O 17º Encontro Nacional do PT, realizado em Brasília neste fim de semana, já começou na Capital com uma espécie de feira livre para ativistas, com quiosques de comida, estandes de panfletagem e até uma feirinha com produtos do universo lulopetista. Entre eles, canecas e até mesmo uma bandeira palestina.
Oficialmente, o encontro “discute diretrizes” do partido nos próximos quatro anos, mas na verdade o assunto são as alianças cada vez mais difíceis do PT para 2026.
Vendem-se no encontro do PT canecas com foice & martelo comuna e, nada mais adequado: bebidas alcoólicas com Lula no rótulo.
O destaque, além das camisetas engajadas e bandeiras que muitos desconhecem, garrafas térmicas da moda com a bandeira de Cuba.
Virou ilustração no encontro do PT o mapa da América do Sul de cabeça para baixo, o abilolado mapa-múndi invertido do IBGE.
* * *
Essa nota é um retratato cagado e cuspido do partido vermêio-istrelado.
Um resumo perfeito do bando luloso.
A feira petralha nesta final de semana, na capital federal, vai ser uma charge humorística gigantesca.
O governo aplicou a lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. De acordo com o governo dos EUA, o ministro estaria violando direitos fundamentais, como a liberdade de expressão, para cidadãos norte-americanos.
Na prática, o ministro fica impossibilitado de ter relação com qualquer empresa americana, como assinar Netflix, ter conta no Google e utilizar um cartão de crédito de bandeira americana.
A extensão da lei Magnitsky poderá ser maior, à medida que empresas de outros países (não americanas) ficarem com receio de ter relação com o ministro e correrem o risco de sofrer penalidades do governo dos EUA.
Sem dúvida, a punição restringe e dificulta muito a vida do ministro. Resta saber como o STF vai reagir. Se ignorarem a aplicação da lei Magnitsky em território brasileiro, obrigando, por exemplo, bancos a concederem cartões de crédito internacionais a Moraes, o impasse poderá ficar ainda maior.
Isso porque os bancos poderão sofrer multas bilionárias das autoridades americanas. Inclusive já ocorreram precedentes em outros países, como no caso BNP Paribas, que operava no Sudão, Irã e Cuba, e sofreu penalidades do governo dos EUA.
Com isso, há um dilema para muitas empresas brasileiras, como bem observou o comentarista político, Paulo Figueiredo, em seu Twitter (X): “obedecer ao STF e violar a lei americana, ou cumprir as sanções internacionais e enfrentar retaliação do Judiciário brasileiro”.
Suponha que o banco obedeça ao STF e conceda um cartão de crédito de bandeira americana ao ministro. Nesse caso, haverá multas pesadas do governo norte-americano à instituição financeira brasileira. Se a situação escalar, além de multas, poderá ocorrer a exclusão do banco do SWIFT (sistema internacional para transacionar dólar) com prejuízos bilionários à instituição financeira.
Independentemente do desfecho, tal situação aumenta a insegurança jurídica do Brasil aos olhos dos investidores internacionais, com reflexo no preço dos ativos (dólar elevado e taxas de juros pressionadas). A alta do dólar potencializa a inflação, e os juros penalizam a atividade econômica com perda de renda e emprego.
Soma-se a isso, os escândalos de corrupção (INSS, para ficar no mais recente), a impunidade, a Justiça “pró devedor”, e o risco fiscal que afastam o investimento no Brasil dos poupadores internacionais.
A poupança externa tem sido fundamental para financiar os investimentos no país e a dívida pública brasileira. Se perdermos esse fluxo, o Brasil entrará numa grave crise econômica e financeira, com reflexos no mundo real para os mais pobres, como perda de renda e emprego e aumento da inflação.
Se para blindar um ministro do STF de sanções individuais dos EUA, a consequência será o preço da insegurança jurídica – fuga de capitais, desinvestimento, alta do dólar e dos juros, inflação e desemprego – vai ser o corporativismo mais caro e burro da história.
Passadas duas décadas, revejo notas que publiquei no site da uma editora do Recife e agora intercalei com assuntos atuais.
VIVO BELO – Marlúcio Belo, cabra vivo que só a peste, metido a esperto, falsificou documentos e “morreu de mentirinha” para sacar o Pis. O flagra do morto-vivo ocorreu na Caixa Econômica de Afogados, no Recife. Foi em cana vivinho da silva.
AMADA LAFEPE – Nos balcões do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco, LAFEPE, e nas farmácias, as camisinhas custam apenas R$ 0,25. Dá pra se fazer amor até debaixo d’água! Vale-tudo com garantia!
TAXAÇÃO PERNAMBUCANA – Projeto de Lei do Governo de Pernambuco à Assembléia, aumenta de 2,5% para 4,5% a alíquota de contribuição do funcionalismo para o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado. Sem mais nem menos. Já naqueles tempos, havia ensaios para a “sanha taxadística” do Governo Federal dos nossos tempos.
BLOQUEIO SERGIPANO – Clima tenso em Sergipe. Sem-terra e PM começaram na tapa e sairam à bala. Os invasores bloquearam a SE-260 e seis pessoas saíram cheias de “buracos sangrantes”. Até que hoje os invasores estão mais calmos!…
HINOS VIVOS – Nos tempos de Dom Severino Pamparra os hinos eram cantos sacros. Só muito tempo depois saíram das igrejas para as ruas e poucos compositores se dedicaram a esse estilo de música.
BRASIL-HOLANDÊS – O primeiro hino entoado em terras do Brasil-Holandês, foi Wilhelmus von Nassau Vem, composto por algum puxa-saco, para homenagear nosso saudoso Príncipe Maurício de Nassau, que bem o mereceu. Hoje, até nas escolas, o hino nacional brasileiro está esquecido.
TEMPOS AVACALHADOS – Na época em que eu frequentava a Escola Dom Bosco, no bairro de São José, no Recife, não só cantávamos o Hino Nacional quanto os demais. Eu era vidrado em “Cisne Branco”, uma canção emocionante.
BRANCO CISNE – A música “Cisne Branco” se tornou “A Canção do Marinheiro”, e a um veleiro de nossa Marinha, foi dado o mesmo nome. É um barco que atua como embaixada flutuante e tem representado nosso país em eventos náuticos e culturais através do mundo.
O navio-veleiro “Cisne Branco”
NAVIO VELEIRO – Uma das joias de nossa Marinha de Guerra. Foi construído em 1998, na Holanda, para celebrar os 500 anos do Descobrimento do Brasil.
EMBAIXADA FLUTUANTE – Qual cisne branco que em noite de lua. Vai deslizando num lago azul. O meu navio também flutua. Nos verdes mares de Norte a Sul. Esta letra e música se harmonizam na canção de Francisco Dias Ribeiro e Antônio Manuel do Espírito Santo, que fez sucesso nos anos de 1950 através do canto de Emilinha.
PREFERIDA EMILINHA – Emília Savana da Silva Borba, cujo nome artístico foi popularizado como Emilinha Borba, a “Rainha do Rádio”, tinha uma ligação especial com a Marinha do Brasil, tanto que através desta música foi homenageada como “A Preferida da Marinha”.
MELODIA INESQUECÍVEL – Ainda hoje bato continência espiritual quando ouço esta canção-hino que, atualizada, continua rolando com os meus tempos.