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ALEXANDRE GARCIA

SE QUISEREM MUDAR A CONSTITUIÇÃO, CONVOQUEM UMA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

Eu sempre li a Constituição. Acho que, por ser a lei principal, fácil de ler, todo mundo deveria ter uma em casa.

E o Artigo 5º da Constituição, que trata dos direitos e garantias individuais e fundamentais, é básico para todo cidadão saber quais são os seus direitos.

Eu sei que a gente tem que saber também os nossos deveres, até antes dos direitos, mas o 5º é considerado artigo de cláusula pétrea. Ninguém pode mexer.

Supremo não pode mexer jamais (embora tenha mexido, mas jamais poderia mexer). O atual Congresso tampouco pode. Só uma assembleia nacional constituinte pode mexer no capítulo dos direitos e garantias individuais.

E o artigo 5º, no seu caput, diz lá: todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Não importa se seja civil ou militar, branco, negro, amarelo, homem, mulher, velho, criança…todos são iguais perante a lei.

Por isso, o fiscal da lei e da Constituição, que é o Ministério Público, tá verificando leis que foram feitas por aí, nos estados, por exemplo, dando tratamentos diferentes para homens e mulheres.

Tem tratamento diferente até por preferência sexual, que é um assunto particular de cada um, não tem nada a ver.

Então, tá havendo isso.

E tá querendo se aplicar o caput do artigo 5º: todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Ponto final. Tá escrito assim na Constituição.

Se não quiserem assim, convoquem uma assembleia nacional constituinte e mudem a Constituição, porque essa é uma cláusula pétrea.

* * *

Artigo 231 da Constituição

Um outro assunto: artigo 231 da Constituição, dos indígenas.

Na Constituição tá escrito índios. O politicamente correto resolveu mudar para indígenas ou povos originários, mas na lei maior tá escrito índios e ela está acima das nossas ideologias filólogas.

Então, tá lá escrito nesse artigo: pertencem aos índios as terras que tradicionalmente ocupam. Não é a que ocuparam ou a que vierem a ocupar, é ocupam, no dia em que entrou em vigor a lei maior.

Por isso, sinto muito, mas é verdade: o Supremo declarou inconstitucional um artigo da Constituição.

A lei maior que foi discutida durante 20 meses entre os brasileiros que foram nomeados por nós e receberam a procuração para fazer uma Constituição em nosso nome.

Aí, eles (ministros do STF) disseram que não. Que é atemporal a história, a qualquer tempo.

O Congresso reagiu e fez uma lei, aprovada na Câmara e no Senado, dizendo: se houver alguma discussão sobre uma terra, é só provar quem estava no local e se estava legalmente no dia 5 de outubro de 1988, dia da promulgação da Constituição. É isso.

O índio, por alguma prova, mostra que tinha uma aldeia lá ou o agricultor, pecuarista, mostra que estava lá naquele dia.

Só que o presidente Lula vetou. Quando há veto, volta para o Congresso, que pode derrubar este veto.

De 513 deputados, 257 derrubam o veto. De 81 senadores, 41 derrubam o veto.

Isso já aconteceu com o veto da Dilma sobre o comprovante impresso do voto, que o Congresso derrubou. Só que o Supremo derrubou o Congresso.

Essa história cria uma imensa insegurança jurídica, fundiária, no país inteiro. O que origina conflitos, como já estão acontecendo.

Aliás, em 1912, nesta época do ano, foi o início da Guerra do Contestado. Santa Catarina e Paraná envolvidos. Foram 8 mil mortes. Ela começou com problemas fundiários.

DEU NO JORNAL

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DEU NO JORNAL

INSENSIBILIDADE

Mesmo o insosso presidente Joe Biden ligou para as norteamericanas resgatadas dos terroristas do Hamas.

Por aqui, até hoje o presidente Lula não se mexeu para ligar para as famílias dos brasileiros executados.

* * *

Admirador e amigo do Hamas, o Ladrão Descondenado jamais tomaria esta atitude.

Jamais!

Além dos bandidos, agora incluiu também terroristas na sua lista de companheiros queridos.

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DEU NO X

MARCHA DA INSENSATEZ

XICO COM X, BIZERRA COM I

A MULHER QUE NÃO FOI

Ela não foi. Ficou de ir e não foi. Sequer mandou alguém em seu lugar: melhor assim. Esse alguém talvez nem curtisse as cantigas do Chico, tampouco gostasse de sorver uma cerva bem geladinha. Só sei que a danada não foi. Ou seja: meu amigo estragou água morna e sabão, gastando-os em banho tão demorado. Se seus dentes resistiriam a mais um dia sem escovação, para que escová-los, gastando pasta e escova? Pia e pratos bem que poderiam ficar sem lavar: far-se-ia isto depois, com calma. Tudo em vão … Mas tudo bem. Vai ver o UBER ‘farrapou’ ou a babá que ficaria com seu filho adoeceu. Vai ver ela torceu o pé ao descer a escada ou engasgou-se com o cuscuz, borrou o batom e deu-lhe preguiça de se ‘rebatonzar’ …Terá tido uma dor de barriga? Ou o calo do mindinho voltou a doer? Talvez tenha ido a um chá de caridade e esqueceu a caridade que iria fazer. Não sei a razão. Sei que ela não foi. Apenas busco desculpas para desentristecer meu amigo. – Liga não, – disse-lhe – aproveita e deixa perdido o desodorante que se perdeu. Melhor assim. Quem sabe dona Solidão, que ‘tá já chegando ou já chegou, goste do cheiro dele do teu sovaco, se abanque por aí e dê fim ao teu já tão pouco sossego? A gente nunca sabe: a solidão é esquisita, tem uns gostos tão estranhos …

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ARISTEU BEZERRA - CULTURA POPULAR

UMA HOMENAGEM A PINTO DO MONTEIRO

Pinto de Monteiro

O escritor e advogado Ivo Macena, de Tabira/PE, escreveu uma biografia de Severino Lourenço da Silva Pinto (1895-1990), conhecido como Pinto do Monteiro, um dos maiores representantes do admirável universo do repente.

Um trabalho excelente, cujo título é “Pinto Velho de Monteiro” e enviou um exemplar para o poeta e repentista Geraldo Amâncio que escreveu os seguintes versos:

Meu caro Ivo Macena
Escritor sábio e distinto,
O seu livro sobre Pinto
É um primor, vale a pena.
O tempo só armazena
Se a gente guardar primeiro.
Você pintou sem tinteiro
Magistralmente os valores
Do maior dos cantadores
Pinto Velho do Monteiro.

Era humilde e educado,
Freava o dom, o valor
E poupava o cantador
Que cantava do seu lado.
Porém se fosse atacado
Aí virava um guerreiro,
Perverso, ingrato e grosseiro,
Impiedoso e valente,
Número um do repente
Pinto Velho do Monteiro.

Com raiva ele parecia
A força da tempestade,
Do raio a velocidade,
Com trovão e ventania.
No seu estro conduzia
O vigor de um marrueiro.
Que escavava terreiro,
Insultando antagonistas,
A força dos repentistas
Pinto Velho do Monteiro.

Dizer que Pinto foi gênio
Só do século passado,
É deixar meio apagado
O astro no seu proscênio.
Foi o maior do milênio
De todos do mundo inteiro.
No Brasil, no estrangeiro,
Nunca houver igual a ele,
Nem haverá depois dele.
Pinto Velho do Monteiro.