DEU NO X

DEU NO JORNAL

CHORO DE RANGER OS DENTES

Foi realizada uma série de nove encontros da cúpula do Congresso com grandes empresários, representantes de bancos e do mercado financeiro.

Isto resultou num movimento político pela intervenção nos rumos do governo de Jair Bolsonaro.

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Dois anos e três meses sem uma única notícia de ladroagem, favorecimento ou corrupção no governo federal é mesmo pra deixar essa turma em polvorosa.

Empresários, banqueiros, políticos corruptos, canalhas e gatunos de grosso calibre estão em desespero.

O fubânico lulista Atazanador Incansável já declarou aqui no JBF que “Estamos trabalhando para eleger Lula presidente do Brasil/2022”.

As saudades da ladroagem petralha estão provocando fortes dores nos peitos dos militantes da seita do ex-presidiário.

Chega faz pena…

“Buá, buá, buá, xiuf, xiuf, xiuf, snif, snif, snif”

DEU NO JORNAL

PRA ESTRAGAR O DOMINGO DELES

Ao completar 70 dias de campanha de vacinação contra a covid, o Brasil deve bater neste domingo a marca de 20 milhões de doses aplicadas, cerca de 10% mais que o Reino Unido conseguiu em igual período.

O mesmo se aplica a Alemanha, França e Itália, que, somados, têm 210 milhões de habitantes, população semelhante à brasileira, e aplicaram 18,7 milhões de doses nos primeiros 70 dias de imunização contra covid.

O Brasil acelerou o ritmo da vacinação e se aproxima de mil doses aplicadas em um dia.

A média diária já passa de 565 mil vacinas.

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Esta nota foi publicada na página do jornalista Cláudio Humberto.

Isto é o tipo de notícia que não sai na grande mídia oposicionista nem com a porra!!!

Tô postando só pra estragar o domingo da canalha terrorista que aplaude a imprensa funerária e fica babando com os absurdos publicados no Globo e na Folha.

E também pra alegrar o nosso dia, nós cidadãos do bem, racionais e patriotas.

Pra fechar a postagem, aí vai o Xote da Corrupção, uma paródia bem humorada do Xote Ecológico, de Luiz Gonzaga.

DEU NO X

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JOSÉ RAMOS - ENXUGANDOGELO

A POESIA DO FAZER

Neruda, Camões, Gonçalves Dias, Cora Coralina, Drummond, Patativa do Assaré, Thiago de Mello, Dalinha Catunda, J. G. de Araújo Jorge, Marcos Mairton, Florbela Spanca e tantos outros que formam os campos coloridos da poesia que nos acaricia a alma, purificando nosso âmago e nos colocando na retidão do caminho para o bom e o bem da vida. Suas poesias, independentemente do veio ou das glosas que semeiem, são, verdadeiramente, os sustentáculos das nossas almas.

Mas, o fazer poético em versos são, além de tudo, linhas paralelas que um dia se encontrarão e cruzarão na impossibilidade imaginária, com o fazer das mãos, que transformam o barro em verdadeiros poemas artesanais para o resto da vida e o alcançar dos olhos.

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Patativa do Assaré

“Se a terra foi Deus quem fez,
Se é obra da criação,
Deve cada camponês
Ter uma faixa de chão.”

Patativa do Assaré

Nascido, criado e vivido em Assaré, alto sertão do Ceará, a 5 de março de 1909, Antônio Gonçalves da Silva começou a cantar tal qual o pássaro, e virou “Patativa”. Voou em nuvens azuis e brancas, próprias do “céu de Brigadeiro”, para dizer ao mundo que o sertão não brilha e vira notícia apenas pelo sofrer. Tem brilho e encantamento, também, no fazer. E danou-se a fazer poesia. Poesia diferente da maioria dos salões de luxo. Poesia de gente. Poesia real, tanto quanto o sangue que corre célere pelas artérias dos humanos.

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Fazer escultural do Mestre Vitalino

Ora, juntar letras no fazer das palavras e dá-lhes sentido e vida poética, não é magia nem feitiçaria. É arte e manifestação divina que Deus, o Onipotente, escreve com nossas mãos para o alento contínuo das vidas.

E, assim pensando, o que dizer com o fazer tirado do barro, da mesma matéria que faz os humanos, e dar-lhes a forma imaginária do viver que o fazer transforma?

Pois, assim fez algum dia, Mestre Vitalino, que produziu com o barro as imagens feitas e guardadas na retina.

“Vitalino Pereira dos Santos, conhecido como Mestre Vitalino, nasceu em Caruaru, Pernambuco, a 10 de julho de 1909, e faleceu na mesma Caruaru, a 20 de janeiro de 1963. Foi um importante artesão, ceramista popular e músico, sendo considerado um dos maiores artistas da História da arte do barro no Brasil.

Era filho de um lavrador e de uma artesã que fazia panelas de barro para vender na feira. Ainda criança, começou a modelar pequenos animais de seu repertório rural, como bois e cavalos, com as sobras do barro usado por sua mãe na produção de utensílios domésticos para serem vendidos na feira de Caruaru. Os primeiros bonecos que criava eram seus brinquedos, e o barro que mais tarde serviria de matéria prima para a sua arte, era retirado das margens do rio Ipojuca, local onde Vitalino brincava durante sua infância.

Nos anos 1920, Mestre Vitalino cria a banda Zabumba Vitalino, da qual é o tocador de pífano principal. Na década de 1930, possivelmente influenciado pelos conflitos armados do período, modela seus primeiros grupos. As cenas que remetem à ordem e ao crime no sertão brasileiro são recorrentes em sua produção. (Informações compiladas do Wikipédia)

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Dalinha Catunda

“Quero viver utopias
Tenho tanto amor pra dar
No calor da minha rede
Inda quero me embalar
Mesmo no outono da vida
Ai, ai, ui, ui,
Vejo meu sonho brotar.”

Dalinha Catunda

A cearense Maria de Lourdes Aragão Catunda, mais conhecida como Dalinha Catunda, filha de Espedito Catunda de Pinho e Maria Neuza Catunda, é uma cordelista, declamadora e contadora de histórias. Traz no sangue o dom artístico, pois a mãe era poetisa e a tia contadora de histórias. Natural de Ipueiras (CE), nasceu no dia 28 de outubro de 1952 e radicou-se, ainda jovem, no Rio de Janeiro.

Desde cedo aprendeu a transformar sentimentos em versos e prosas, e ao produzir trabalhos de reconhecido valor literário cultural, Dalinha Catunda conquistou espaço hegemonicamente masculino da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), ocupando a cadeira 25 cujo patrono é Juvenal Galeno.

No balançar da rede, tacando o pé na parede para dar impulso ao descanso, Dalinha dá luz aos versos numa gestação profícua e bela.

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Cerâmica poeticamente produzida na Ilha de Marajó

A arte marajoara é um tipo de cerâmica fruto do trabalho das tribos indígenas que habitavam a ilha brasileira de Marajó (próximo a Belém, no estado do Pará), na foz do rio Amazonas, durante o período pré-colonial de 400 a 1400 d.C. O período de produção desta cerâmica tão sofisticada esteticamente é chamado de “fase marajoara”, uma vez que existem sucessivas fases de ocupações na região, cada uma delas com uma cerâmica característica.

A fase marajoara é a quarta fase de ocupação da ilha. Sucessivamente as fases de ocupação são: Fase Ananatuba (a mais antiga), a Fase Mangueiras, a Fase Formigas, a Fase Marajoara e a Fase Aruã. Destas cinco fases, a Fase Marajoara é a que apresenta a cerâmica mais elaborada, sendo reconhecida por sua sofisticação.

A cerâmica marajoara foi descoberta em 1871 quando dois pesquisadores visitavam a Ilha de Marajó, Charles Frederick Hartt e Domingos Soares Ferreira Penna. Hartt impressionou-se tanto com o que viu que publicou um artigo em uma revista científica, revelando ao mundo a então desconhecida cultura marajoara.

Os marajoaras ou cultura do Marajó foram uma sociedade que floresceu na Ilha de Marajó ou Rio Amazonas na Era pré-colombiana. Em uma pesquisa, o arqueólogo Charles Mann sugere datas entre 400 e 1600 para a cultura. Contudo, atividade humana desde 1000 a.C. já tinha sido reportada nesses locais. A cultura parece ter persistido na era colonial. A cultura pré-colombiana do Marajó pode ter desenvolvido estratificação social e comportado uma população de 100 000 pessoas. Pesquisas posteriores encontraram origem natural para grande parte das estruturas, contestando exigência demográfica e de complexidade de relações de trabalho. (Informações compiladas do Wikipédia)

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Thiago de Mello

“Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.”

Thiago de Mello

Amadeu Thiago de Mello, nasceu em Barreirinha, a 31 de março de 1926. É um poeta e tradutor brasileiro. É um dos poetas mais influentes e respeitados no país, reconhecido como um ícone da literatura regional. Tem obras traduzidas para mais de trinta idiomas. Preso durante a ditadura (1964-1985), exilou-se no Chile, encontrando em Pablo Neruda um amigo e colaborador.

No exílio, morou na Argentina, Chile, Portugal, França, Alemanha. Com o fim do regime militar, voltou à sua cidade natal, Barreirinha, onde vive até hoje.

Seu poema mais conhecido é Os Estatutos do Homem, onde o poeta chama a atenção do leitor para os valores simples da natureza humana. A sua poesia escrita foi Poesia Comprometida com a Minha e a Tua Vida que rendeu-lhe, em 1975, ainda durante o regime militar, um prêmio concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Arte e tornou-o conhecido internacionalmente como um intelectual engajado na luta pelos Direitos Humanos.

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JOSÉ DOMINGOS BRITO - MEMORIAL

OS BRASILEIROS: Érico Veríssimo

Èrico Lopes Veríssimo nasceu em Cruz Alta, RS, em 17/12/1905. Um dos mais populares romancista brasileiro, que imprimiu uma identidade própria ao “gaúcho” e projetou o Rio Grande do Sul na cultura brasileira com seus tipos humanos e características regionais, cuja obra foi amplamente adaptada para o cinema e TV. Foi também um dos escritores brasileiros mais traduzidos no Mundo, destacando o País no plano internacional.

Nascido numa família afortunada e tradicional, que passou por uma falência financeira, filho do farmacêutico Sebastião Veríssimo da Fonseca e Abegahy Lopes. Realizou os primeiros estudos no Colégio Venâncio Aires e aos 10 anos criou uma revista “Caricatura”, com desenhos e pequenos textos. Aos 13 já lia alguns autores nacionais e estrangeiros e frequentava assiduamente o cinema da cidade. Aos 15 passou a estudar num internato de orientação protestante de Porto Alegre, onde se destacava como bom aluno.

Em 1922 seus pais se separaram e, junto com a mãe e irmãos, foi morar com os avós maternos. Novas dificuldades financeiras fazem a família retornar à Cruz Alta, em 1926, onde tentou seguir a profissão de farmacêutico. Junto com um amigo de seu pai, ficou sócio da Farmácia Central e amargou mais uma falência em 1930. Passou a trabalhar como professor de literatura e língua inglesa. No ano anterior publicou seu primeiro texto – Chico: um conto de Natal – na “Cruz Alta em Revista”, seguido de mais dois na “Revista do Globo” e no jornal “Correio da Manhã”. Com a falência, decidiu retornar à Porto Alegre e viver de seus escritos. Foi contratado como secretário de redação da “Revista do Globo” e passou a conviver com os escritores Mario Quintana e Augusto Meyer entre outros.

No ano seguinte voltou à Cruz Alta para se casar com Mafalda e foram morar em Porto Alegre, onde finalmente adquiriu uma estabilidade financeira. Vieram os filhos Clarissa (1935) e Luis Fernando (1936) e mais tarde declarou que sem o bom-senso e a paciência da esposa não seria escritor. Por essa época, passou a traduzir livros ingleses para ajudar no orçamento doméstico. O primeiro foi O sineiro (The ringer), de Edgar Wallace. Passou, também, a colaborar aos domingos nos jornais “Diário de Notícias” e ”Correio do Povo”. Em 1932 foi promovido a diretor da “Revista do Globo”, onde indicava livros para tradução e publicação. No mesmo ano estreia com uma coleção de contos – Fantoches -, não bem recebida pelo mercado livreiro.

Algum sucesso veio ocorrer no ano seguinte com a tradução do livro Contraponto (Point conter point), de Aldous Huxley e a publicação do primeiro romance: Clarissa. O segundo romance – Caminhos cruzados -, em 1935, foi considerado subversivo pelo DOPS-Departamento de Ordem Pública e Social e renegado pela Igreja Católica, causando-lhe um interrogatório. A partir daí deslanchou a carreira de escritor com mais dois romances em 1936, uma continuação de Clarissa: Música ao longe, que lhe rendeu o Prêmio Machado de Assis, e Um lugar ao sol. Nesta época trabalhou na Rádio Farroupilha, narrando histórias infantis no programa “Os três porquinhos” e escreveu diversos livros infanto-juvenis. A consagração nacional e internacional veio em 1938 com o livro Olhai os lírios do campo, traduzido em diversos países. Só a partir daí é que “pude fazer profissão da literatura”, afirmou.

Em seguida assumiu o cargo de conselheiro da Editora Globo e intensificou o trabalho de seleção de livros estrangeiros para tradução e publicação, incluindo autores badalados na época: Thomas Mann, Virginia Wolff, Balzac etc. e criando coleções de livros como “Nobel” e “Biblioteca dos Séculos” de grande sucesso editorial. Em 1941 morou por 3 meses nos EUA, a convite do governo como parte da “política da boa vizinhança”, mantida pelo Governo Rooselvelt. De volta ao Brasil, publicou O resto é silêncio, a história do suicídio de um mulher que ele viu se atirar de um prédio 2 anos antes. Em 1943 foi convidado pelo Departamento de Estado dos EUA para ministrar aulas de literatura brasileira, por 2 anos, na Universidade da Califórnia. O convite foi aceito de imediato, devido aos atritos que vinham ocorrendo com a ditadura de Getúlio Vargas. As viagens aos EUA lhe renderam mais 2 livros: Gato preto em campo de neve (1941) e A volta do gato preto (1947).

A partir de 1947 iniciou uma trilogia – O tempo e o vento -, que veio a se tornar sua obra-prima. A ideia inicial era contar 200 anos de história do Rio Grande do Sul (1745-1945) num único volume. O projeto resultou em 3 volumes com mais de 2 mil páginas. O 1º – O continente – saiu em 1949 e representa um marco em sua carreira. Aí encontram-se seus personagens mais conhecidos: Ana Terra e o capitão Rodrigo Cambará. Em 1950 iniciou o 2º – O retrato -, publicado no ano seguinte e segundo ele mesmo inferior ao 1º. Em 1952 tentou escrever o 3º volume, mas foi interrompido por outros livros. Publicou Noite em 1954 e foi agraciado com o prêmio Machado de Assis, da ABL-Academia Brasileira de Letras. No período 1953-56 foi diretor do Departamento de Assuntos Culturais da OEA-Organização dos Estados Americanos, voltando a residir nos EUA.

Por esta época tentou escrever a última parte da trilogia, mas não conseguiu. De volta ao Brasil em 1957 deu-se nova tentativa de concluir O arquipélago, titulo do 3° volume. Outra tentativa infrutífera se deu em 1958. Neste ano sentiu um incômodo no coração. 3 anos depois sofreu o primeiro infarto do miocárdio e após um repouso absoluto voltou a trabalhar n’O arquipélago, e entrega-o à editora em 1962. Segue publicando sucessos editoriais, como O senhor embaixador (1965), refletindo os problemas da América Latina, com o qual ganhou o Prêmio Jabuti; uma autobiografia – O escritor diante do espelho (1966) – e Incidente em Antares (1971). Foi sua contribuição ao movimento literário “Realismo fantástico”, vigente na época, relatando uma rebelião dos mortos diante de uma greve de coveiros na fictícia cidade de Antares. Aproveitou a alegoria para criticar a ditadura brasileira na época.

Em 1975 lançou o 1º volume de suas memórias – Solo de clarineta -, um plano de nova trilogia que ficou apenas em 2 volumes. Foi vitimado por um infarto fulminante em 28/11/1975. O lançamento completo das memórias só foi possível em 1976 com o 2º volume numa edição póstuma organizada por Flávio Loureiro Chaves. Seu falecimento provocou uma comoção nacional e seu amigo Carlos Drummond de Andrade escreveu o poema A falta de Érico Veríssimo: “Falta alguma coisa no Brasil…/Falta uma tristeza de menino bom…/Falta um boné, aquele jeito manso…/Falta um solo de clarineta”. Deixou um legado de 38 obras publicadas e a identidade definida do gaúcho brasileiro. Em 2002 foi criado, em Porto Alegre, o Centro Cultural Érico Veríssimo, contando com um Memorial e vasta documentação sobre o escritor.

Em meados da década de 1970, em plena ditadura brasileira, não era visto pelos críticos e intelectuais da época como um escritor “engajado”, como se dizia. Mas ele tinha uma explicação para esta visão: “O que dá a ideia de que não sou um escritor participante é a minha recusa em transformar romance em panfleto político”. Sua explicação pode ser melhor apreciada no livro organizado por Maria da Glória Bordni – A liberdade de escrever: entrevistas sobre literatura e política -, publicado pela Editora Globo, em 1999.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA