preparavam para as viagens de férias à Disneylândia, soprava o braseiro dentro da lata para aquecer o amendoim que venderia nas estações ferroviárias e dentro do trem. Além de Henrique, era apenas “Riquinho”. Só isso.

Morador daqui, mas que poderia ser dali ou dacolá. Morava onde chegava, e dormia onde adormecia. Seu despertador era o sacolejar no trilho quando o trem passava sobre uma das muitas emendas. Seu “breakfest” tinha dois ovos de nada, bacon de sonho, iogurte de leite de cobra e pão de trigo amazonense. Café em xícara de porcelana feito na água do rio Ganges. Creme dental marca “Nenhum” e banho de chuva na banheira da vida. Assim vivia (?!) Riquinho.

Um dia, quando o trem permaneceu na gare central por tempo maior que o programado, Riquinho sequer se deu conta que estava perdendo tempo e provavelmente não encontraria mais amendoim para torrar e vender. Com grande atraso, o trem deu a partida em direção ao subúrbio, cujo final de linha ficava apenas na imaginação. Mas não seria novidade se a viagem terminasse na próxima estação. Ninguém, nem mesmo Riquinho, tinha certeza de nada. Ainda assim, o trem partiu.

Na porta entreaberta, a lata amassada e com pouco carvão recebia a ajuda do vento e as brasas se tornavam incandescentes aquecendo o amendoim já torrado. O ganha-pão de Riquinho. De repente, entre a oitava e a nona estação, o trem parou. Tudo ficou escuro dentro do trem.

A tempestade, que chegou também inesperadamente, levou consigo a corrente elétrica e o trem parou de circular. Como acontece quase sempre, ninguém sabe de nada. Apenas alguns tentaram adivinhar que, pela quantidade de chuva, a corrente elétrica tão cedo não voltaria. Muitos se arriscavam saltando do trem, na linha. A chuva torrencial molhava até a sombra do pensamento.

Riquinho, imitando os demais, também saltava do trem, na linha. Caminhou até a plataforma da próxima estação. Subiu na plataforma e percebeu que o braseiro fora apagado pela chuva e que o papel que enrolava o amendoim transformou-se em nada. O amendoim sumiu e, com ele, a única esperança dos primeiros caraminguás para comprar a satisfação para o estômago roncador.

“Criança é esse ser infeliz que os pais põem para dormir quando ainda está cheio de animação e arrancam da cama quando ainda está estremunhado de sono.” – Millôr Fernandes)

Fora da estação, o volume da água caída da chuva formava uma verdadeira tromba d´água. Difícil para a travessia de qualquer adulto, e visivelmente impossível para uma criança. A lata com carvão molhado ficara para trás. Era um atrapalho a menos. Riquinho foi obrigado a esperar a forte correnteza baixar. Quando a água lhe batia na canela, atravessou e, caminhando sempre muito rápido – mais por medo! – atingiu as proximidades do barraco onde morava com a mãe e com um homem que não sabia se era seu pai.

Só havia cena de destruição. As fortes chuvas e os deslizamentos de barreiras destruíram o barraco que muitos ainda chamavam de casa. Sirenes tocando, luzes vermelhas acesas, muita gente, muito barulho. Diziam ser as ações da Defesa Civil e dos Bombeiros. Um estrago só. Entre os corpos esmaecidos e sem vida, a mulher que Riquinho conhecia como mãe e o corpo magro e cadavérico do homem que ele tinha dúvidas se era seu pai.

“Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.” – William Shakespeare)

A chuva torrencial e destruidora fez com que os pais esquecessem de Riquinho. Foram embora para o andar superior, levados pela correnteza até o inevitável soterramento. Não levaram Riquinho. Preferiram esquecê-lo. A passagem por entre arames farpados destruiu o que restara da roupa do corpo de Riquinho.

Agora, sem a lata de esquentar o amendoim, sem carvão, sem o amendoim, sem a mãe, sem o provável pai, sem a casa e agora sem roupa, Riquinho caminhava por qualquer lugar. Ele está aqui, mas pode estar aí ou ali. Mas pode estar em qualquer outro lugar.
Alguém lembra de Riquinho?

Por quê?

Quantos Riquinhos você conhece?

Já se dispôs a ajudar algum de alguma forma?

E se um desses Riquinhos fosse você?

VERBO SER – Carlos Drummond de Andrade

Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor.
Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três.
E sou?
Tenho de mudar quando crescer?
Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser?
Dói?
É bom?
É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a?
Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

LUCIO M. S. – MANAUS-AM

Caro Berto,

Veja só a incoerência desses Senadores que compõe a CPI do circo.

Eduardo Braga em plena campainha eleitoral e sem máscara prometendo mundos e fundos.

Quantas vezes esse verme asqueroso já criticou o nosso Presidente Bolsonaro pela não utilização de máscara?

E quando está na Comissão não a retira em nenhum momento.

Haja cinismo.

Clique aqui para ler a matéria completa.

DEU NO X

DEU NO X

JOSÉ DOMINGOS BRITO - MEMORIAL

AS BRASILEIRAS: Lygia Clark

Lygia Pimentel Lins nasceu em 23/10/1920, em Belo Horizonte, MG. Pintora e escultora reconhecida como uma das mais destacadas artistas brasileiras do século 20, Foi uma das fundadoras do Movimento Neoconcretista, em 1959, e gostava de autointitular-se uma “não artista”, ou melhor ainda, uma “propositora”. Tinha como proposta a “desmistificação da arte e do artista e a desalienação do espectador”, cuja apreciação consistia num compartilhamento na criação da obra de arte.

Filha de uma família de juristas, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1947 e iniciou estudos na área artística sob a supervisão de Burle Marx. Em seguida mudou-se para Paris, onde viveu por 3 anos (1950-1952) e teve cursos mantidos por importantes artistas: Fernand Léger, Arpad Szènes e Isaac Dobrinsky. Trabalhou com desenhos e teve suas primeiras pinturas a óleo. Realizou sua primeira exposição individual no Institut Endoplastique em 1952. No mesmo ano retornou ao Rio e expôs suas obras no MEC-Ministério da Educação e Cultura. Logo, passou a integrar o “Grupo Frente”, composto por Ivan Serpa, Aluísio Carvão, Abraham Palatik, Lygia Pape e Hélio Oiticica. Reuniam-se no MAM e na casa do crítico Mario Pedrosa, constituindo-se no marco histórico do movimento construtivo no Brasil.

Em 1954 participou da Bienal de Veneza, com a série “Composições”, onde incorporou a moldura como elemento plástico em suas obras. A partir daí passou a trabalhar com instalações e “body art”, uma manifestação da artes plásticas, onde o corpo do próprio artista pode ser utilizado como suporte ou meio de expressão. Em 1959, participou da I Exposição de Arte Neoconcreta, integrada por Ferreira Gullar, Amílcar de Castro, Franz Weissmann, Lygia Pape, Reynaldo Jardim e Theon Spanudis. Sua proposta era que a pintura não se sustentava mais em seu suporte tradicional. Nas “Unidades 1959”, moldura e “espaço pictórico” se confundem, um invadindo o outro quando pinta a moldura da cor da tela. É o que ela chama de “linha orgânica”.

Em 1960 lecionou artes plásticas no Instituto Nacional dos Surdos (RJ) e criou a série “Bichos”, construções metálicas geométricas que se articulam por meio de dobradiças e requerem a coparticipação do espectador. “Caminhando” (1964) é a obra que marca essa transição, onde o próprio participante realiza a obra de arte. Tal participação passa a ser constante em suas obras, levando-a a dedicar-se à exploração sensorial e a participar do Simpósio de Arte Sensorial, em Los Angeles em 1969. No ano anterior foi convidada pela Bienal de Veneza a expor, em sala especial, toda a sua trajetória artística. Em seguida, decidiu mudar-se para Paris, onde viveu de 1970 a 1976. A partir daí sua arte tomou novo rumo, concentrando-se no desenvolvimento de experiências sensóriais e seu uso terapêutico. Acreditava que arte e terapia andavam juntas. Assim, achava que “objetos manuseáveis que criava ou recolhia da natureza, como balões de ar, sacos de terra e água e até pedras, poderiam ter o dom de curar os males da alma”.

Enquanto viveu em Paris, teve sessões de análise com o conhecido psicanalista Pierre Fédida e lecionou na Faculté d’Arts Plastiques St. Charles, na Sorbonne, de 1970 a 1975. Voltou ao Rio de Janeiro, em 1976 e intensificou o estudo das possibilidades terapêuticas da arte sensorial, trabalhando com objetos relacionais. Assumiu de vez este enfoque em suas obras e pouco depois estava proferindo palestra – “O método terapêutico de Lygia Clark” – no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1982). Dessa época em diante passou a diminuir o ritmo de suas atividades e publicou os livros Rio meu doce rio e Livro-obra (1983), uma obra aberta contendo estruturas manipuláveis, contando a trajetória de sua obra desde as primeiras criações até o final de sua fase neoconcreta.

A partir da década 1980 sua obra ganha reconhecimento internacional com retrospectivas em vários países e em mostras antológicas. Uma grande retrospectiva, com sala especial dedicada a ela e Hélio Oiticica, foi realizada em 1986, por ocasião do IX Salão de Artes Plásticas, no Paço Imperial do Rio de Janeiro. Esta foi sua última exposição em vida. Foi vitimada por um ataque cardíaco em 25/4/1988. Sua obra foi umas das mais valorizadas no mundo das artes. Em maio de 2013, a obra “Contra Relevo” foi arrematada num leilão em Nova Iorque por US$ 2,2 milhões, tornando-se a obra mais valiosa de um artista brasileiro. Em agosto do mesmo ano, a obra “Superfície Modulante” alcançou a cifra de R$ 5,3 milhões, num leilão promovido pela Bolsa de Arte de São Paulo.

Em 2014, o MoMA-Museum of Modern Art, de Nova Iorque, apresentou uma grande retrospectiva com 300 obras reunidas a partir de coleções públicas e privadas, englobando 4 décadas de sua carreira artística. Hoje ela conta com obras expostas em 18 museus do mundo. Ao longo da carreira realizou 136 exposições coletivas e 20 individuais no Brasil e no exterior. Seu legado artístico ficou registrado no livro Lygia Clark: obra-trajeto, de Maria Alice Milliet, publicado pela Edusp, em 1992. Outros livros explorando sua arte: O espaço de Lygia Clark (1994), de Ricardo Nascimento Fabbrini; Relâmpagos com furor: Lygia Clark e Hélio Oiticia, vida como arte (2004) de Beatriz Scigliano Carneiro e Lygia Clark: linhas vivas (2013), de Renata Sant’Anna e Valquíria Prates e Lygia Clark: the abandonment of art, 1948-1988, numa bela edição ilustrada contendo toda sua obra.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

BOAVENTURA BONFIM – FORTALEZA-CE

Caro Berto,

Lula gravou um vídeo no qual declara seriamente que vai continuar brigando para reconstruir a democracia no Brasil.

Diante dessa surrada cantilena do Lula, pergunto:

Papa Berto, do alto de sua elevada capacidade intelectiva e de sua vetusta experiência de vida, você acredita que o matreiro Lula fala alguma verdade durante a entrevista dada a uma jornalista e um jornalista alemães?

Abraços,

R. Meu caro, fiquei ancho que só a peste com a expressão “capacidade intelectiva” que você usou pra se referir a este modesto editor.

Chega arreganhei os dentes!!!

Mas vou deixar a tarefa de fazer as avaliações pros nossos sábios e certeiros leitores.

Eles irão se manifestar aí na área de comentários sobre as cagadas orais do ex-prisioneiro linguarudo.

Para acessar o vídeo que você nos mandou, basta clicar aqui.