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CONFORME O REGULAMENTO

Lula (PT) é tão desinformado sobre grupos criminosos no Rio de Janeiro que nem sequer percebe que está em curso uma autêntica “guerra civil” deflagrada por gangues como “Comando Vermelho” contra o Estado que ele chefia.

Especialistas em segurança como o ex-capitão do Bope Rodrigo Pimentel, roteirista do filme “Tropa de Elite”, alertam que não é mais briga por pontos de venda de drogas, é guerra pelo controle de territórios. As facções dominam e passam a governar essas localidades.

Pimentel advertiu que o controle territorial não se limita às favelas do Rio e chegou a cidades do Ceará e Bahia, curiosamente governados pelo PT.

Ao mobilizar 2,5 mil policiais contra o “CV”, forças de segurança do Rio representam a resistência do Estado ao avanço dos narcoterroristas.

Lula recusou ajuda dos Estados Unidos para combater narcoterroristas para não tachar dessa maneira aqueles traficantes que prefere vitimizar.

Se Lula não quer melindrar traficantes, o Javier Milei decidiu incluir PCC e CV no registro do Repet, lista de quem se dedica a atos de terrorismo.

* * *

Não há novidade alguma nesta notícia.

Já sabemos muito bem como se comporta o descondenado que comanda este país relativamente aos cumpanhêros.

Tudo dentro da normalidade.

Agiu conforme o regulamento lulo-petralha.

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O DIA DA QUEDA: TESTEMUNHO DE QUEM VIU O QUE O NARCOTERRORISMO FEZ COM O RIO

Roberto Motta

Operação contra o Comando Vermelho já é a mais letal da história do Rio de Janeiro

Desde que a ADPF 635 proibiu operações policiais nas comunidades do Rio de Janeiro – uma proibição que durou cinco anos – a polícia carioca vem avisando que as consequências seriam a consolidação do domínio territorial do narcotráfico e seu fortalecimento bélico, e que o custo da retomada dos territórios seria imenso. Essa previsão começou a ser confirmada nessa terça-feira, 28 de outubro de 2025.

A polícia realizou uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão nos complexos de favelas da Penha e do Alemão. A reação do tráfico resultou em quatro policiais assassinados. Mais de uma centena de fuzis foram apreendidos e dezenas de criminosos foram mortos ao enfrentar a polícia.

A cidade estremeceu de medo. Cariocas voltaram mais cedo para casa, assustados com o toque de recolher imposto pela facção. Ônibus foram usados como barricadas para fechar vias estratégicas. Criminosos ameaçaram bloquear a ponte Rio-Niterói. Pais correram para buscar os filhos quando as escolas interromperam as aulas.

Um amigo ficou ilhado com a família em Arraial do Cabo, porque a companhia de ônibus suspendeu as viagens e a venda de passagens. Outro, ao chegar ao hospital para uma internação programada, foi informado de que haveria grande atraso devido à falta de funcionários, que não conseguiram chegar ao trabalho. Por toda a cidade, inclusive nas áreas turísticas da zona sul, lojas, bares, restaurantes e farmácias fecharam as portas antes das oito da noite.

O pânico se espalhou por telefonemas e mensagens. Em um prédio residencial da zona sul, o síndico suspendeu entregas de delivery, depois de receber uma informação de que uma facção iria “invadir o Leblon”.

O nome disso é terrorismo. Há facções narcoterroristas operando no Brasil. Só no estado do Rio elas dominam mais de 1.400 comunidades.

O governo de Donald Trump declarou guerra aos cartéis. Na guerra, o objetivo é destruir a capacidade de luta do inimigo. É isso que as forças americanas estão fazendo no mar do Caribe, explodindo barcos de transporte de droga. O governo brasileiro protestou, e aproveitou para classificar os traficantes como “vítimas” dos usuários. Mas é provável que o governo saiba muito bem o que fazem as facções do tráfico, assim como sabem os juristas que, sob as mais diversas teses e desculpas, produziram decisões – como a ADPF 635 – que trouxeram o Rio de Janeiro a esse estado inconstitucional de medo.

O desafio que o tráfico impõe é claro: ou ele é vencido ou nos dominará. Essa provocação tem sido ignorada pelos tribunais superiores – por uma mistura de política com justiça – pelo Congresso Nacional – com indiferença que beira o deboche – e pelo governo federal do PT, por cegueira ideológica, obsessão com narrativas e razões ocultas que só o tempo esclarecerá.

Terrorismo não é um problema dos estados da federação; enfrentá-lo é responsabilidade da União. Um governo federal que não impede a entrada de drogas e armas, nem tem o domínio do território, é um tigre de papel. Os traficantes sabem disso.

O enfrentamento do narcoterror deveria ser prioridade das forças de segurança, inclusive das forças armadas. Se a doutrina não permite isso, que a doutrina seja alterada. Um país que não exerce soberania sobre territórios em suas maiores cidades, não conseguirá defender fronteiras, ou a integridade das instituições. Um país vencido por dentro cairá sozinho, sem que seja preciso uma guerra externa.

A verdadeira guerra já está sendo travada nas ruas, e a polícia está combatendo sozinha.

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MAURINO JÚNIOR - SEM CRÔNICAS

A VERGONHA LÚCIDA DOS QUE AINDA AMAM O BRASIL

Há uma vergonha que não vem da covardia, mas da lucidez. Uma vergonha que não é a negação da pátria, e sim o desgosto de quem a enxerga por inteiro — sem filtros, sem slogans, sem o truque sentimental barato do verde-amarelismo de ocasião. É a vergonha de quem ama o Brasil, mas não suporta mais vê-lo desmentir-se todos os dias com a pontualidade de um relógio suíço e a desfaçatez de um carnaval fora de época.

Há uma vergonha que não nasce do ódio, mas do amor.

É a vergonha dos lúcidos, dos que ainda enxergam beleza onde a maioria vê apenas lama. A vergonha de ser brasileiro não é vergonha da terra, do povo, da língua ou da música — é a vergonha de ver um país tão vasto em talento e alma ser conduzido por mentes tão pequenas.

É a vergonha de quem observa, com o olhar cansado, a transformação do discurso público em feira de vaidades, em teatro grotesco, onde se confundem humor e cinismo, simplicidade e ignorância, carisma e demagogia.

Enquanto o Brasil pulsa sob um sol de ouro e música, lá em cima, nos palcos do poder, encena-se a tragédia da mediocridade: o riso fácil, o discurso vulgar, a piada de boteco disfarçada de diplomacia. E quem pensa, quem sente, quem ainda exige grandeza — se recolhe envergonhado, não por ser brasileiro, mas por ser brasileiro demais para suportar o rebaixamento constante do espírito nacional.

Essa vergonha não é covarde; é o contrário. É o eco de um amor não correspondido.

É o grito silencioso dos que sabem que o Brasil podia ser imenso — culturalmente, moralmente, espiritualmente — e, no entanto, insiste em tropeçar nas próprias sandálias, rindo da própria ruína.

Mas há algo de nobre nessa vergonha. Porque ela é o último sinal de que ainda há lucidez, ainda há esperança, ainda há quem queira ver o país de pé — limpo, digno, adulto.

Ter vergonha do Brasil é, paradoxalmente, amar o Brasil de forma mais pura: sem ilusões, sem bandeirinhas, sem slogans, apenas com o desejo de vê-lo enfim tornar-se aquilo que prometeu ser.

Ser brasileiro, hoje, é viver num eterno dilema entre a ternura e o náusea. É amar a música, o idioma, o povo, o céu, e ao mesmo tempo sentir vergonha das criaturas que, por acidente histórico e voto distraído, ocupam o poder. É ver um país de João Gilberto, Guimarães Rosa e Santos Dumont ser representado por bufões que tratam diplomacia como conversa de botequim e tragédias geopolíticas como rodadas de chope.

Vivemos numa república em que a ignorância não é mais um defeito — é um estilo de governo. O populismo tornou-se virtude, a improvisação virou método, e o “deixa comigo que eu resolvo tomando uma cerveja” virou doutrina de Estado. O país parece viver numa crônica de Nelson Rodrigues reescrita por um roteirista da Praça é Nossa.

E o mais espantoso: há quem bata palmas. Há quem chame de “espontaneidade”. Há quem veja genialidade onde há apenas a mais primária das indigências intelectuais.

Não há nada mais trágico do que ver a mediocridade aplaudida de pé.

E nós, que ainda temos a ousadia de pensar, somos tomados por essa vergonha antiga, que é quase amor em estado de desalento. Porque não odiamos o Brasil – odiar seria fácil.

Nós o amamos demais para suportar vê-lo assim, ajoelhado diante de sua própria caricatura.

O brasileiro lúcido é uma figura trágica: ele olha o país e sente, simultaneamente, orgulho e repulsa.

Orgulho pela arte, pela inteligência difusa nas esquinas, pela generosidade do povo anônimo.

Repulsa pelos discursos vulgares, pelas frases de efeito que soam como arrotos de boteco, pelo uso da ignorância como plataforma eleitoral.

É um eterno “sim, mas…” — um amor que se desculpa por existir.

O pior é que o Brasil se acostumou à piada.

A política virou stand-up; a seriedade, ofensa; o pensamento, um luxo supérfluo.

E enquanto os que leem, estudam, refletem e trabalham se recolhem — meio envergonhados, meio exaustos —, o país se diverte com a própria ruína.

Afinal, rir sempre foi o disfarce nacional para o desespero.

Mas há uma elegância silenciosa na vergonha.

Ela é o último resquício da decência.

É a confissão de que ainda há quem espere mais, quem exija mais, quem queira ver o país de pé, limpo, sóbrio e digno.

A vergonha lúcida é, paradoxalmente, o último sinal de esperança — o suspiro dos que não desistiram, mas já não se iludem.

O Brasil é uma promessa que insiste em não cumprir-se.

E nós, os envergonhados, somos os únicos que ainda acreditam que, talvez um dia, ele cumpra.

Até lá, seguimos — com o copo na mão, a ironia nos lábios e a lucidez nos ombros —, brindando àquilo que o Brasil poderia ter sido, se não insistisse tanto em ser apenas o que é atualmente: uma República Banânica.

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HAVERÁ SOLUÇÃO PARA O INFERNO EM QUE O RIO SE TORNOU?

Editorial Gazeta do Povo

Policiais civis e militares do Rio de Janeiro durante megaoperação contra o Comando Vermelho

Ao menos 120 pessoas foram mortas naquela que já é a operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro. As forças de segurança fluminenses usaram 2,5 mil policiais civis e militares em uma megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha e foram recebidas com armamento pesado. Além dos mortos, até o começo da tarde desta quarta-feira a Polícia Civil havia confirmado a prisão de 113 bandidos e a apreensão de cerca de uma centena de fuzis usados pela facção criminosa. Os reflexos da guerra entre a polícia e o Comando Vermelho foram sentidos em outros bairros e até em outras cidades do Grande Rio, com eventos cancelados e vias importantes, como a Linha Amarela, fechadas pelos bandidos.

De imediato, os “suspeitos de sempre”, ideólogos e formadores de opinião para quem bandidos são “vítimas da sociedade” e a polícia é culpada até prova em contrário, dispararam os slogans de sempre. Mas, enquanto não se souber com certeza absoluta quem são os mortos – as autoridades confirmam a morte de quatro policiais e admitem que quatro inocentes foram atingidos – e em que circunstâncias eles morreram (pois mesmo um criminoso não pode ser sumariamente executado após ser capturado), falar em “chacina”, “massacre”, “banho de sangue” ou no já banalizado “genocídio” não é apenas prematuro, mas irresponsável – e o inverso, descartando de antemão qualquer possibilidade de violação a direitos que mesmo os piores facínoras ainda têm, também é desaconselhável.

A verdade é que o crime organizado erigiu-se em Estado paralelo – ou, melhor dizendo, um narcoestado – no Rio de Janeiro (e não apenas lá). Isso só foi possível graças a uma dupla omissão do poder público: primeiro, não se fez presente por meio da oferta de bons serviços públicos e manutenção da ordem; depois, não soube, não quis (como no célebre caso do ex-governador Leonel Brizola) ou não pôde (mais recentemente, graças a decisões do STF que inviabilizaram operações policiais nos morros) retomar o controle do território perdido para a bandidagem. As facções impõem reinos de terror nas áreas que dominam, realizando justiçamentos, impondo toques de recolher – que não raro atingem outras regiões –, e tolhendo o direito de ir e vir dos moradores, por exemplo impedidos de visitar parentes ou amigos que residam em favelas dominadas por facções rivais. As investigações policiais que levaram à operação de terça-feira mostram que o CV usava aplicativos de mensagem para combinar torturas e execuções de moradores do Alemão e da Penha que fizessem qualquer coisa que desagradasse os chefes do tráfico.

Fala-se muito em asfixiar financeiramente as facções, em cooperação entre entes federativos (que aparentemente faltou na terça-feira, com as forças fluminenses fazendo sozinhas todo o trabalho), em uso pesado de inteligência, em reformar a lei para que seja menos leniente com a bandidagem, já que hoje as delegacias são portas giratórias de onde o bandido preso em flagrante sai antes do policial que o prendeu. Tudo isso é correto. Mas a realidade nua e crua é a de que as facções não devolverão seu território ao Estado sem lutar – e o uso de drones carregando granadas contra a polícia mostra muito bem o grau de resistência que elas estão dispostas a oferecer. Continua a ser necessário cortar as fontes de financiamento do crime organizado, prender e isolar seus chefes, mas nada disso, infelizmente, dispensará um longo e árduo trabalho de reconquista de território – e qualquer criminoso que resolva enfrentar as forças de segurança está assumindo o risco do que lhe pode acontecer.

Três quartos dos brasileiros dizem viver em locais onde há presença do crime organizado; um quarto afirma que, em seu bairro ou cidade, as facções impõem regras de comportamento. Ambos os números são aberrantes. Estado omisso (quando não cúmplice), leis frouxas, glamourização e permissividade em relação às drogas, e ideologias bandidólatras levaram várias partes do Brasil, e especialmente do Rio de Janeiro, a se tornarem infernos cotidianos – com a diferença de que nestes, ao contrário do inferno da teologia, os condenados, brasileiros pobres que só desejam viver em paz, nada fizeram para merecer seu tormento. Ajudá-los a escapar dele é uma dívida que o poder público tem de assumir.

PENINHA - DICA MUSICAL