XICO COM X, BIZERRA COM I

MOTORES, PEN DRIVE e AMOR

Lá vem o vendedor da loja de carros coreanos me apresentando o novo automóvel: motor turbo, ignição eletrônica digital mapeada, injeção Multi Point Fuel Injection, cabeçotes de alumínio, sensores diversos e outras tecnologias desnecessárias, além de um inteligente computador de bordo. Explicou tudo, menos sobre a minha musiquinha: como fazer para ouvi-la, se não existia no interior daquele bólido de última geração um leitor de CD? Em seu lugar, um buraco pequenino no qual cabe apenas um pen-drive.

Não sabia ele que eu gosto do CD físico, aquele que tem capa, que tem encarte com as letras e fotos, que tem os nomes de quem fez e de quem tocou as músicas. Um NÃO sonoro tenho que gritar a essas indústrias que relegam a um segundo plano os protagonistas da arte, por se submeterem, servilmente, às macabras leis do mercado. Me deu até saudades do meu velho Fuscão 73 (EE-4080) com seu atualíssimo Toca-Fitas Roadstar, último modelo, com auto-reverse, sonho de consumo dos jovens da época, adquirido numa viagem à Zona Franca de Manaus. Corria o ano de 75 e meu saudoso carrinho ficou submerso na Encruzilhada, na cheia que ocorreu naquele ano. Mas o primeiro amor com 4 rodas a gente nunca esquece.

Saí da loja meio deprimido e fui curar minha amargura na PASSA DISCO comprando o mais novo CD de Francisco César Gonçalves, também conhecido por Chico César, meu parceiro e xará. Dúvidas não havia, mas ao ouvir esse disco ficou mais que consolidada a ideia de que “o amor é, e sempre será, um ato revolucionário”. O conteúdo é lindo. O encarte, letras e fotos, também. Coisas que nenhum pen drive me permite usufruir.

* * *

Todos os Livros e a maioria dos Discos de autoria de XICO BIZERRA estão à disposição para compra através do email xicobizerra@gmail.com. Quem preferir, grande parte dos CDs está disponível nas plataformas digitais. 

PENINHA - DICA MUSICAL

DEU NO X

DEU NO X

NA AVENIDA PAULISTA

DEU NO X

DEU NO X

JESUS DE RITINHA DE MIÚDO

A POESIA DE CHICO POTENGY

Eu recebi no final de sexta-feira, vinda do poeta Chico Potengy, a poesia de sete versos copiada ipsis litteris abaixo:

Aquela casa pequena
Bem no “beiço” da estrada
Foi se embora o morador
Que a deixou desocupada
E ao contrário do que era
Hoje é só uma tapera
Pra muitos, “malassombrada”.

Versos de Chico Potengy
Barcelona /RN.
Em 4 de abril de 2025

Motivado pelos belos versos do poeta Chico Potengi, eu lhe respondi assim, no mesmo estilo, em duas septilhas:

Daquela velha casinha
Já caiu a cumeeira
As telhas foram ao chão
Estão virando poeira
Que o vento leva embora
Quem passa, lhe vendo chora,
Sem cruzar sua soleira.

Nos portais não tem madeira
As paredes se curvaram
Perante o peso dos anos
Sol e chuva lhes racharam
Só resta o eco das falas
Do passado, em suas salas,
Nas lembranças que ficaram.

Foto copiada da Internet após pesquisa no Google

DEU NO X

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO