CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

NACINHA – CUIABÁ-MT

Meu nobre editor:

Este nosso presidente Bolsonaro não faz nada certo.

Em 2022 vou votar nele de novo pra ver se ele aprende a fazer as coisas direito.

E aqui vai um vídeo de presente para meus queridos amigos e amigas.

Um beijo para todos vocês, gente!!!

DEU NO JORNAL

VAI HAVER PANDEMIA DE FEDENTINA

Para tentar rivalizar com os atos do dia 7, PT, Psol, PCdoB, PDT, PSB, PV, Rede, SD e Cidadania combinaram manifestações contra o governo e pelo impeachment de Bolsonaro nos dias 2 de outubro e 15 de novembro.

* * *

Vai entupir de novo.

E entupir muito.

Entupir as esquinas e os becos de bosta e de mijo.

Vão descarregar pelos cantos todo o estoque de bosta que trazem na cabeça.

As próximas “manifestações” das zisquerdas, nos dias 2 de outubro e 15 de novembro, vão entrar para a história da Ciência Sanitária.

XICO COM X, BIZERRA COM I

PROFANA COMÉDIA DESUMANA

Conheci Belchior pessoalmente em 1977, em Fortaleza, no Bar do Anísio, na Praia de Iracema, onde se encontravam os músicos e poetas de Fortaleza. Belchior, admirador de Dante e de sua teológica DIVINA COMÉDIA HUMANA, era presença constante naquele ambiente onde, meio por enxerimento, meio por não ter o que fazer, eu frequentava com regular habitualidade. No dia em que o cantor foi ‘visitar outro plano’ eu escrevi em sua homenagem a letra a seguir, que, com seu costumeiro talento, minha parceira Maria Dapaz melodiou e virou canção na bela voz de Tonfil. Está no meu disco CHAMA INFINITA:

PROFANA COMÉDIA DESUMANA

Houve um tempo em que havia lua
e as estrelas ouviam serenatas.
Era quando a minha boca doida e nua
passeava por todas as calçadas,
quando vez em quando se escutava,
além de tiros, uma ou outra canção
e a pureza ria e se deleitava
bem distante do inferno da solidão.

Hoje desacordei com a noite escura,
o canto alucinado não existe mais.
É só uma foto num caderno de cultura,
purgatório numa banca de jornais.
Mas a vida segue e a canção insiste
feito avião brabo lá no céu sem rédea,
fazendo um paraíso cada vez mais triste,
a mais profana e desumana comédia.
Medo, medo, medo …

* * *

Todos os Livros e a maioria dos Discos de autoria de XICO BIZERRA estão à disposição para compra através do email xicobizerra@forroboxote.com.br. Quem preferir, grande parte dos CDs está disponível nas plataformas digitais. Visite nosso site: www.forroboxote.com.br

DEU NO X

ARISTEU BEZERRA - CULTURA POPULAR

O BOM HUMOR NOS VERSOS DOS REPENTISTAS

Todo voto vinculado
Eu comparo com aquela,
Que o sujeito se casa
Com uma linda donzela,
Mas tem que morar na marra
Com toda família dela.

Oliveira de Panelas

Fico feliz quando canto
Meus versos de improviso
Os dedos chutando as cordas
Os lábios com ar de riso
Sopra o vento de repente
Raspando o chão do juízo.

Onésimo Maia (1951- 2001)

Aonde, eu chego não vi
Mal que não desapareça
Raposa que não se esconda
Bravo que não me obedeça
Letrado que não me escute
Cantor que não endoideça.

Pinto do Monteiro (1895- 1990)

Eu tenho setenta anos,
Nessa vida nua e crua.
A noite eu passo em casa,
O dia eu passo na rua.
E a morte me convidando
Pra nós dois morar na lua..

Olegário Fernandes

Hoje eu estou fervendo
Pior que fogo amarelo
Prego duro eu entorto
Ou arranco de martelo
Cantor ruim sai da frente
Se não eu te atropelo…

Melão Repentista

DEU NO JORNAL

PENINHA - DICA MUSICAL

DEU NO X

DEU NO X

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

OS CISNES – Júlio Salusse

A vida, manso lago azul, algumas
vezes, algumas vezes mar fremente,
tem sido, para nós, constantemente,
um lago azul, sem ondas, sem espumas.

Sobre ele, quando, desfazendo as brumas
matinais, rompe um sol vermelho e quente,
nós dois vagamos, indolentemente,
como dois cisnes de alvacentas plumas.

Um dia, um cisne morrerá, por certo:
Quando chegar esse momento incerto,
no lago, onde talvez a água se tisne,

que o cisne vivo, cheio de saudade,
nunca mais cante, nem sozinho nade,
nem nade nunca ao lado de outro cisne!…

Júlio Salusse, Bom Jardim-RJ, (1872-1948)