ALEXANDRE GARCIA

TRUMP INSISTIRÁ EM LIBERDADE DE EXPRESSÃO E ESTADO DE DIREITO NO BRASIL

Trump Lula

O presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizou que está disposto a se encontrar pessoalmente com Lula

Muita gente segue sem entender o que houve no telefonema entre Donald Trump e Lula. As condições de Trump estão mantidas. Vi no UOL que, quando Lula falou em retomar a amizade de 201 anos entre o Brasil e os Estados Unidos, Trump respondeu dizendo que também era preciso retomar a liberdade de expressão e o Estado de Direito. São condições básicas. A liberdade de expressão é garantida pela Constituição, mas temos visto uma onda de censura, proibida pela Lei Maior, em decisões inconstitucionais que são gravíssimas. Já o Estado de Direito é caracterizado por princípios que estão no artigo 5.º da Constituição, sobre os direitos e garantias fundamentais: juiz natural; amplo direito de defesa; inércia do juiz; iniciativa do Ministério Público; a casa como asilo inviolável; liberdade de expressão, vedado o anonimato.

Trump está ciente de tudo isso. E, se até ele sabe, imagine se nós não soubéssemos, nós que estamos aqui no Brasil. Essa vai ser a linha, a coluna vertebral da negociação entre Marco Rubio, em nome de Trump e do governo dos Estados Unidos, e os ministros Mauro Vieira e Fernando Haddad, além do vice-presidente Geraldo Alckmin. Eu não sei que argumentos o trio brasileiro terá; precisarão montar um coro negacionista, dizendo que não existe aquilo que todos percebem.

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Deputado que vira ministro trai seu eleitor e ainda dá desculpa hipócrita

Vejam só a hipocrisia de André Fufuca, deputado que está licenciado para ser ministro do Esporte. O PP o puniu; não o expulsou, mas tirou dele a vice-presidência nacional do partido. E ele respondeu dizendo que “minha fidelidade é primeiramente ao povo que confiou o seu voto e me concedeu a honra do mandato. Neste sentido, seguirei lado a lado com o presidente Lula”. Incrível: ele afirma uma coisa para logo em seguida negar tudo o que acabou de dizer. Fidelidade aos 135 mil maranhenses que votaram nele? Mas ele não vai ficar ao lado dos maranhenses, que são seus mandantes, que lhe deram o mandato para representá-los; vai ficar ao lado de Lula. Como é possível que uma mente consiga fazer um paradoxo desses? E Celso Sabino é a mesma coisa: preferiu ficar ao lado de Lula em vez de ficar ao lado do partido e dos seus 141 mil eleitores paraenses.

Falo disso mais uma vez porque ambos foram exonerados do governo só para voltar à Câmara na noite de terça e votar a favor da medida provisória que cobraria R$ 17 bilhões a mais dos pagadores de impostos. Aí, sim, eles foram coerentes: continuaram contra o povo. Tomara que o povo tenha memória no ano que vem, na hora de renovar os mandatos dos dois.

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Aos poucos, CPMI do INSS vai rompendo a blindagem

A CPMI da Previdência está fazendo avanços maravilhosos, lambendo a sopa quente pelas bordas, já que há um movimento forte para blindar todo mundo nesse escândalo que tem muito dinheiro envolvido: R$ 6 bilhões, roubados de 2,3 milhões de idosos; é muita crueldade.

Quem depôs foi José Lins de Alencar Neto, que, segundo o Estadão, está sendo investigado pelo Coaf porque em dois meses, julho e outubro do ano passado, ele movimentou R$ 4,4 milhões, quantia totalmente incompatível com a renda dele. Alencar Neto foi administrador da Associação de Aposentados e Pensionistas Nacionais e da Associação de Aposentados e Pensionistas Brasileiros – os nomes são quase iguais, um é “nacional”, o outro é “brasileiro”. A advogada Cecília Rodrigues Mota, diretora dessas duas entidades, movimentou R$ 10 milhões também em transações incompatíveis com sua renda dela, e o Estadão afirma que, segundo a polícia, ela é reincidente. A Associação de Aposentados e Pensionistas Brasileiros tem um escritoriozinho minúsculo em Fortaleza, e controla 173,2 mil aposentados e pensionistas.

Esse é um assunto que merece ser comentado todos os dias. É tanta coisa acontecendo na CPMI que nem temos tempo de contar, mas eu vou acompanhar, porque quem cometeu um roubo tão grande e tão cruel contra idosos não pode ficar impune.

DEU NO X

JESSIER QUIRINO - DE CUMPADE PRA CUMPADE

CHÁ DE RÉSTIA DE TELHADO

Foto feito por este colunista em sua casa

Pense num Chá feladaputa

O Chá de Réstia é uma infusão feita a partir da raspa de parede, que leva uma réstia de Sol, vinda da brechinha do telhado sertanejo.

Você raspa o reboco da parede (melhor, a raspa de chão batido), que leva a réstia de sol, e pila bem pilado. Pega a porção de “um dedal” para o devido preparo e começa o procedimento.

Tira uma pitada do pó (com o dedo mindinho), e esfrega de meia-lua na bocada da venta, como se fosse um Maradona das Caatingas.

O restante, do dedal, o caba ferve em meio copo d’água, depois de abafado e amornado, bebe com fé-multiplicada e esperança na melhora.

PRONTO. Pense num remédio FELADAPUTA.

Esse Chá, entre muitos males,
Cura: Repentino colado,
Câimbra de sangue; inteiriça;
Cura a dor nos cambito;
Dor de espinhela caída
Dor de cadeira doída
Panzinamento de pança.

Cura também má do sono,
Que é viver com os ói grelado.
Cura drumença dos muque
Dor das amiga, puxado;
Trimilique, opilação;
Má de amarelidão
Sobrosso e sangue pisado.

Cura frouxidão dos nervos
Friviôco, brubuim.
Cura mentira de unha
Lundu, manzanza, pantim
Inchaço, má de gastura
Queimação e quebradura
Barrigada e farnizim.

O “Instituto FELADAPUTA de Medicina das Réstias”, tá vindo pesquisar, e a matutada anuncia:

O chá, tá vindo virado num mói de coentro!

DEU NO X

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

DEU NO JORNAL

DESUMANIDADE

Presidente da CPMI, Carlos Viana (Pode-MG) se choca com o roubo a aposentados do INSS:

“Forjaram áudios, falsificaram autorizações, enganaram idosos e viúvas. É crime, é deboche e é desumanidade”.

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É pra arrombar!

Isso é a cara dessa nossa republiqueta banânica na atualidade.

Maldade ao extremo.

DEU NO X

BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MAURINO JÚNIOR - SEM CRÔNICAS

O BRASIL DA INVERSÃO DE VALORES: A CRISE DE JUSTIÇA E A REVOLTA DO CIDADÃO

Vivemos em um Brasil onde a realidade parece ter sido desconectada do senso comum de justiça. Em meio a um cenário de violência crescente, desigualdade social gritante e decisões judiciais cada vez mais questionáveis, o sentimento de frustração e impotência toma conta de milhões de brasileiros que se veem abandonados por aqueles que deveriam representá-los.

Casos recentes envolvendo a soltura de criminosos acusados de crimes bárbaros, como assassinatos e decapitações, causam indignação pública não apenas pela brutalidade dos atos, mas pela justificativa frágil das decisões. A alegação de que esses indivíduos “não representam perigo à sociedade” beira o cinismo, e deixa clara uma desconexão entre a teoria jurídica e a realidade vivida nas ruas.

O Judiciário brasileiro, que deveria ser o guardião dos direitos e da ordem, tem sido percebido por muitos como seletivo, distante e, em alguns casos, comprometido com interesses que não são os do povo. Decisões contraditórias, ativismo judicial desproporcional e falta de responsabilização criam um ambiente de insegurança jurídica e social.

Paralelamente, o atual governo, que deveria conduzir políticas públicas eficazes e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos, demonstra omissão diante de pautas urgentes. Ao ignorar os clamores populares, normalizar a impunidade e fechar os olhos para abusos cometidos em diversas esferas do poder, transmite à sociedade a mensagem de que a justiça é um privilégio de poucos.

Esse cenário aprofunda o sentimento de que vivemos uma inversão de valores: o cidadão honesto é tratado como suspeito, enquanto criminosos recebem tratamentos brandos em nome de um garantismo que, muitas vezes, serve mais como escudo político do que como instrumento de equidade.

Não se trata aqui de clamar por vingança, mas por coerência. O povo brasileiro não pede punições desmedidas, mas sim justiça real, proporcional e acessível. Quando o Estado falha em aplicar a lei com firmeza e equidade, mina-se a confiança social e alimenta-se a descrença nas instituições.

É preciso um movimento de reflexão nacional. O Brasil precisa urgentemente de um pacto entre seus cidadãos, juristas e governantes para resgatar o valor da justiça, da ética e da responsabilidade pública. Ignorar esse chamado é perpetuar o abismo entre a lei e a vida.

A indignação não é apenas um sentimento: é um sinal de que ainda há consciência. E é a partir dela que pode nascer a mudança que tanto esperamos.

PROMOÇÕES E EVENTOS

LIVRO DO COLUNISTA FUBÂNICO XICO BIZERRA

Dia desses andei relendo esse livrinho e me encantei, de novo. 30 conversas interessantes com gente do Nordeste, tipo Dom Hélder, Manoel Bandeira, Luiz Gonzaga, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna, Jackson do Pandeiro, Sivuca, dentre outros.

Como se não bastasse tem prefácio e apresentações de Dr. José Paulo Cavalcanti Filho, Maciel Melo, Luiz Berto e Paulo Rocha.

Gostei e recomendo.

É só pedir pelo imeio xicobizerra@gmail.com – que eu entrego em todo o Brasil.

E custa só R$ 46,00, frete incluso.