Policiais do Rio de Janeiro levam suspeitos presos durante operação contra o Comando Vermelho
Começou a discussão sobre as responsabilidades na operação policial no Rio de Janeiro. O ministro Alexandre de Moraes mandou que o governador Cláudio Castro e os secretários da Polícia Civil e da Polícia Militar deem explicações. Com que autoridade?, alguém pode perguntar. Moraes está relatando aquele pedido do hoje ex-deputado Alessandro Molon, que resultou em uma liminar do ministro Edson Fachin que impediu a polícia de subir o morro – e aí a bandidagem cresceu. Depois, o STF confirmou a liminar. Mas Fachin, que era o relator e autor da liminar, virou presidente do Supremo, e passou a relatoria para Moraes.
Nesta quinta-feira os governadores vão prestar solidariedade a Cláudio Castro, e isso significa que a federação é forte. Vejam como é nos Estados Unidos, que beleza, a união de estados. Eles são uma federação, e o Brasil também. Deve haver autonomia para os governos estaduais, que estão mais perto do seu povo. O presidente da República está em Brasília, no Distrito Federal, perto de Goiás, de uma parte de Minas, mas longe do Amapá, de Roraima, do Rio Grande do Sul, do Paraná, de Santa Catarina, de São Paulo, do Amazonas, do Nordeste. Longe do sentimento popular e da responsabilidade.
A Constituição diz que os governadores são responsáveis, sim, pela segurança pública. O governo federal é responsável pelas fronteiras terrestres e marítimas. E é por elas que entram fuzis modernos, metralhadoras pesadas, drones ucranianos feitos para defender a Ucrânia dos russos, e drogas que são feitas para destruir jovens e famílias, enfraquecendo o país. Isso se chama narcoterrorismo. E essa gente, além de tudo, agride a soberania do país, porque toma conta de grandes áreas, fala-se em 9 milhões de metros quadrados do Rio de Janeiro sob comando das facções, por exemplo. Sem falar da Amazônia, que é muito importante e onde esse mesmo Comando Vermelho controla a entrada do Rio Solimões, que depois vira Amazonas – e na foz do Amazonas ainda teremos uma COP para defender o meio ambiente, e não as pessoas. O PCC está forte em Coari (AM), aliado a piratas colombianos dentro da Amazônia. Isso é soberania nacional?
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Quatro policiais deram a vida, mas não receberão o reconhecimento merecido
As Forças Armadas existem para a defesa da pátria, ou seja, defesa da soberania também contra o inimigo interno. Mas não emprestaram nem sequer blindados, porque a AGU de Jorge Messias deu um parecer contrário. A Polícia Federal foi convidada, mas não quis entrar. Então, ficou tudo para o estado do Rio de Janeiro, com as brilhantes e competentes Polícia Militar (a polícia ostensiva) e Polícia Civil (que é a Polícia Judiciária, que faz as investigações) dando a vida. Quatro policiais foram mortos; em um país sério, eles receberiam post mortem a maior comenda nacional, porque deram sangue em defesa da paz, das famílias, das pessoas, dos pagadores de impostos, das empresas e, sobretudo, da soberania nacional, do território nacional e das leis do país.
Mas, enquanto isso, o novo ministro Guilherme Boulos, lá no Palácio do Planalto, pediu um minuto de silêncio para todos os mortos. E o ministro Ricardo Lewandowski revelou que Lula está “estarrecido”. Combate-se o crime, neutralizam-se criminosos e o presidente fica estarrecido. Isso serve para sabermos de que lado as pessoas estão.
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No Pará, são os trabalhadores que apanham do governo federal
Uma curiosidade: parece que a polícia do Pará também participou dessa operação. É nesse estado que helicópteros e forças do governo federal estão lá, batendo em brasileiros que estão produzindo, plantando, colhendo, criando, e não são bandidos. Que preferência é essa?