CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

LUIZ LEAL – CASIMIRO DE ABREU-RJ

As pessoas agora falam mal do presidente – sempre culpado de tudo – esquecendo do preço do feijão no governo Dilma e que ela doou parte de nossa reserva estrategica para Cuba.

Memoria seletiva esquerdalha de sempre!

Clique na manchete abaixo e leia matéria publicada pelo UOL em junho de 2016:

MARCELO BERTOLUCI - DANDO PITACOS

DATA VENIA, GUZZO

A edição de ontem da Besta Fubana publicou um artigo do Guzzo contando que as escolas brasileiras completaram 200 dias fechadas, e tem gente querendo mais. O senso comum diz que isso é um absurdo, não discordo, mas acho que pode ser uma oportunidade para irmos um pouco mais fundo no assunto.

O Brasil, embora seja um dos países que mais gastam com educação, e com intenções de gastar mais, está cada vez pior em tudo que diz respeito ao assunto. Quem quiser pode pegar os números de estudos internacionais como o PISA. Quem preferir, basta assistir à TV ou ler as mensagens do facebook para constatar que o brasileiro médio é incapaz de acertar uma concordância, ignora mais da metade das conjugações verbais e não consegue compreender frases com construção mais complexa que o básico sujeito-verbo-predicado (orações subordinadas, nem pensar). Então é o caso de se perguntar: escola para quê?

Alguns dos problemas de nosso sistema de ensino são óbvios: gasta-se mais com três milhões de alunos de universidade do que com quarenta milhões de alunos do ensino fundamental; os burocratas de Brasília insistem em controlar e regulamentar cada detalhe das milhares de escolas pelo país; a família é vista como inimiga e não como parceira indispensável do processo de educar uma criança.

Vou fazer uma pausa para mostrar um exemplo da vida real, relatado pela minha querida ex-funcionária Cida: Ela foi chamada um dia para uma conversa na escola municipal onde seu filho, na faixa dos dez anos, estudava. A coitada ficou uma meia hora ouvindo a diretora e a pedagoga da escola discursarem sobre os “direitos” de seu filho, a importância de respeitar sua “individualidade” e sua “privacidade” e suas “escolhas” e estimular a “tolerância”, a “diversidade” e a “inclusão”, evitando atitudes “repressivas” ou “opressivas” que blá, blá, blá, blá, blá. Quando elas deram uma pausa, Cida se levantou e disse: “Bom, já que vocês sabem melhor que eu como criar meu filho, eu acho melhor deixar ele morando aqui. Me dêem um minutinho que eu vou lá em casa buscar as coisas dele e já volto.” E enquanto falava, já foi levantando da cadeira e saindo. A diretora e a pedagoga correram atrás, aos pedidos de “Calma, dona Aparecida, não é bem assim”, mas só conseguiram parar a Cida já na calçada do lado de fora da escola. Aí ela virou para as duas e disse: “Então eu posso criar o MEU filho do MEU jeito? Vocês deixam? Então ficamos assim: vocês ensinam ele a ler, escrever e fazer conta, que eu ensino ele a ser uma pessoa honesta e trabalhadora. Estamos conversados.”

Claro que seria muito melhor escutar a história do jeito que a Cida me contou do que ler essa transcrição que meu parco talento produziu, mas vocês entenderam o básico: a escola de hoje quer ensinar aos pais como criar seus filhos. Aliás, os burocratas da educação brasileira mal disfarçam que no mundo com que eles sonham, crianças só iriam para casa para dormir. O mantra básico de todos eles é “mais verba!”, e entre as justificativas, sobressaem duas: as crianças devem ir para a escola cada vez mais jovens, e ficar lá cada vez mais tempo. Para quê? Para ensinar é que não é: o mundo acadêmico concorda que crianças com menos de sete anos são incapazes de raciocínios abstratos, o que torna impossível ensinar matemática, ciências ou mesmo gramática. Algumas crianças aprendem a ler aos quatro ou cinco anos, mas a capacidade de compreender e interpretar o que lêem demora mais.

Por outro lado, na hora de impôr modelos de comportamento, quanto mais cedo melhor. Frequentando creches desde alguns poucos meses de idade, ao chegar ao ensino fundamental as crianças já estão perfeitamente condicionadas a não ter individualidade, a se comportar como membros de um grupo homogêneo em que todos agem e pensam da mesma forma, e obedecem sem questionar a todos os rituais estabelecidos: fila para entrar, fila para sair, hora para comer, hora para brincar, hora para ir ao banheiro, sempre submissos e inofensivos.

Costuma-se falar da escola contrapondo os conceitos de “educar” e “ensinar”. Na minha opinião, o que a escola brasileira faz é ADESTRAR, de forma muito parecida com o que se faz com cachorros e cavalos. A razão de ser de todo o sistema é impôr a todos um padrão de comportamento que atenda ao politicamente correto, desestimule o pensamento crítico e, acima de tudo, produza pessoas dóceis, obedientes e dependentes do governo. Escolas e universidades não são lugar para pensar: são lugares para repetir incessantemente o comportamento esperado. No adestramento canino, as ordens são “Junto”, “Senta”, “Deita”. Para os alunos, “Decore”, “Repita”, “Copie”. Como prêmio, ao invés de um biscoitinho, ganha-se um diploma.

O problema é que já estamos pelo menos na terceira geração formada por esse modelo. O pai que frequentou durante anos uma escola que não ensinou nada, apenas exigiu que ele cumprisse o ritual de ficar X horas sentado na cadeira para acumular N créditos e conseguir um diploma, não vai se preocupar se seu filho está aprendendo ou não: ele vai aconselhar o filho a seguir o mesmo caminho e não reclamar.

E como o “dinheiro da educação” no Brasil é coisa de centenas de bilhões de reais por ano, há muita gente que tem todo o interesse do mundo em manter a coisa desse jeito. Já imaginaram se todo mundo descobre que um jovem motivado pode aprender mais com um tablet ligado à internet do que com o professor funcionário público que dá a mesma aula faz vinte anos? Então aparece todo tipo de apelação e mentira para manter a farsa do jeito que está.

Quando se chega nesse ponto, os supostos argumentos não passam de clichês incoerentes, que não resistem a alguns segundos de raciocínio. Exemplo: Quando se quer elogiar a “democracia” (democracia no Brasil só existe entre aspas), a vontade do povo é soberana e cada eleitor é um cidadão modelo, portador das maiores virtudes e com uma perfeita noção de certo e errado. Na hora de falar da escola, aí o governo é necessário para garantir a vida das pobres criancinhas, porque os pais e mães brasileiros (os mesmos que são eleitores tão conscientes) são completamente incapazes de cuidar de seus filhos, e se pudessem os venderiam como escravos para carvoarias ou como matéria-prima para fabricas de salsicha. Da mesma forma, em um momento o brasileiro é trabalhador, é criativo, e se esforça para viver com dignidade, mas no momento seguinte a escola do governo é indispensável porque sem a merenda as crianças do país não teriam sequer um pão velho para comer em casa.

Afinal, somos uma potência mundial ou um país miserável? Afinal, somos um país que erradicou a pobreza ou um país em que as famílias não têm o que comer? Para muita gente, somos as duas coisas alternadamente, conforme a conveniência do momento. Não é com argumentos assim que vamos encontrar uma solução. Aliás, “solução”, no singular, talvez nem exista. O que existem são pequenas mudanças que podem ir se acumulando, até criar uma realidade diferente da que temos hoje. Encerro com algumas idéias soltas sobre algumas possíveis mudanças:

– Não sei como é o currículo do primário hoje, mas eu estudei o nome de todos os ossos e músculos do corpo humano (esternocleidomastóideo!), as características fisiológicas dos platelmintos, nematelmintos e moluscos e as diferenças entre plantas dicotiledôneas e monocotiledôneas. Como eu me formei em eletrônica e fui trabalhar com computadores, tudo isso foi tempo perdido. Nada contra a cultura geral, mas será que biologia, física e química não poderiam ficar para um segundo grau segmentado, como existia antigamente? (Alguns cursavam o “científico”, outros o “clássico”)

– Por outro lado, que tal algumas noções de economia, para o jovem entender como funciona o mundo “dos adultos”, incluindo matemática financeira?

– História e Geografia no meu primeiro grau consistiam simplesmente em decorar nomes e datas. De novo, que tal deixar para uma idade em que o aluno já possa compreender coisas mais complexas, como por exemplo saber que a história é escrita pelos vencedores e deve ser lida com uma pitada de ceticismo?

– Seja com o nome de Filosofia ou Sociologia, seja como Educação Moral e Cívica, doutrinação sempre vai existir. Quase todo adulto é a favor desde que a doutrinação seja do lado que ele acha certo. Aliás, a palavra “doutrinação” parece meio pejorativa, então fica só para as que ele não gosta.

– No mundo conectado de hoje, estudar a sério pelo menos duas línguas estrangeiras é fundamental. Mas é para ser sério, não para ficar um ano inteiro ensinando o verbo To Be.

– Crianças precisam aprender o mais rápido possível a ler e a interpretar o que leram. Depois disso, o resto fica fácil. Mas na escola, corre-se para enfiar goela abaixo a maior variedade possível de conteúdos sem que o aluno esteja pronto para digerí-los. O resultado é indigestão.

– Para encerrar com um toque de polêmica, o currículo escolar dos meus sonhos: dos seis aos dez anos, matemática básica (aritmética e lógica), um pouco de gramática, um pouco de artes e muita interpretação de texto, em português e mais uma ou duas línguas. Dos onze aos treze, um pouco mais de matemática (álgebra, geometria e matemática financeira), um pouco mais de gramática e artes, e muita interpretação e produção de textos (conhecida como redação). Aos quatorze e quinze, história e geografia juntas, mas feito para ser entendido, não decorado. E dos dezesseis aos dezoito, uma espécie de pré-faculdade já segmentada por áreas: ciências exatas, ciências biológicas, ciências sociais (sobre o ensino superior, fica para outro pitaco).

DEU NO X

O FOGO TÁ ESPANTANDO ATÉ OS MALASSOMBROS

* * *

O incêndio é tão forte e as chamas são tão altas e intensas, que até as almas penadas estão acordando e fugindo do purgatório.

É cada assombração da porra!

Vôte!!!

“O fogo já pegou até no meu dedo. Num posso mais nem arrancar meleca da venta”

VIOLANTE PIMENTEL - CENAS DO CAMINHO

A VILÃ

Maria Linhares, 69 anos, mulata, alta e um pouco gorda, era dona de uma vila de quartos de aluguel, no bairro da Ribeira, em Natal, década de 70 do século passado.

Muito moralista, com voz firme e forte, tinha suas regras. Alugava quartos somente a casais sem filhos. Às 22 horas, fechava o portão de ferro do “condomínio”, com um cadeado e ninguém mais entrava, salvo se arrodeasse e pulasse o muro.

De acordo com o seu regulamento, era proibido se tomar banho nos quartos, pois na vila só havia um pequeno banheiro coletivo, onde se levava água em um balde. Ali também havia um aparelho sanitário, feito de tijolos e coberto por uma tábua, onde circulavam baratas por dentro e por fora. Nos quartos, sempre apareciam escorpiões, prontos para atacar. Era um ambiente muito pobre e insalubre.

De pouca conversa, Maria Linhares vivia pensativa e triste, com os olhos fixos no nada, em que o destino a transformou. Quem a conhecesse nessa altura da vida, não poderia imaginar o passado criminoso que ela escondia.

Pois bem. Na mocidade, essa mulata bonita, descendente de angolanos, fora empregada doméstica e protagonista de amores e tragédias. Apaixonou-se por Daniel, o filho do seu patrão e os dois viveram uma aventura amorosa clandestina, que, somente para ela, foi um amor fatal. Meses depois, chegou-lhe aos ouvidos a notícia de que o rapaz estava noivo de uma jovem de nome Arlete, e o casamento já estava marcado.

Desesperada, a mulher passou a odiar a jovem Arlete e a paixão que sentia por Daniel tornou-se uma obsessão, mesmo o rapaz tendo posto um ponto final no caso.

Como cozinheira da casa dos pais de Daniel, Maria Linhares também foi encarregada de cuidar da casa nova, já mobiliada, onde ele e Arlete iriam morar depois de casados.

Arlete trabalhava numa loja do futuro sogro, na Rua Dr. Barata, no Bairro da Ribeira. Morava com os pais, irmãs e a tia Otília, jovem e solteira, sua amiga e confidente, no bairro da Cidade Alta. Levava uma vida tranquila e feliz, com o casamento já próximo.

Fingindo querer agradar, Maria Linhares sugeriu a Arlete que fosse até a casa nova, para ver a mobília comprada por Daniel e dar sua opinião sobre a arrumação.

Muito ingênua, a jovem prometeu que logo iria.até lá. Não imaginava que a empregada fosse apaixonada por seu noivo e já tivesse havido um caso entre eles.

A jovem, então, combinou com a tia Otília para, no sábado vindouro, na volta da praia, irem até à sua casa nova, para ver a mobília que Daniel havia comprado.

Na manhã do sábado, 24 de outubro de 1942, Arlete e a tia Otília, depois do banho de mar na Praia do Morcego, hoje Praia do meio, se dirigiram a pé à casa nova, na Av. Getúlio Vargas, esquina com a Rua Joaquim Fabrício, no alto do bairro de Petrópolis.

A empregada as esperava ansiosa, e expressou grande alegria ao vê-las. Arlete resolveu entrar no banheiro, para tomar um banho de água doce, e tirar do corpo o sal da água do mar.

Quando Arlete entrou no banheiro, imediatamente, Maria Linhares chamou Otília para ver a garagem. Lá, as aguardava um homem do tipo lombrosiano (tipo de pessoa com as características físicas definidas por Cesare Lombroso, como sendo as do criminoso nato) e aspecto apavorante. O homem agarrou Otília, enlaçando seu pescoço com um pano e apertando o laço, ajudado pela empregada, e sufocando a jovem, até matá-la por estrangulamento. Com a ajuda de Maria Linhares, o corpo de Otília foi, rapidamente, arrastado e jogado na vala que já estava cavada no fundo do quintal.

Depois de alguns minutos, Arlete saiu do banheiro e chamou pela tia. Maria Linhares respondeu, atraindo-a para a garagem e dizendo que ela e Otília estavam lá. E a jovem dirigiu-se à garagem. Logo à porta, o monstro avançou para ela, que deu um grito de pavor, ouvido pelos vizinhos. Mas, imediatamente, seu grito foi abafado com um pano enlaçado ao seu pescoço, que a sufocou. Novamente, com a ajuda de Maria Linhares, o laço foi apertado até matar Arlete estrangulada, como acontecera com a sua tia Otília.

O cúmplice de Maria Linhares, após o estrangulamento, despojou o cadáver de Arlete das joias que ela estava usando. Tirou-lhe os anéis, o relógio e, do pescoço, tirou um trancelim de ouro.

Era essa a sua paga, pela participação no crime de vingança, arquitetado por Maria Linhares, sua grande amiga.

Em seguida, os dois assassinos deram início à “cerimônia” do enterramento dos cadáveres. Ao pé do muro do quintal, já haviam cavado a areia frouxa do morro, e já estava feita a vala, que supunham ser a última morada das duas jovens, Otília e Arlete. Ao enterrarem o cadáver de Otília, deixaram, também, na cova, os óculos que ela usava.

Lançaram areia sobre os corpos, cobrindo-os completamente, e deixaram o quintal sem qualquer vestígio do enterramento.

A única testemunha desse duplo e bárbaro homicídio foi o cajueiro, de sombras amplas em todo o redor.

Os dois assassinos cuidaram de espalhar folhas do cajueiro sobre a cova. O caso estava consumado.

Depois de terminado o ritual macabro, o cúmplice se retirou, levando consigo as joias que embolsara. E Maria Linhares foi logo cuidar de lavar o chão da garagem e apagar as manchas de sangue que ficaram.

No dia seguinte, domingo, o cúmplice voltou a procurar Maria Linhares, para devolver as joias, pois, em todas estava gravado o nome de Arlete. Não poderiam ser vendidas. Em troca, ele exigiu da mulher um alto valor em dinheiro.

Tudo continuava em segredo, e os dois assassinos estavam certos de que, dentro de pouco tempo, o caso cairia no esquecimento. Achavam que a impunidade deles estaria garantida.

Mas o crime, cedo ou tarde, seria descoberto, pois os vizinhos da casa nova onde iriam morar Arlete e Daniel, viram a entrada das duas jovens, mas não viram a saída. Além disso, o grito de pavor de Arlete, ao ser atacada pelo monstro, foi ouvido por algumas pessoas.

Maria Linhares cumpriu a pena de 33 anos de reclusão, na Penitenciária de Natal. Confessou seus crimes, denunciou o cúmplice Felinto Saldanha, e inocentou Daniel, o noivo de Arlete.

Maria Linhares, no Rio Grande do Norte, foi a primeira condenada que cumpriu integralmente a pena que lhe foi aplicada pela Justiça.

Em Natal, naquela época, o nome “Maria Linhares” virou um dogma de maldade e perversidade satânica.

PENINHA - DICA MUSICAL

DEU NO X

ESGOTOU O ESTOQUE

Felipe Santa Cruz, o militante petralha que preside a OAB: “Já soltei tantos de ontem pra hoje, com medo das últimas denúncias, que esgotou totalmente o estoque de peidos. Não adianta nem botar força”

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

JACOB FORTES – BRASÍLIA-DF

TRISTE PARTIDA

Sob os protestos da mãe, irrisória, porém cheia de valentia, por dias consecutivos visitei os fofinhos, acomodados em um berço garnisé, urdido com tanto esmero que mais parecia trabalho de crochê. Sentia prazer em contemplar aquelas figurinhas meigas, graciosas, indefesas, naquela imobilidade absoluta. Não entendiam a minha dialética, mas, pareciam gostar do tom ameigado da minha voz. Jamais os vi choramingar. Entre eles e a mãe havia uma simbiose indecifrável: ela vivia da vida deles; eles precisavam da vida dela.

No princípio eram apenas dois ovinhos, minúsculos, brancos, levemente rosados, do tamanho de um caroço de feijão, abrigados num ninho parecente a um dedal, oculto na folhagem do arbusto. Nesse ninho, imaculado, chocadeira incomparável, sucedeu-se o processo de incubação.

Certa feita, em visita de rotina, constatei, surpreso, que os ovinhos já se haviam eclodido; eis, agora, duas criaturinhas diminutas, da cor do azeviche, implumes, do tamanho de uma semente de jade. Pelo visto, a eclosão se deu sob a mais rigorosa reserva; não pude testemunhar. Com o transcorrer dos dias foram adquirindo plumagem de maior espessura, circunstância que delineava o raiar da liberdade.

Eles foram crescendo, crescendo, até que chegou a hora incontornável. Sob os incentivos da mãe, os meus calados ouvidores alçaram-se à imensidade, um de cada vez, em direção a um mundo desconhecido. Estático, apenas os olhei, com o coração confrangido! Ao desapareceram nas vastas redondezas tiraram de mim não apenas as razões dos meus cuidados, mas o regozijo dos meus olhos.! Restou uma doce melancolia. De um lado, a alegria pela merecida independência; de outro, a tristeza pela perda dos anjinhos que sabiam me escutar, embora não me compreendessem. Porém, ficou o gratificante consolo: pude conhecer uma poesia que passou em minha vida!

Um membro do campesinato Centro-Sul diria: adeus cuitelinhos. Outro regionalista diria, adeus colibris. Mas eu, no meu vernaculismo nordestino disse-lhes: adeus meus beija-flores, trapezistas do vento. Vão em paz, conforme os desígnios de Deus. Que não lhes faltem os néctares florais e os botões de rosa.

(…E o cuitelinho não gosta que o botão de rosa caia, ai, ai…).

DEU NO JORNAL

A AMANTE CUMPRE A ROTINA DE FALAR MERDA

Gleisi Hoffmann disse que o programa que o partido está lançando, com o slogan “Vamos juntos reconstruir o Brasil”, acolheu sugestões de outras siglas de oposição, como PDT, PSOL, Rede, PSB e PCdoB.

“O plano é a contribuição que o PT vai dar para o debate da esquerda e oposição ao Bolsonaro para essa reconstrução.”, declarou Gleisi.

* * *

Essa súcia petralha não tem um pingo sequer de senso de ridículo.

Podem acredittar: ela falou sério!!!

É pra arrombar a tabaca de Xolinha!!!!

A melhor contribuição do PT para o Brasil seria desistir da ideia de contribuir para a reconstrução do que a quadrilha de Lula destruiu.

Só isto. 

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

MAURÍCIO ASSUERO – RECIFE-PE

Excelentíssimo Editodos,

gostaria de que fosse divulgado nesta Gazeta Escrota que hoje, quinta feira, 10/Set, das 19h30 às 20h30., haverá mais uma reunião do JBF.

Uma sessão de fuxicos (ou será seção?), com o estimado colunista Goiano Horta falando sobre cultura popular.

Para participar basta clicar aqui e se divertir.

Abraços

R. Meu caro colunista Maurício Assuero, nunca é demais ressaltar que a plataforma onde se realiza a assembleia da turma fubânica, essa cujo link está na mensagem aí em cima, é uma criação sua.

Esta conquista nós devemos a você.

É como eu digo sempre: nessa gazeta escrota só tem gente talentosa e qualificada.

Pois nesta quinta-feira, a partir das 7 e meia da noite, estaremos reunidos para nos deleitarmos e muito aprendermos com a conferência do colunista Goiano Braga Horta, um intelectual que honra este jornaleco e que é doutor no assunto.

O debate estará aberto para todos os participantes, ao vivo e a cores.

Mais tarde a gente se encontra por lá!

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

AIRTON BELNUOVO – SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP

Boa noite amigo

Acho que este vídeo não foi publicado no JBF.

Se foi me desculpe pelo incomodo .

Abraços.

R. Não há incomoda de modo algum, meu caro.

Pelo contrário: aqui os leitores mandam e dão as ordens.

E vamos ao vídeo que você nos enviou: