DEU NO JORNAL

O ESGOTO DA TESOURARIA PETÊLHA CONTINUA FEDENDO

João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, foi condenado pelo juiz Luiz Antonio Bonat, que substituiu Sergio Moro na Lava Jato em Curitiba, a 7 anos e 6 meses de prisão.

Vaccari recebeu propina em contratos de sondas da Petrobras.

Vaccari: mais uma sentença no prontuário

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Esta sentença é da última quarta-feira, 19.

Em se tratando de tesoureiro do PT – e de tudo que diz respeito ao PT -, quanto mais mexe, mais fede.

É só futucar no esgoto petralha que a catinga toma conta dos ares.

As três impolutas figuras que ocuparam a tesouraria do bando, Delúbio Soares, Paulo Ferreira e João Vaccari, todos três, sem exceção, conheceram o fundo do cárcere.

O trio já obrou de coca no cagador da cadeia por um bom tempo.

Estes empregados do estabelecimento de Lula não negam a origem, a furna vermêio-istrelada onde se amoitaram e fizeram carreira.

É feito a cantiga da perua, na interpretação de Jackson do Pandeiro: de pior a pior.

DEU NO X

MARCELO BERTOLUCI - DANDO PITACOS

O PÚBLICO E O PRIVADO

Uma das crenças que fazem parte de nossa cultura diz que o estado é necessário para atender aos interesses da população, e que os empreendedores privados atendem apenas os poucos locais onde o lucro é farto e garantido. Mas será verdade?

Vamos começar pelos monopólios do estado: saneamento, por exemplo, que nunca foi permitido à livre iniciativa. 66% das residências em áreas rurais não recebem água encanada. Em metade dos estados brasileiros, a rede de esgoto cobre menos de 50% da população (no caso mais extremo, o Piauí, apenas 7% das residências tem o esgoto tratado). O ministério da saúde estima que trezentas mil pessoas por ano são internadas por doenças relacionadas a essa deficiência. Também vale citar que, de acordo com o próprio governo, 38% da água tratada é perdida por vazamentos ou ligações clandestinas.

Outro exemplo? Transporte. Não é segredo que nossas estradas estão na sua maioria saturadas, esburacadas, mal sinalizadas. Considerando rodovias federais, estaduais e municipais, apenas 13% têm asfalto. E já estamos acostumados a pensar que “para ter estrada sem buraco, só privatizando”. Só que a privatização não é privatização. É concessão por tempo determinado, com regras impostas pelo estado, valor do pedágio idem, sujeita à negociações e conchavos por baixo dos panos. E não vamos nem falar de transporte ferroviário, fluvial ou marítimo.

Saúde e educação, óbvio. Nestes casos temos dois sistemas paralelos: o estatal e o privado. Alguma dúvida sobre qual o melhor? Qual é aquele que é objeto de desejo por parte de todos, e qual aquele que só é usado por necessidade e falta de opção? Mas não custa lembrar que tanto a educação quanto a saúde privadas são fortemente reguladas pelo governo. Aliás, seria o caso de perguntar porque os serviços que o próprio governo oferece não passam pelas mesmas exigências que o governo cobra dos serviços particulares.

Como exemplo do “privado mas regulado pelo estado”, temos telefone e internet. Não são estatais, mas vivem à sombra do governo, que diz o que pode, o que não pode e quanto custa. Funciona, está disponível para todos, mas é melhor não ter esperanças sobre bom atendimento e qualidade. Afinal, o governo está a postos para impedir novos concorrentes, com suas licenças e burocracias. Sem concorrência, por que as empresas vão se esforçar?

E livre-mercado, existe? Pode-se dizer que sim, ou quase, em setores como alimentação e vestuário, ítens fundamentais na vida de todos, mas que não causam grandes preocupações justamente por estarem disponíveis e livres das amarras do governo. É verdade que restaurantes são importunados pelos fiscais do governo preocupados em conferir fichas e etiquetas, mas o mercado informal supre as deficiências. Da mesma forma, boa parte do comércio de roupas é informal e livre das fiscalizações estatais, e por isso funciona e atende a todo mundo. Se o lugar-comum do “a iniciativa privada só vai onde os lucros são maiores” fosse verdadeiro, nas pequenas cidades as pessoas estariam famintas e nuas. O que ocorre é o contrário: alimentos e roupas estão disponíveis literalmente em qualquer lugar, até mesmo onde o governo não cumpre suas obrigações.

Em resumo: aquilo que é fornecido “de graça” pelo governo é quase sempre ruim, insuficiente, demorado, quando não é simplesmente inexistente. Aquilo que é fornecido pelo livre mercado é farto, se encontra em qualquer lugar, e tem preços para todos os gostos.

Então por que tanta gente continua idolatrando o governo e querendo que ele tome mais e mais dinheiro de todos em troca de coisas que ele promete mas não faz? Isso eu não sei responder.

DEU NO X

DEU NO X

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

DEU NO X

VIOLANTE PIMENTEL - CENAS DO CAMINHO

A SUPERAÇÃO

Maria, nascida no interior do Rio Grande do Norte, era “aleijada de nascença”, como se dizia antigamente. Não tinha o braço direito nem as duas pernas. Mesmo com dificuldade, Maria aprendeu a se arrastar e andar sozinha, de joelhos, sempre protegidos por trapos, que, com o passar do tempo, foram substituídos por joelheiras. Era a 5ª filha e a única deficiente, de uma prole que chegou a 10 filhos.

Com a mente perfeita e sonhos próprios das crianças , Maria, mesmo contra a vontade da mãe, que temia que ela fosse vítima de discriminação, conseguiu frequentar uma escola particular, em Areia Branca, onde morava, e logo aprendeu a ler. À tarde, quando as amigas chegavam em sua casa, Maria brincava de dar aulas, procurando transmitir para elas, o que havia aprendido na escola. E assim, surgiu sua vocação para o magistério.

Nessa época, o deficiente físico, quase sempre, era marginalizado, sendo um peso morto para a família. Não era aceito para estudar ou trabalhar., e era excluído do convívio social..

Maria se tornou uma moça graciosa, inteligente e desinibida. Tinha uma personalidade muito forte e não aceitava ser discriminada. Logo cedo, demonstrou independência nos seus atos, dentro de casa. Dizia que queria ser professora e iria lutar por esse ideal. Passava as manhãs na escola particular e aproveitava os intervalos para ler cartilhas e livros de Português, Aritmética e Estudos Sociais.

Aos 12 anos, recebeu o certificado do Curso Primário, das mãos do mestre Albertino, dono do Educandário Padre Anchieta, particular, onde tinha passado a estudar. Mas, em Areia Branca não havia Curso Ginasial.

A família, então, mudou-se para Mossoró, para que os filhos fizessem o Curso Ginasial.. Mas Maria não foi aceita em nenhum colégio, por ser deficiente física.

A solução que a família encontrou foi se mudar para Natal, para que Maria realizasse seu sonho de continuar estudando. Maria trazia na bagagem a esperança de dias melhores. Queria estudar e trabalhar. Antes, porém, teria que fazer o Curso Ginasial. Foi aprovada mais de uma vez no Exame de Admissão ao Ginásio, no Colégio Atheneu, mas na hora da matrícula, era preterida, em virtude da sua deficiência física.. Terminou procurando o Secretário da Educação da época, que, comovido com o problema, determinou que sua matrícula fosse aceita.

Sonhava em fazer o Curso Pedagógico e ser professora em um Grupo Escolar. Enquanto isso, em sua residência, dava aulas particulares.

Depois de concluir o Curso Ginasial, Maria matriculou-se na Escola Normal do Estado, para fazer o Curso Pedagógico, e poder ser professora primária.

Quando cursava o 2º ano do Curso Pedagógico, foi editada a Lei nº 2.889, de 11 de janeiro de 1961, que trata da organização do Ensino Normal, que dispunha:

Art.. 21 – Os candidatos a exame de seleção deverão apresentar diploma de conclusão de Curso Ginasial……bem como satisfazer os seguintes requisitos:

a. Sanidade física e mental;

b. Ausência de defeito físico ou distúrbio funcional que contraindique o exercício da função docente;

c. Qualidades pessoais que o recomendem ao Magistério.” (RIO GRANDE DO NORTE, 1961)

Finalmente, chegou o ano de Maria concluir o Curso Pedagógico (1962). Maria foi escolhida a oradora da turma. Estava muito feliz, pois iria receber o tão sonhado diploma do Magistério.

Já perto da formatura, numa certa manhã, a austera Diretora entrou na classe, para perguntar quem gostaria de receber o diploma com seu nome escrito em letras góticas. Maria levantou seu único braço e respondeu:

– Eu, senhora diretora!

A diretora respondeu rispidamente:

– Você não, Maria! Você não receberá o diploma! A sua condição física não permite!

Maria, ofendida e humilhada, não conseguiu segurar as lágrimas. Saiu caminhando de joelhos, como era o seu caminhar, e se dirigiu à casa de uma irmã , que trabalhava no Palácio do Governo. Depois de alguns minutos, as duas foram expor o caso ao Governador, que se comoveu com a “via crucis” de Maria e revogou a decisão da diretora.

Maria recebeu o diploma, mas continuou impedida de lecionar em escolas públicas e privadas, sob a mesma alegação. Era deficiente física. Faltavam-lhe o braço direito e as duas pernas. Só andava de joelhos..

Diante dessa decepção, Maria continuou ensinando particular. Fundou o Externato Santa Terezinha, de sua propriedade, onde era professora e diretora.

Como era muito dinâmica, ainda se formou em Ciências Econômicas, e em 1976, quando houve eleições municipais, Maria se candidatou a vereadora para a Câmara Municipal de Natal, pelo MDB, ficando na primeira suplência.

É lamentável, que essa grande mulher não tenha alcançado os tempos atuais, quando os deficientes físicos contam com a proteção legal, em todos os aspectos. Portadora de uma mente perfeita e uma inteligência privilegiada, Maria foi excluída do exercício do Magistério, por suas limitações físicas. Uma mulher culta, grande oradora e uma excelente professora.

As peculiaridades de caráter físico podem ser consideradas como características pessoais. As barreiras impostas a Maria, pela própria sociedade, não lhe permitiram realizar seu ideal, que era exercer o Magistério em escolas públicas e privadas.

PENINHA - DICA MUSICAL

DEU NO JORNAL

NAS ASAS DA GOL

Enquanto o voo 2062 da Gol taxiava no aeroporto Santos Dumont para a viagem Rio-Brasília, às 8h55 desta segunda (17), os passageiros constatavam como se respeita e como se desrespeita dinheiro público: na pista, dois jatos da FAB aguardavam autoridades tipo Rodrigo Maia, presidente da Câmara.

No voo de carreira, seguia o mais importante ministro de Bolsonaro, Paulo Guedes (Economia), mostrando a deputados folgados como é fácil respeitar quem paga impostos.

Paulo Guedes embarcou sozinho no voo da Gol, sem seguranças ou assessores.

Viajou sem ouvir piadinhas, lorotas, nada.

Em paz.

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Procurado por esta gazeta escrota para comentar o fato, Lula declarou que isso é coisa de ministro de um governo fascista e reacionário.

Quem tem que viajar de avião são os pobres que eu transformei em ricos“, disse o proprietário do PT, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Condenado injustamente e sem qualquer prova, segundo Ceguinho Teimoso.

Procurada pelo JBF, Gleisi Hoffmann, gerente do estabelecimento luleiro, declarou que não podia fazer comentários porque estava ocupada tentando rasgar o furico com o dedo.

De raiva.