CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

CÍCERO TAVARES – RECIFE-PE

Caro editor Luiz Berto:

O Antagonista foi preciso em poucas palavras: o que é crime à Liberdade de Imprensa e o que não é.

Só um jornalismo independente e não subserviente é capaz dessa proeza:

Prender hackers não é, não, atentado à liberdade de imprensa.

A prisão dos suspeitos de invadir os celulares de Sergio Moro e Deltan Dallagnol não é, não, um atentado à liberdade de imprensa.

Correspondência, não importa o meio, é inviolável. O seu sigilo só pode ser quebrado por ordem judicial.

Atentado à liberdade de imprensa seria, por exemplo, prender os jornalistas que veicularam o conteúdo roubado pelos invasores.

Enfim, depois de tanta miséria, roubo, assalto a mão armada e saques do Brasil sob o manto do PT, surgem dois jornais que valem apenas acessar para saber de tudo e não ficar alienado:

O Antagonista e o Jornal da Besta Fubana.

PT! NUNCA MAIS!

DEU NO JORNAL

É DOIDINHO, O BICHINHO…

Walter Delgatti Neto, que confessou ter hackeado o celular de Sergio Moro, tem problemas psiquiátricos, disse hoje seu advogado recém-constituído, Luiz Gustavo Delgado.

Ele levou comida, remédios de uso controlado e um cobertor para seu cliente na tarde de hoje na Polícia Federal, onde Walter está preso temporariamente.

“Conversei com ele. Ele tem problemas psiquiátricos. Está atordoado”, disse o defensor.

* * *

Chega faz pena…

É doidinho mesmo, o coitado.

Tá rasgando aquele monte de notas de cem reais que foram mostradas no noticiário televisivo de ontem, encontradas na casa dele, este pobre alienado mental, invasor do celular do Ministro Sérgio Moro.

E, por falar em doidice, eu desconfio que tem um monte de gente doida pra pegar esse sujeito e dar uma dose bem forte de um remédio chamado Cala-Boca.

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

DEU NO JORNAL

A MANCHETE DA QUINTA-FEIRA

O advogado Ariovaldo Moreira afirmou na noite desta quarta-feira (24) que o DJ Gustavo Henrique Elias Santos disse em depoimento à Polícia Federal que a intenção de Walter Delgatti Neto, apontado como o hacker que invadiu os celulares do ministro Sergio Moro e outras autoridades, queria vender ao PT as mensagens que obteve.

Segundo o advogado, Gustavo Santos disse aos investigadores que ouviu essa versão do próprio Walter Delgatti.

“Essa informação, isso daí está nos autos, é oficial. Então, ele confirma que o Walter mandou mensagem para ele, mandou inclusive parte da interceptação telefônica do juiz Sergio Moro e a intenção, segundo ele, o meu cliente, ele dá conta de que o Walter disse a ele que a intenção era vender esse produto, essas informações, para o Partido dos Trabalhadores”, declarou.

* * *

A manchete que está transcrita aí em cima é do G1, a página internética da insuspeita Globo.

O PT já emitiu nota dizendo que isso tudo é mentira da direita reacionária e do capitalismo internacional a serviço de Trump. Tudo para desmoralizar o mais impoluto partido do Brasil.

E que toda essa história da prisão dos hackers, e das denúncias que eles estão fazendo,  é uma absurda armação contra o partido.

De minha parte, eu acho que o PT, um partido reconhecidamente pobre e de caixa vazio, não teria a menor condição de comprar estas informações.

Lula, o proprietário da organização, é uma pessoa pobre, totalmente liso, e que não tem dinheiro suficiente para este tipo de negociata.

É esta a minha opinião.

DEU NO JORNAL

DÚVIDA CRUEL

Após partidos de esquerda no Chile apoiarem a condenação pela ONU da ditadura Nicolás Maduro, na Venezuela, o deputado federal Roberto Freire (Cidadania-SP) indaga:

“Será que o PT, PSOL, PCdoB e PDT continuarão apoiando a ditadura venezuelana? Até quando?”

* * *

Até quando?

Uma dúvida lancinante.

O problema é que é mais fácil um surdo responder a esta pergunta do que um conjunto de partidos cegos.

Tentei obter a resposta com a deputada lulo-petista Gleisi Hoffmann, admiradora incondicional de Maduro e que costuma viajar com frequência pra gozar as delícias turísticas de Caracas.

Mas a nobre deputada, conhecida como Amante na lista de propinas da Odebrecht, não me deu retorno.

Deve estar muito ocupada com o incessante serviço de esculhambar Moro e Dallagnol.

Apelo, então, para o incansável e batalhador fubânico lulo-bolivariano Ceguinho Teimoso, tão admirador de Hugo Chávez quanto o cumpanhero Lula.

Até quando PT, PSOL, PCdoB e PDT continuarão apoiando a ditadura venezuelana? 

Tenho certeza que Ceguinho resolverá está questão.

 Gleisi e Maduro, dois ícones da luta em favor do proletariado e das massas oprimidas, dois símbolos da luta contra o imperialismo reacionário dos zamericanos

JOSÉ PAULO CAVALCANTI - PENSO, LOGO INSISTO

BICICLETAS E EMBAIXADAS

Homero Lacerda inventou de ser Senador. Em 1990. E quase foi mesmo. Ocorre que a Lei Eleitoral daquele tempo exigia ter também, cada partido, candidato a Governador. Complicado é que ele soube só no último dia do prazo. E, por absoluta falta de tempo, acabou tendo que usar o único filiado próximo e disponível. João Batista, vigia de uma das suas empresas – a HL, aqui no Recife, onde a reunião se dava. Os eleitores não tiveram o prazer de ver seu nome, nas propagandas. Por receio que algum jornalista o entrevistasse, Homero deportou o pobre homem para São Paulo. Voltou só depois da eleição, a Pernambuco e à vidinha de sempre. Tudo parecia indicar que não mais se falaria nele. E assim se daria, não fosse a teimosia de Geraldo Freire. Para quem Pernambuco tinha direito de ouvir a voz de quem quase foi seu governador. Razão pela qual ofereceu uma bicicleta para quem conduzisse o candidato a uma entrevista.

Quase ninguém sabia quem era João Batista. Mas seus vizinhos, sim. E formou-se um tumulto, na porta, com todos querendo aquele prêmio. João Batista acordou com o alvoroço. Ao saber da oferta, vestiu-se apressado, pulou o muro por trás da casa e foi correndo até a Rádio Jornal. Entrou esbaforido no estúdio e pronunciou palavras com as quais ficou famoso: “Bom dia, dotô Geraldo, eu sô João Batista. E quem trouxe mim foi mim mesmo. Agora, mim dê a bicicreta”. Fugit irreparabile tempus, dizia Virgilio. Na eleição seguinte, Homero acabou vereador do Recife. E, até hoje, João Batista continua seu vigia.

Penso nesse caso ao ver o Presidente indicando um filho pra ser Embaixador. Só que não são histórias iguais. João Batista tinha direito à tal bicicleta. Afinal, foi ele quem levou ele mesmo à rádio. Enquanto o filho do homem nada fez para merecer tal honraria. Diplomata é cidadão que vive como exilado, na terra dos outros; para, ao se aposentar, viver como exilado em sua própria terra. É minha definição para trabalho tão difícil. Claro que ser Embaixador não é privilégio de diplomatas de carreira. Só que precisa ter currículo, para cargo tão importante. Ter história. E o menino não tem. Simples assim. Não comentei antes, esse caso, admitindo que o Presidente logo compreenderia seu erro. Mas era para valer, pena. A cada fala ou decisão sem sentido que toma, como essa, uma crise. Vai ser difícil.

DEU NO X

PT DEU MAIS UM CANO…

PENINHA - DICA MUSICAL