ALEXANDRE GARCIA

AS COISAS SERIAM MAIS FÁCEIS COM UM PRESIDENTE QUE FALASSE INGLÊS, E NÃO VULGARIDADES

Primeiro o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, depois, mais tarde, o próprio presidente, Donald Trump, confirmaram que, sim, está valendo o prazo para início da vigência das novas tarifas a partir de 1º de agosto, que está cada vez mais perto.

Há um grupo de senadores em Washington para negociar, mas parece que eles não agendaram qualquer reunião. Não vai adiantar nada. Estão totalmente desinformados do que está acontecendo. Será que algum deles fala inglês? Bom, eles são da Comissão de Relações Exteriores do Senado, portanto, imagino que todos falem inglês.

Se tivéssemos como presidente alguém como Fernando Henrique Cardoso, que fala inglês, talvez as coisas fossem mais fáceis. Além de falar inglês, eu nunca vi FHC dizer alguma vulgaridade em público.

Já Lula começou lá atrás, chamando Trump de “a nova face do nazifascismo”. Meu Deus, falar isso? E agora ele retira o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, que é a aliança que combate o antissemitismo. Ou seja, agora nós somos praticantes do antissemitismo? Brasil contra Israel. Lembrando que foi um brasileiro, Oswaldo Aranha, quem propiciou a criação do Estado de Israel na ONU.

Como é que Lula quer negociar? Na sexta-feira (25), disse que ninguém nos Estados Unidos quer falar com o vice-presidente, Geraldo Alckmin. O Alckmin disse dias antes que tinha conversado durante 50 minutos com o secretário de Comércio americano. Será que ele não fala com o Alckmin, para dizer uma coisa dessas? Só que o Alckmin realmente não conseguiu nada, porque maktub: já estava escrito.

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Trump fecha acordos com países que se dispuseram a negociar

No domingo (27), Trump e a Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, anunciaram que a alíquota para a União Europeia não será de 30%, mas de 15%, porque o bloco econômico se compromete a investir nos Estados Unidos US$ 600 bilhões.

Trump também fez acordo com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, esquerdista, mas que não foi para aquela reunião de esquerda no Chile, preferiu ficar conversando com o Trump, e conseguiu tirar a tarifa toda que havia sido anunciada para seu país, com o compromisso de não deixar passar drogas e nem imigrantes ilegais, na fronteira entre os dois países.

Fechou com o Japão, está negociando com a China, com a Índia, Tailândia, Paquistão, etc. Só que Brasil não, né? No Brasil o presidente só quer brigar com Trump.

Dois terços do que os Estados Unidos gastam em um dia nas Forças Armadas dá um ano de orçamento das três Forças Armadas aqui no Brasil, mais o Ministério da Defesa. Eu não estou dizendo que possa haver guerra, mas só para mostrar a diferença de proporção entre os países.

O estado mais atrasado dos Estados Unidos tem um Produto Interno Bruto (PIB) maior deque o Brasil inteiro. Então, a pessoa tem que se dar conta de que não é o Trump que tem que vir pedir negociação. Ele é que deveria ter ido pedir negociação, como fizeram todos.

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Querem tornar Nikolas Ferreira inelegível

Outra coisa que eu queria falar é sobre essa história do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e dos deputados estaduais mineiros Bruno Engler, Coronel Cláudia e Delegada Sheila. Na Justiça Eleitoral, foi aceita uma denúncia contra eles por suposta disseminação de informações falsas contra o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman.

Querem deixar o Nikolas ineligível. Mas eu estive lendo sobre o caso e acho que é impossível condená-lo, porque o que eles divulgaram está escrito em um livro do Fuad, que morreu em março deste ano. Estão lá no livro as histórias, uma coisa meio estranha sobre atos libidinosos envolvendo menores.

A defesa do ex-prefeito diz que o livro é de ficção, mas eles argumentaram que está se induzindo a algo. Eu acho que não vale condenação. E, além de tudo, o Nikolas, como parlamentar, tem inviolabilidade, que não é respeitada, mas que está na Constituição, e a gente tem que insistir com isso.

DEU NO JORNAL

COMENTÁRIO DO LEITOR

NAU DE INSENSATOS

Comentário sobre a postagem ATÉ TU MADURO?

Roque Nunes:

Meu Caro Assuero.

Apesar de seu belo escrito, você está equivocado.

Não precisamos buscar alternativas para o comércio.

A alternativa mais sensata para esta nau de loucos é pedir os espelhinhos, as miçangas, os colares de pechisbeque de volta para os índios, montar novas caravelas e ir embora.

Parodiando Benito Mussolini, governar o Brasil não é difícil. É inútil!

Eu nunca vi um país se autossabotar tanto, em todos esses anos de história.

Nosso futuro não está aqui, mas nos continentes originários.

É deixar esta imensidão de terra para os bugres e ir embora.

Não tem como esta nau de insensatos dar certo.

XICO COM X, BIZERRA COM I

PASÁRGADA: TERRA DE BANDEIRA E DE OUTROS ANJOS

Um anjo torto, mas diferente desses que vivem nas sombras, mora em Pasárgada e, sabedor do meu desejo de ir até lá, avisou-me de uma pedra que havia no caminho. Não me importei. Meu desejo de ir é muito maior que qualquer dificuldade. Valerá a pena. Lá chegando, nem precisarei invocar Joana, a louca da Espanha; se preciso for, chamarei, por mãe-d’água para me contar as histórias do meu tempo de menino, dos tempos de Rosa. Tudo farei para que a água dali seja suficiente para furar a pedra e deixar o caminho tal e qual as estradas da Pasárgada sonhada, onde não existe a vontade de se matar, onde as pedras são pequeninas, quase grãos. Onde todos são apenas Carlos, alguns Manoéis e Joões, outros Gonçalves e Vinícius.

À Beira do Rio

Sei que ao chegar, esquecerei tudo e tomarei banho de mar, comerei peixe e tomarei cerveja com amigos que estarão. Quando cansar, deitarei à beira do rio, ao lado do meu amor, e em seu louvor hei de espalhar meu canto, rir meu riso e, se for o caso, derramar meu pranto. E lhe direi do meu amor, que não sendo imortal, posto que é chama, será infinito enquanto dure. E, ao final do dia, quando se cuidar, já serão 6 horas … Nessa hora, a lua estará pendurada num céu meio alaranjado e me fará voltar a ser novamente o simples Xico, o meio Severino que sempre fui, mesmo tendo outro nome de pia, filho de Myrthes e Afrânio, neto do Professor Bezerra, alegre, triste, choroso e sorridente, mas sempre ciente de que dali distante ratos e baratas enferrujam no quintal esquecidos entre os pés de erva-cidreira.

Me Avexo, Sim!

Melhor se avexar, superar as pedras e chegar em Pasárgada antes das seis, que lá ainda não há luz elétrica … Importa chegar: não permita Deus que eu morra sem que eu volte para lá, sentar-me à mesa dos Poetas e deles respirar as mais belas palavras. Aí, estarei feliz, ainda que o rei durma, simplesmente porque lá sou amigo de Bandeira, de João Cabral, de Vinícius, de Gonçalves Dias. Pode perguntar a Drumond …

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DEU NO X

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

DEU NO JORNAL

POR QUE NÃO SOU DE ESQUERDA

Roberto Motta

O esquerdismo, socialismo ou “progressismo” é um equívoco moral e lógico, um instrumento de violência e opressão, e uma armadilha emocional e intelectual, glamourizada

Eu repito: o fascismo e as ditaduras militares não são apenas o destino provável de todas as sociedades comunistas – especialmente quando as populações se revoltam. O comunismo é, em si mesmo, o tipo mais bem-sucedido de fascismo. Fascismo com uma máscara humana. (Susan Sontag)

“Direita” e “esquerda” são termos usados para designar formas diferentes de enxergar a relação entre pessoas e o Estado. Quem é “de esquerda” subscreve ao mesmo conjunto obrigatório de crenças. Já na direita encontra-se uma grande variedade de pontos de vista (conservador, liberal, libertário); o que une as correntes políticas da direita é o repúdio comum ao ideário esquerdista. Tudo começa com as ideias.

Não sou de esquerda porque essa posição ideológica é baseada em três crenças equivocadas. Esquerdistas acreditam que totalitarismo produz liberdade, que a distribuição da riqueza é mais importante que sua criação e que o Estado deve dirigir nossas vidas nos mínimos detalhes.

Essas crenças são a base do comunismo e do socialismo, que são a mesma coisa: sistemas filosóficos, morais e políticos mórbidos, usados por psicopatas e aventureiros para transformar o ser humano em um farrapo corroído por fome, miséria e degradação. Esse é o resumo breve do que é “esquerda”.

Faltou dizer que a esquerda sempre contou com o apoio dos intelectuais e, por isso, tem um marketing incomparável. Foi assim que uma ideologia totalitária, violenta e empobrecedora se tornou promotora da “justiça social” (uma construção ideológica sem qualquer sentido lógico ou moral) e ganhou o apelido de “progressista”. Mas todos os regimes comunistas da história foram ditaduras. Todos foram regressistas. Não há uma única exceção. Opositores são perseguidos, processados, presos, torturados e mortos. Os países são cercados de muros para que ninguém escape.

Apesar disso, o comunismo ainda é apresentado como o regime da solidariedade e do amor, onde “cada um dá o que pode e recebe o que precisa”. Essa mentira assombrosa é divulgada nas universidades, na filosofia, nas artes plásticas, na literatura, na arquitetura, no teatro, no cinema e na TV como verdade. Livros escolares usados por nossos filhos plantam, em mentes imaturas, uma ideia que significará, para muitos, uma vida de frustração, revolta vazia, vício e pobreza.

Escolas de Direito doutrinam futuros magistrados, promotores e defensores públicos no ódio ao capitalismo e à prosperidade, e na promoção de um Estado intervencionista, autoritário e onipresente.

O esquerdismo, socialismo ou “progressismo” é um equívoco moral e lógico, um instrumento de violência e opressão, e uma armadilha emocional e intelectual, glamourizada, divulgada e promovida pelos segmentos mais influentes e charmosos da sociedade.

Quem paga o preço disso são os que não podem se informar ou se defender. Como disse Theodore Dalrymple, “os pobres colhem o que os intelectuais semeiam”.

E é por isso que eu não sou de esquerda.

PENINHA - DICA MUSICAL

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

SONETO DE INDAGAÇÃO – Arthur Eduardo Benevides

Será tarde, Senhora, será tarde?
A vida, igual ao dia, encontra ocaso.
Termina, pouco a pouco, o nosso prazo
E o frio olhar da morte já nos carde.

Que tua luz me salve ou me resguarde.
Tuas chamas me queimam. Já me abraso.
Estamos bem além de um simples caso.
A alma, outrora errante, em ânsias arde.

Tenho estranho fulgor de adolescência,
Mas, ao notar que tudo pede urgência,
Sinto que amar me traz um certo alarde.

E ao ver o tempo inexorável, lento,
Escravo de teu grande encantamento
Aflito te pergunto – será tarde?

Arthur Eduardo Benevides, Pacatuba-CE, (1923-2014)

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