DEU NO JORNAL

LULA NO CENTRO DO MUNDO

Leonardo Coutinho

Lula no centro do mundo

O IBGE lançou um novo mapa-múndi. Nele o Brasil está representado no centro do mundo. O produto é mais que uma representação cartográfica. É um diagnóstico psicológico. Sob o lulismo, o Brasil persegue uma relevância que só se explica pela necessidade imanente do líder ser o centro de tudo.

O tal “O Brasil voltou”, nada mais é que Lula voltou. Não se trata de sinônimos, mas de uma dissimulação. Fica meio feio louvar o líder como uma espécie de Sol do sistema político internacional, então fica melhor pegar emprestado o nome do país.

Embora a Secom, que comanda a propaganda do governo, já tenha estampado o rosto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o sol nascente, a sutileza do IBGE e do Itamaraty tendem a ser mais eficientes.

Lá nos seus dois primeiros mandatos, Lula tentou ensinar para os Estados Unidos como resolver as crises com o Irã. Também se apresentou para acabar com a fome do mundo. Também se alistou em uma série de frentes para redesenhar a ordem global. Lula sonhou com um Nobel da Paz e aspirava ser Secretário-Geral da ONU.

Desde o início deste seu terceiro mandato, já tentou colocar um fim na guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, tentando convencer os ucranianos a se renderem e pararem de encher o saco do companheiro Putin. Também se apresentou para mediar a guerra em Gaza e posou de pacificador na disputa em que Nicolás Maduro tenta anexar quase metade do território da Guiana.

Em nenhum dos eventos, em que Lula se apresentou como estrela pacificadora, ele de fato tem algum poder ou influência. É mais ou menos como a alegoria do novo mapa-múndi do IBGE. O Brasil está no centro porque pensa que está.

A cartografia é por sinal uma abstração. No século XVI, o jesuíta Matteo Ricci mostrou aos chineses um mapa super atualizado, que já incluía as conquistas das Américas. Seus interlocutores ficaram extasiados com a vastidão do mundo, mas se molestaram com o fato de a China estar escanteada, no cantinho superior direito, como estamos acostumados a ver nas projeções mais populares.

Ricci, que além de ser um missionário aplicado era um exímio cartógrafo, providenciou uma adaptação que condissesse com o sentimento chinês de que eles eram o “império do meio”. Em 1602, e entregou aos chineses uma obra prima que reposicionava os continentes de maneira que a China estivesse onde o império acreditava que deveria estar.

O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, não é o novo Matteo Ricci. Longe disso. O seu mapa com o Brasil no centro não tem nada a ver com aculturação, soft power ou muito menos inteligência cultural. É idolatria ao chefe. Volto a dizer. O que está no centro do mapa não é o Brasil. É Lula.

O mapa-múndi, assim como o novo Atlas do IBGE, trazem marcas próprias do modo petista de ver o mundo.

As Ilhas Malvinas, grafadas assim como gostam os argentinos, vêm acompanhadas por um (ARG) sob o seu nome. Para o IBGE, o PT e Lula, o fato de as ilhas Falklands serem ocupadas pelos britânicos desde 1833 é irrelevante.

Outro detalhe chama atenção. O IBGE entende que Taiwan não é um país. Nas representações na nova edição do Atlas, a Ilha é da China é ponto final. É demarcada como parte e não tem tratamento como país. A posição está em consonância com o Itamaraty que se refere a Taiwan, como “Taipei Chinês”. O Brasil não tem relações diplomáticas com os taiwaneses. Mantém uma representação comercial com funções consulares para atender os brasileiros por lá.

O mapa petista destaca o “Estado da Palestina”, embora o tal “estado” seja uma abstração. Nem todos os países reconhecem o status de Estado dos palestinos. O Brasil está na lista daqueles que sim, mas, muito embora o faça, jamais abriu uma embaixada por lá. A razão é simples. Reconhecer é fácil, fazer acontecer é difícil. Como Estado, a Palestina é um projeto que grupos terroristas como o Hamas impedem de acontecer. Mas essa história é longa e não cabe aqui.

O mapinha petista não tem nada demais e não vai mudar nada na forma como o mundo nos vê e como nos vemos como brasileiros. Os asseclas de Lula festejam, os críticos criticam e a maioria ignora como tem que ignorar.

Ao final das contas, trata-se apenas de uma alegoria. Uma metáfora sobre adoração, bajulação e uma pitada de jequice.

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SIMPLES ASSIM

O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) acusa fake news de Lula após o petista dizer que a economia voltou a crescer.

“A única coisa que voltou a crescer foi a rejeição do descondenado”, disse ele.

* * *

Como o Ladrão Descondenado é o maior mentiroso da republiqueta banânica, então é muito fácil a gente tirar conclusão de tudo que ele fala.

Se diz uma coisa, a verdade é outra.

Simples assim.

O que realmente voltou a crescer não foi a economia: foi a inflação.

Tá na cara, tá escancarado.

Nem a tropa que faz o “L” consegue desmentir isso.

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O DIA-A-DIA DO “DERROTADO”

Desta vez foi em João Pessoa, Paraíba, que parou para acompanhar visita de Jair Bolsonaro.

O ex-presidente foi ovacionado enquanto passeava pelo Mercado de Mangabeira, na sexta (12).

* * *

E é assim que acontece em todo lugar que ele chega.

Num é invenção: é a realidade.

É só acompanhar nas redes sociais, porque na imprensa não sai: a militância das redações não publica de jeito nenhum!!!

Multidões nas ruas, sem mortadela ou um trocadinho em dinheiro.

Isso acontece de norte a sul, de leste a oeste.

Em Porto Alegre ou em João Pessoa.

E ele sem seguranças ou carro blindado. 

Desmentir, quem há de?

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É A VOLTA DO AMOR

É certa a derrubada do veto do presidente ao fim das saidinhas, diz o deputado Sanderson (PL-RS):

“Se [Lula] usasse essa energia toda para enfrentar o narcotráfico e a corrupção, o Brasil certamente seria o paraíso na terra”.

* * *

É mais fácil a gente ver um elefante avuando pelos ares do que ver o Ladrão Descondenado combatendo narcotráfico e corrupção.

Ôxe, num espere  nunca por isso!

Essa é a republiqueta banânico-petralha que foi implantada neste pobre país.

O amor voltou!

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TUDO CALADINHO

Onze dias se passaram e até agora o governo mantém constrangedor silêncio sobre o filho de Lula acusado de espancar a ex-mulher.

Nem o presidente e nem a falante primeira-dama, ou qualquer das estridentes deputadas do PT, tampouco a Comissão de “Defesa da Mulher” da Câmara, presidida pela deputada Ana Pimentel (PT-M).

Ninguém. Silêncio total até mesmo de repórteres que não incomodam suas excelências com perguntas, mantendo o caso longe das manchetes.

Medida protetiva da Justiça proíbe que Luiz Cláudio se aproxime da ex-mulher, mas não proíbe que se fale sobre o assunto, nem que o noticie.

Esta semana, a deputada Ana Pimentel se recusou a incluir na pauta da Comissão de “Defesa da Mulher” até uma simples moção de repúdio à agressão.

A mulher que denunciou as agressões já prestou depoimento.

Espera-se que o acusado não receba o tratamento de inimputável que lhe é familiar.

* * *

A lulo-petezada tá caladinha.

Tudo de cu trancado.

A expressão “o tratamento de inimputável que lhe é familiar”, se referindo ao filhote agressor, resume tudo.

Tá tudo dito aí.

E já que falaram em “inumputável”, encerro a postagem com um expressão bem educada.

Puta que pariu!!!

Que país da porra é esse nosso???

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UM INEFICIENTE IMPOSTO IDEOLÓGICO

Editorial Gazeta do Povo

Fernando Haddad, ministro da Fazenda: “Só estamos pagando R$ 700 bilhões de juros porque estamos pagando R$ 600 bilhões de renúncia”.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Lula, o PT e alguns partidos que os apoiam têm verdadeira obsessão em aumentar tributos, de forma geral, e tentar o tempo todo elevar a tributação sobre os ricos e sobre heranças, de forma particular. A questão tributária começa com a origem do Estado e do governo. A criação e a operação de superestruturas complexas, dotadas de poder e funções executivas, derivam da necessidade de fornecer segurança e proteção contra fontes de sofrimento que superam a capacidade individual de enfrentamento e solução, como é o caso de agressões externas, segurança interna, catástrofes naturais, epidemias, pandemias etc. Adicionalmente, a experiência da vida em sociedade, sobretudo em regime de paz e liberdade, levou à necessidade de um conjunto de regras de convivência e de relação entre os indivíduos. De forma simples, a existência de problemas e demandas coletivas está na base da criação de estruturas coletivas, especialmente o Estado e o governo.

Assim, além de outras providências, tornou-se necessária a aprovação, pelos membros da comunidade, de um estatuto geral sobre a organização do país, sua estrutura territorial, os direitos e deveres individuais, as normas de conduta e as punições para suas violações. Em uma sociedade politicamente organizada, cabe ao Estado e seu braço executivo, o governo, liderar o disciplinamento e a fiscalização das relações entre os indivíduos e destes com as organizações econômicas e sociais e, inclusive, das relações com os próprios órgãos de governo, além da provisão de determinados serviços públicos.

De forma simplificada, pode-se dizer que a convivência entre os indivíduos que habitam um país e suas relações de produção, trocas, negócios e atividades de diversas naturezas impõem a existência da estrutura estatal com seus órgãos governamentais, suas funções e obrigações. Assim, cabe à população e às entidades econômicas e sociais o financiamento dos custos da estrutura estatal e dos serviços coletivos deixados a cargo dessa entidade coletiva, o Estado, o que se faz por meio do pagamento de impostos.

As dificuldades começam quando a sociedade tem de decidir o que, como e quanto tributar. A solução encontrada foi impor a extração de uma parte dos valores obtidos pela nação em forma de produção, renda, propriedade e consumo. Esse é o sentido geral do sistema tributário; porém, em várias partes do mundo, o governo foi complicando e distorcendo a ideia inicial em tal magnitude que acabou com a construção de um emaranhado de normas, processos, tipos de tributos, centenas de alíquotas e exceções à regra geral de tal ordem que levou o sistema a se tornar uma gigantesca insanidade, popularmente chamada de “manicômio tributário”.

Um tema que nunca sai de moda nos governos de esquerda é o imposto sobre grandes fortunas (IGF), geralmente proposto sob o argumento de fazer justiça social e melhorar a distribuição de renda pela retirada de dinheiro dos ricos para transferi-lo aos pobres. O argumento é brandido para soar como forma de reduzir o sofrimento das camadas de baixa renda. O problema é que esse argumento é falso pela simples razão de que, na prática, não funciona assim desde que surgiu o imposto de renda, nos Estados Unidos, em 1913, copiado pelo Brasil em 1922, no governo do presidente Artur Bernardes. Por aqui, o Imposto de Renda passou a ser cobrado a partir de 1924 com alíquotas entre 8% e 20%. Na época, a justificativa era a de que esse imposto iria para programas de saúde, educação e desenvolvimento urbano, e seria cobrado com taxas mais altas sobre as rendas mais altas.

No caso do IGF, além de não haver qualquer garantia de que o dinheiro beneficiará os pobres, esse imposto já provou ser ruim e portador de vários defeitos, a começar pela ideia disseminada pela esquerda de que acumular patrimônio e enriquecer é ruim para o país; logo, é algo a ser evitado via tributação, que é um nome bonito para “tomar o patrimônio dos outros”. Os países ricos somente geram milhões de empregos e milhões de negócios em função da pujança de sua economia e suas empresas; tal pujança existe justamente porque acumularam capitais e um gigantesco volume de propriedades pertencentes às famílias.

Nas sociedades abertas e fundadas na liberdade individual, o direito de propriedade tem base no direito do indivíduo de apropriar-se livremente dos frutos de seu trabalho, desde que realizado com respeito às leis e às regras do mercado. Ademais, todo patrimônio acumulado é realizado em um processo econômico tributado em todas as suas fases e etapas. No Brasil, a lista de tributos diretos e indiretos sobre investimentos, produção, trabalho, comércio, lucros e outras rendas é tão extensa que o patrimônio acumulado por pessoas é uma fração de todo o sistema produtivo. Além disso, deve-se ter em conta que os patrimônios acumulados em geral são aplicados em atividades que repetem o ciclo de gerar produto, renda, emprego e impostos, sobretudo porque a propriedade que não seja colocada a serviço do sistema produtivo termina por fenecer e levar seu proprietário ao definhamento econômico.

Outro defeito do IGF é ser um imposto cujos resultados vão sempre no sentido contrário do argumento que sustenta sua criação, sendo o mais grave de tais resultados a fuga de capitais. A cada discurso sobre a criação de tributos sobre patrimônio, sejam grandes fortunas ou não, e a cada proposta de lei no Congresso Nacional para instituir tal tributação, a fuga de capitais começa sua trajetória e, mesmo antes de ser aprovado, o IGF já causa mal à economia nacional. Some-se a tudo isso o fato de que ninguém sabe exatamente o que significa “grande fortuna”, acabando que o tributo seja apenas aquele desejado pelo governo e por seus apoiadores no parlamento e na sociedade – o que inclui CUT, MST, sindicatos e outros tantos movimentos que dizem representar os pobres da nação.

Trata-se de um imposto ideológico, movido por raiva dos ricos e não por teorias econômicas minimamente sensatas. No fundo, é uma proposta que segue a receita do ideólogo comunista italiano Antônio Gramsci, que orientava os comunistas a desistirem da ideia de acabar com a propriedade privada, mas ir tomando cada vez mais frações dela por meio da tributação. A carga tributária efetivamente ingressada nos cofres públicos anualmente está na faixa de 34% do Produto Interno Bruto (PIB), mas os gastos do setor público consolidado (incluindo o resultado primário e os juros nominais da dívida pública) em 2023 foram de 42,9% do PIB – isto é, os gastos superaram a arrecadação em R$ 967,4 bilhões (8,90% do PIB). Ora, se uma carga tributária elevada e gastos públicos perto de metade da renda nacional fossem a solução da pobreza, o Brasil já teria enriquecido há muito tempo.

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