PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

SONETO DO DESMANTELO AZUL – Carlos Pena Filho

Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas.

Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.

Carlos Souto Pena Filho, Recife-PE, (1929-1960)

DEU NO X

A PALAVRA DO EDITOR

HOMENAGEM A SÃO BENEDITO

Na última quarta-feira, 24, aconteceu mais uma reunião semanal da patota fubânica.

Foi naquela zona escrota que o cafetão e administrador, o colunista Maurício Assuero, batizou de “Cabaré do Berto”.

Pois na última assembleia carabarelística, a conferencista foi a talentosa poetisa potiguar Aída Faria, autora de vários cordéis e uma figura humana fantástica.

Ela encantou toda a plateia e a participação dos presentes foi intensa.

Foi uma risadagem do começo ao fim!!!

Quem quiser rever, é só clicar aqui e acessar o vídeo editado pelo fubânico Neto Feitosa.

Pois durante a reunião, pra minha surpresa, Aída declamou um poema em cordel que ela fez inspirado no meu livro de crônicas “A Prisão de São Benedito e Outras Histórias”, já em sexta edição e publicado pela Editora Bagaço.

Este que está abaixo transcrito, numa montagem que me foi enviada por Maurício Assuero:

Gratíssimo pela excelente surpresa que você me proporcionou, minha cara Aída.

Saiba que é um privilégio contar com uma leitora do seu quilate.

Continue fazendo sucesso e apareça sempre no nosso cabará semanal.

Capas da terceira e da sexta edição de “A Prisão de São Benedito”

DEU NO X

DEU NO X

DEU NO X

ALEGRIA

* * *

Ver petista tomando no rabo me dá uma alegria enorme.

Ganhei o final de semana.

Excelente esta canetada do desembargador.

CARLOS EDUARDO SANTOS - CRÔNICAS CHEIAS DE GRAÇA

OS BRÔNQUIOS DA BALEIA

Brônquios de um peixe semelhante à baleia

Certa feira, na década de 70, fizemos uma visita a João Pessoa, onde fomos ver a suposta “pesca da baleia”, a pedido de amigos do Rio de Janeiro.

Era inverdade o que diziam algumas agências de turismo. Não deveriam promover a Paraíba daquela maneira, pois, o que se veria não era a pesca propriamente dita, mas a chegada dos animais abatidos e sua industrialização, o que se tornou para mim um espetáculo, tenebroso.

O que se chamava “caça às baleias” era a visão de uma atividade industrial desenvolvida no distrito de Costinha, proximidades de João Pessoa.

O auge da industrialização aconteceu quando a Copesbra – Cia. de Pesca Norte do Brasil, fábrica de capital japonês, estabeleceu uma base naquele distrito, em 1958, que na verdade era uma subsidiária da Nippon Reizo KK, onde só se via japonês trabalhando.

Segundo registros oficiais a Copesbra havia pescado 793 baleias até 1974. O óleo e a carne eram exportados para o Japão.

Depois de um giro na acolhedora capital da Paraíba, fomos à praia de Costinha, para ver a chegada das baleias capturadas. Esperamos até o começo da madrugada quando o primeiro dos dois navios chegou.

Lá já estavam vários grupos de turistas. Participei de um espetáculo que jamais desejei ver novamente. Os animais serviam como partícipes de um espetáculo de horrores.

Era madrugada quando um pequeno navio pesqueiro japonês aportou, trazendo penduradas pelos lados de fora da embarcação, quatro baleias. Começa o desembarque, iniciando-se em amplo pátio próximo ao cais, o drama. Homens e máquinas começam a processar a industrialização, cortando o animal em pedaços.

Eu e as outras pessoas que me acompanharam jamais havíamos visto de perto um daqueles animais, e por isso a grande curiosidade. Sabíamos que as baleias não eram animais agressivos e isto aumentou a angústia das pessoas que estavam comigo.

Um guindaste retira do navio a primeira baleia, que é jogada em cima de um grande tablado de piso metálico, onde a serra elétrica cortava a parte da cabeça, enquanto outros operários especializados – todos japoneses – vão conduzindo mangueiras d’água de grande potência, que afastavam o sangue.

Dentro de 30 minutos só havia pedaços, que eram colocados em caixotes de plásticos que depois seguiriam para o porto em caminhões frigoríficos, com destino aos mercados do exterior.

Saímos logo que vimos o primeiro sacrifício. Todos os turistas estavam tristes. Na rua, numa loja comercial, ao lado havia uma vasta quantidade de material que os visitantes compravam para servir como peças de enfeite.

Fascinado, comprei uma guelra de baleia, fim de decorar a parede de nossa sala.

O vendedor transformava as guelras que eram postas à venda, prendendo-as com um grampo, de forma que ela tomava um jeito arredondado e encantador.

Mantive o adorno em casa por algum tempo, mas depois me livrei dele, porque todas as vezes que o apreciava me lembrava do sofrimento das baleias.

A PALAVRA DO EDITOR

A DOUTORA BOTOU PRA LASCAR

Meu querido amigo João Veiga, um médico dedicado e apaixonado pelo seu ofício, já salvou inúmeras vidas aqui no sertão pernambucano com o tratamento preventivo que usa Hidroxicloroquina e Ivermectina, aquelas medicações que os terroristas zisquerdóides e a mídia funerária condenam, repudiam e rejeitam.

Condenam por motivos puramente político-ideológicos, assumindo uma posição abjeta, absurda, nojenta e em favor da morte.

Pois o Veiga me mandou ontem um mensagem pelo zap, encaminhando este vídeo que está no final da postagem.

O vídeo contém um contundente pronunciamento de sua colega Dra. Luciana Cruz, que vale a pena a gente ver com a atenção.

Um vídeo para gente começar bem o sábado, levantar o astral e, sobretudo, principalmente, fundamentalmente, deixar putos os tabacudos funerários, que vão babar ódio pelos cantos dos beiços com as palavras da doutora.

Vejam:

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

CÍCERO TAVARES – RECIFE-PE

Estimado editor Luiz Berto,

Recebi esse vídeo abaixo, via zap, da ex-líder comunitária do bairro aqui do Recife Chão de Estrelas,  Gilda Guimarães, vídeo esse lhe enviado pelo filho Fred Nunes, mostrando o coração comercial da França em plena efervescência comercial, ontem.

E assim tem sido todos os dias, com a economia francesa funcionando a todo vapor, segundo ele, que trabalha como bancário nos Estados Unidos e está curtindo as férias com a esposa na Champs-Élysées.

Enquanto isso, no Brasil, todos os governadores e prefeitos genocidas, canalhas e ladrões, com a sanha assassina de quererem prejudicar o presidente Jair Bolsonaro, trancam o povo dentro de casa para minar-lhe a força, debilitá-lo e matá-lo de fome, como no holocausto hitlerista, no holodomor ucraniano.