DEU NO X

LAUDEIR ÂNGELO - A CACETADA DO DIA

DEU NO JORNAL

UMA PARELHA DE LADRÕES BANÂNICOS

Ao anular sentenças da Lava Jato, a Justiça reduziu em 40 anos e seis meses as penas de Sérgio Cabral, aquele que confessou ser viciado em roubar dinheiro público.

Só falta ser descondenado, como outros ladrões.

* * *

Ao ler essa nota aí de cima, na qual está escrita a palavra “descondenado”, me lembrei de um vídeo de algum tempo atrás.

Vamos relembrar:

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COMENTÁRIO DO LEITOR

RODRIGO CONSTANTINO

RAIVA É O “ESTADO DA UNIÃO”

Joe Biden defendeu o aborto, criticou o porte de armas e falou sobre as guerras

Joe Biden defendeu o aborto, criticou o porte de armas e falou sobre as guerras

Sou fã da América, mas não gosto nada do “State of the Union”, um momento em que o presidente é tratado como uma espécie de monarca iluminado a ser reverenciado pelo Parlamento. Em ano eleitoral, então, o troço vira pura campanha partidária. É para falar do “estado da União”, mas o resultado é fomentar mais divisão de olho nos votos.

O discurso de Joe Biden nesta quinta foi raivoso. Para tentar demonstrar “energia” e rebater as acusações de que está velho demais e quase senil para o cargo, o presidente exagerou no tom. Era para falar da América, e começou o discurso falando da Ucrânia, talvez para comparar seu adversário a Trump, o que é absurdo.

Em seguida, Biden enalteceu a “liberdade reprodutiva”, ou seja, o aborto, citando casos de mulheres que tiveram de mudar de estado para “resolver o problema” ou buscar “tratamento”, i.e., eliminar o bebê indesejado em gestação. Será que acender vela para o movimento feminista radical é uma boa estratégia para unir a nação?

Biden atacou Trump o tempo todo, de forma indireta. Referia-se a ele como “meu antecessor”, mencionou a pandemia para alegar que Trump falhou em sua missão básica de “proteger” o povo, e citou o 6 de janeiro para alertar sobre uma suposta ameaça golpista contra a democracia. “Nosso país não aceita violência política”, disse Biden, ignorando os movimentos esquerdistas violentos ligados ao Partido Democrata.

“É preciso amar a nação quando perde a eleição também”, afirmou numa tirada razoável, ainda que hipócrita. É justamente a turma democrata que tende a cuspir no legado americano o tempo todo, tratar a América como um rastro de opressão por supremacistas brancos, derrubar estátuas dos “pais fundadores”, e ameaçar sair do país se Trump vencer. Obama dizia que desejava mudar “fundamentalmente” a América. Quem ama quer alterar a essência da coisa amada?

A América é uma grande nação, e não faz muito tempo era possível “atravessar o corredor” e buscar denominadores comuns entre os partidos. Os democratas moderados e os republicanos moderados representavam a possibilidade de diálogo e consenso sobre temas mais relevantes. Mas houve uma radicalização no Partido Democrata, a demonização de seus adversários pintados como “fascistas”, e a instrumentalização do Estado para persegui-los. Trump é a resposta a tudo isso.

O “estado da União” é claramente de raiva. A polarização não é o problema em si, mas sim a tentativa de rejeitar cerca de metade do povo como “deploráveis”. As pautas extremistas abraçadas pelos democratas mainstream demonstram como eles se tornaram reféns da base radical, que chega a defender até o Hamas contra Israel. Biden precisa acenar para essa gente insana. E isso tem feito muito mal ao seu governo e também sua popularidade. Tentar gritar num arroubo “enérgico” não vai mudar isso. As chances de Trump voltar à Casa Branca aumentam a cada dia. Tem até democrata jogando a toalha já. Aguardemos…

CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

DEU NO JORNAL

ELEIÇÃO NA VENEZUELA É FRAUDULENTA ATÉ NA DATA

Guilherme Macalossi

Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Na ânsia de forçar a legitimação da eleição geral da Venezuela, cuja viabilidade continua incerta, Lula voltou a relativizar o regime ditatorial de seu amigo Nicolás Maduro. O presidente brasileiro quer um voto de confiança para um regime acusado pela comunidade internacional de não apenas fraudar resultados para permanecer no poder, mas também de perseguir sistematicamente os integrantes da oposição.

Figuras como Juan Guaidó, Leopoldo López, Henrique Caprilles e María Corina Machado são tratados como verdadeiros inimigos do Estado, tendo seus direitos políticos cassados por decisões arbitrárias de um sistema jurídico dominado desde a base pelo bolivarianismo. São líderes de um movimento exercido de forma quase clandestina, sempre sob a sombra da repressão brutal dos órgãos oficias e também das milícias, que agem de forma livre, mas com a anuência do Palácio de Miraflores.

Ao comentar a situação no país vizinho, Lula aproveitou para desdenhar dos opositores venezuelanos, inclusive fazendo uma observação inequivocamente misógina sobre Corina Machado. Comparou sua condição de inelegibilidade na eleição de 2018 com a dela em 2024. “Ao invés de ficar chorando, eu indiquei um outro candidato e disputou as eleições”. A fala é indecorosa tanto do ponto de vista moral quanto histórico.

O quão progressista é atacar uma mulher para defender um regime autoritário e essencialmente militar? Outros líderes latino-americanos insuspeitos de serem de esquerda já condenaram abertamente Maduro e o qualificaram como o que é: um ditador. É o caso de Gabriel Boric, presidente do Chile, e de Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai. Ambos têm uma visão mais arejada e ampla de democracia do que o colega brasileiro, que a deturpa em nome de seu viés ideológico.

Em sua conta no X, Corina Marchado deu uma contundente resposta a Lula. “O senhor está validando os atropelos de um autocrata que viola a Constituição e o Acordo de Barbados, que o senhor diz apoiar”. O petista tenta posar de ator isento na costura de um acordo para a realização da eleição na Venezuela, mas o teor de suas falas ressalta o laço político histórico que possui com Maduro, bem como a simpatia pessoal que nutre por ele. Uma posição que enfraquece o Brasil como líder regional.

A repressão política do regime bolivariano não para de ganhar força. Segundo a ONG humanitária Provea, 36 líderes oposicionistas conhecidos foram presos desde o início de 2024. Maduro também determinou a expulsão dos membros do Comissionado das Nações Unidas para Direitos Humanos sob a alegação de que representaria interesses “colonialistas”. Esse é o país que Lula diz que receberá observadores internacionais para monitorar as votações.

Se ocorrer, a eleição presidencial venezuelana deve ser em 28 de julho, data de aniversário de ninguém menos que Hugo Chávez. A corrupção do processo já nasce sob o auspício do personalismo místico, com a ditadura segregando todas as alternativas e contando com o petista como fiador internacional. Não há presunção de inocência possível para quem já é culpado na véspera.

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