SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

A PALAVRA DO EDITOR

AVUANDO PELOS ARES ALENCARINOS

Ontem eu estava cumprindo a minha cívica obrigação de vagabundo, coçando a bolsa escrotal e espiando o mundo a partir do terraço aqui de casa.

Depois fui futucar o celular e tive uma grata surpresa.

Dois vídeos que me foram enviados, via zap, pelo meu estimado amigo Neto Feitosa.

Dois vídeos que ele tinha gravado ontem mesmo, na Biblioteca Estadual do Ceará.

Neto é um ativo participante do nosso grupo do Cabaré lá no zap e também frequentador assíduo das reuniões da sexta-feira à noite.

Aliás, quem ainda não entrou no grupo do Cabaré, comandado pelo colunista fubânico Maurício Assuero, não sabe o que está perdendo.

É muito furdunço!!!

Pois só pra me amostrar, vou reproduzir a seguir os vídeos que recebi do meu amigo e que alegraram o meu dia.

Vejam só:

 


DEU NO X

RODRIGO CONSTANTINO

LIBERDADE CRISTÃ

Estamos em época de Semana Santa, então creio que seja adequada uma reflexão sobre a importância da fé cristã para a liberdade. O historiador Rodney Stark, em A Vitória da Razão, resume bem: “O sucesso do Ocidente, incluindo a ascensão da ciência, repousa inteiramente sobre fundações religiosas, e as pessoas que o tornaram possível eram cristãs devotas”. Tocqueville estaria de acordo. Muitos revisionistas, porém, tentam separar o legado ocidental de sua raiz cristã, num esforço ideológico que distorce a realidade.

O próprio conceito de liberdade, nesse ambiente dominado pelo iluminismo, tem sido subvertido por uma ideia de libertinagem, que aproxima os seres humanos de animais irracionais. É como se “dar vazão” aos impulsos mais primitivos fosse o ápice da liberdade, o que não faz qualquer sentido. O homem livre, no sentido cristão, é livre dentro de um contexto divino, em relação com o próximo, e não uma ilha separada do restante.

Quem defendeu muito bem esse sentido da liberdade foi o papa João Paulo II, que, ao lado de Ronald Reagan e Margareth Thatcher, formou o trio heroico no combate ao comunismo soviético, a “essência do mal” materialista. O papa e Reagan sofreram atentados que quase os mataram numa distância de apenas seis semanas, e esses eventos marcaram muito suas vidas, assim como a crença inabalável de que sobreviveram por um “plano divino” para agir contra esse mal. E assim o fizeram.

Para ambos, liberdade não era “ser deixado em paz” apenas, mas sim uma liberdade atrelada ao sentimento de fé. A dignidade humana vinha dessa noção de vida sagrada feita à imagem de Deus, e o comunismo ateu era o seu oposto. Tanto o papa católico como o presidente protestante se enxergaram, com humildade, como parte de um desígnio divino, como instrumentos de uma causa maior e mais nobre. Essa crença fez toda a diferença em suas atitudes corajosas para enfrentar o inimigo totalitário.

Ambos foram atores antes de assumir as novas posições. E as ações do ator carregam significado. Karol Wojtyła e Ronald Reagan entenderam isso. Ao se posicionar contra o comunismo, eles repetidamente transmitiram uma verdade interna com uma ação externa. Ambos eram contra o individualismo radical e o coletivismo. A liberdade, para eles, não é apenas o que eu quero fazer. A liberdade é uma questão de fazer a coisa certa e fazer isso como uma questão de hábito. Essa seria uma liberdade genuinamente humana.

A liberdade não deve ser tratada como o fim supremo; o fim mais elevado, ou virtude, é como se age com o dom dessa liberdade. Uma liberdade com propósito elevado, eis o segredo. “A única liberdade verdadeira, a única liberdade que pode realmente satisfazer, é a liberdade de fazer o que devemos como seres humanos criados por Deus de acordo com seu plano”, disse o papa. Reagan estaria de acordo. Aprendizado, fé e liberdade: cada um reforça os outros, cada um torna os outros possíveis. Pois o que eles são um sem o outro?

DEU NO X

DEU NO JORNAL

PODES CRER: FOI ISSO MESMO

O povo é sempre colocado de escanteio. Essa turma da oposição não tem o mínimo de escrúpulo.

Um claro exemplo é o que acaba de fazer o deputado Marcelo Ramos, que por sinal é candidato à reeleição.

O parlamentar, atual vice-presidente da Câmara, apresentou uma representação, junto à Procuradoria-Geral da República, contra Jair Bolsonaro, em razão do decreto que reduz as alíquotas de produtos industrializados relacionados na Tabela de Incidência do Imposto de Produtos Industrializados (TIPI).

O governo justificou plenamente a medida, alegando que a economia precisa ser estimulada, vez que foi bastante afetada com a pandemia.

O deputado, por sua vez, atentando diretamente contra a sociedade, usa o esdrúxulo argumento de que a medida poderá interferir na eleição presidencial, no que diz respeito ao risco de impacto indevido na isonomia entre os futuros candidatos.

Inaceitável que em razão do pleito eleitoral o povo seja prejudicado.

* * *

Num vou falar nada.

Preciso manter minha paciência e minha calma neste início de semana.

Mandar um cabra sabado tomar no olho do furico abalaria o meu bom astral.

Deixo a cargo dos leitores o serviço.

Informo que Sua Bostolência é do Amazonas.

DEU NO X

E SE FOSSE COM UM URUBU TOGADO?

DEU NO X

XICO COM X, BIZERRA COM I

RESTOS DA FESTA

Tinha um resto de festa nos jardins do condomínio. Uma sobra de música ainda soava nos meus insones ouvidos. Lagartixas corriam para todos os lados comendo os farelos que sobraram e rãs, alegres e saltitantes, brincavam no friozinho de Gravatá, na grama orvalhada da madrugada do sábado. A noite que se foi deve ter sido muito alegre para aqueles que participaram da festa. O que comemoravam? O aniversário de alguém ou o anúncio do noivado da mocinha da casa 23, que alguns já davam como improvável depois de 9 anos de namoro? Só sei que pedaços de bolo e copos plásticos sujos de bebida se misturavam às plantas denunciando a festa que houve. Que bom que tenha havido algo a comemorar em tempos tão escassos de festejos e tão repletos de males, sanitários e políticos. Ao aniversariante, se é isso que se comemorava, só posso desejar muitos anos de vida pela frente. Ao casal de recém-noivos, se esta tiver sido a motivação da festa, que o casório não demore tanto tempo quanto o namoro demorou daqui até o casamento. A mim, desejo apenas que novamente não me convidem para a próxima festa e que, desta vez, os restos da festa sejam recolhidos antes que a madrugada seguinte chegue. Para minha alegria e tristeza das lagartixas. Quanto às rãs, elas continuarão alegres e saltitantes independente de ter havido aniversários ou noivados nos jardins repletos de orvalho. Um sapo bonachão repousa e cochila à borda da piscina, indiferente a tudo que ocorrera na noite anterior.

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DEU NO X