BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
CÍCERO TAVARES - CRÔNICA E COMENTÁRIOS
BEZERRA DA SILVA, A VOZ DOS MORROS E FAVELAS

Bezerra da Silva (1927-2005)
José Bezerra da Silva, nome artístico Bezerra da Silva, nasceu no Recife. Era filho de Hercília Pereira da Silva e Alexandrino Bezerra da Silva, que abandonou a mãe quando esta estava grávida do filho, e se mandou para o Rio de Janeiro para se aventurar na Marinha Mercante e raparigar, o que era muito comum na época.
Aos quinze anos, percebendo que o Recife não teria futuro para ele, Bezerra da Silva, também se foi para o Rio de Janeiro tentando encontrar o pai, viajando no navio cargueiro transportador de açúcar. Lá o encontrou, mas com poucos meses de convivências começaram a ter atritos e o jovem Bezerra da Silva escafedeu do lar paterno em busca do seu fado.
Começou a trabalhar no ramo da construção civil, já que não sabia fazer outra coisa. Nessa época começou a desenvolver a verve musical a partir do coco de Jackson do Pandeiro, e logo ingressou no bloco carnavalesco Unido do Canta Galo, tocando tamborim. Em 1950, conheceu José Alves, ou Doca, conhecido como um dos autores da música “General da Banda”, ao lado de Tancredo Silva e Sátiro de Melo, todos moradores do Morro do Cantagalo, que logo convidaram Bezerra da Silva para participar do “Programa da Rádio Clube do Brasil” como ritmista.
Boêmio e malandro, Bezerra da Silva foi detido por várias vezes, que acabou sendo demitido do programa. Durante muitos anos viveu como morador de rua em Copacabana. Nessa época chegou a tentar o suicídio, mas foi salvo e acolhido por um Terreiro de Umbanda. Lá, descobriu sua mediunidade e soube, através de uma mãe de santo, que o seu destino era a música.
Com o nome artístico de José Bezerra, teve suas primeiras composições “Acorrentado” e “Leva teu Gereré”, em parceria com Jackson do Pandeiro, lançadas no primeiro álbum da carreira do paraibano, em 1959. Na primeira metade da década de 1960, ingressou na orquestra da gravadora Copacabana Discos, que acompanhava vários artistas de renome, e também teve novas composições, assinadas com outros músicos, gravadas por Jackson do Pandeiro, como “Meu Veneno” (com Jackson do Pandeiro e Mergulhão), “Urubu Molhado” (com Rosil Cavalcanti), “Babá” (com Mamão e Ricardo Valente, “Criando Cobra” (com Big Bem e Orlandes Rodrigues) e “Preguiçoso” (com Jackson do Pandeiro). Acrescendo ainda que em 1965, a cantora Marlene gravou “Nunca Mais” (uma parceria de Bezerra da Silva e Norival Reis).
Em 1967, compôs seu primeiro samba, chamado de “Verdadeiro Amor”, que foi gravado por Jackson do Pandeiro. No final daquela década, mudou o nome artístico para Bezerra da Silva e, em 1969, gravou um compacto simples pela Copacabana Discos, com as músicas “Mana, Cadê meu Boi?” e “Viola Testemunha”; no seu primeiro LP, “Bezerra da Silva – O rei do Coco, Volume I”, seria apenas lançado em 1975, pela gravadora Tapecar, e teve como destaque a canção “O Rei do Coco”. No seguinte, pela mesma gravadora, lanço “Bezerra da Silva – O Rei do Coco II”, cuja música de maior destaque foi “Cara de Boi”.
Anos depois, Bezerra da Silva conheceu a mulher que mudava completamente sua vida pessoal e artística, Regina do Bezerra, pseudônimo de Regina de Oliveira, compositora e produtora musical, nascida em 1953 no Rio de Janeiro, mas só se casando com ele em 2004, um ano antes da morte de Bezerra.
Bezerra da Silva, após a união com Regina de Oliveira, teve sua carreira artística deslanchada, pois ela foi a grande responsável por composições que marcaram a vida artista do sambista dos morros e das favelas.
A conferir:
Compôs a música “Meu Pai é General de Umbanda” junto com Jorge Garcia e 1000tinho, a música foi gravada por Bezerra da Silva e ele a lançou em 1987 no seu Álbum “Justiça Social.”
Compôs a música “O Bom Pastor” junto com Pedro Butina, a música foi gravada pelo Bezerra da Silva e ele lançou a música em 1989 no seu Álbum “Se Não Fosse o Samba.”
Compôs a música “O Filho de Jurema” junto com o próprio Bezerra da Silva, a música foi gravada pelo Bezerra da Silva e ele lançou a música em 1990 no seu Álbum “Eu Não Sou Santo.”
Compôs a música “Instinto Traíra” junto com Pedro Butina, a música foi gravada pelo Bezerra da Silva e ele lançou a música em 1992 no seu Álbum “Presidente Caô, Caô.”
Compôs a canção “O Segundo Nazareno” e a canção foi gravada pelo Bezerra da Silva e ele lançou a música em 1993 no seu Álbum “Cocada Boa.”
Compôs a música “O Juramento Jurou” junto com Mário Gogó e Gil de Carvalho, dentre várias composições que ela fez esta música se destaca.
Compôs a música “Tem Coca Aí Na Geladeira” e a música foi gravada pelo Bezerra da Silva e ele lançou a música no ano 2000 no seu Álbum “Malandro é Malandro e Mané é Mané.”
Em 2004 fez a produção do primeiro Álbum gospel do cantor Bezerra da Silva que se chama “Caminho da Luz.”
PROMOÇÕES E EVENTOS
DESENVOLVIMENTO DE SITES E SISTEMAS
BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
BOMBARDEIRO
DEU NO JORNAL
CLAREAMENTO PALACIANO
Desde que Lula (PT) assumiu a presidência, as contas de energia dos palácios utilizados pelo petista dispararam e, em dois anos e dez meses, o valor já encostou no que foi gasto ao longo de quatro anos da gestão de Jair Bolsonaro.
De janeiro de 2023 até este mês de outubro, as contas de energia somaram R$ 29.864.513,78. Nos 48 meses, entre 2019 e 2022, o valor foi de R$ 33.159.002,56.
A conta inclui os palácios do Planalto, da Alvorada e a Granja do Torto, residência oficial alternativa.
O Alvorada, palácio onde Lula mora, consumiu este ano R$ 1,3 milhão em contas de energia. Só a fatura de outubro beirou os R$ 149 mil.
Para manter temperatura amena, o ar-condicionado presidencial custou outra fortuna ao pagador de impostos: R$ 964 mil somente este ano.
A Granja do Torto, palacete campestre que Lula dá as caras vez ou outra, consumiu R$ 317,9 mil em energia nos últimos dez meses.
O gasto está assim, ano a ano: R$ 9,1 milhões em 2025 (até outubro); R$ 11,2 milhões em 2024; e R$ 9,3 milhões em 2023.
* * *
E o contribuinte continua gastando sua energia no trabalho pra poder bancar esses números surreais.
Mas essa esbanjanjamento luleiro tem seu lado posivito:
Só assim a gente pode ver luz e claridade em um setor do atual gunverno petralha.
Ufa!!!
COMENTÁRIO DO LEITOR
O NARCOESTADO
Comentário sobre a postagem JÁ TÁ PRA LÁ DA BEIRA
José de Oliveira Ramos:
Sou assinante da revista (e agora televisão) Oeste.
Estou plenamente satisfeito com o que leio, e tudo é do meu agrado.
Se assim não fosse, cancelaria minha assinatura.
SUGIRO, entretanto que os Editores (a gente imagina que, “quem manda” é o Augusto Nunes) contratem profissionais confiáveis, dentro da linha que defendem e oferecem a todos.
Não acho, por exemplo, “que o Brasil está a beira de se tornar um “país narcoestado”.
O Brasil, vejo assim, “já é um país país narcoestado” – pode ser que ainda não seja no Estado onde quem produziu a matéria, vive.
Pois saiba que, no Ceará, na Bahia, e no Maranhão (onde vivo), quem “manda mesmo” é o narcotraficante.
As polícias apena assistem e cumprem determinações do CV e do PCC.
BERNARDO - AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
GABINETE
DEU NO JORNAL
LULA PRECISA DE MUITO MAIS QUE UMA FOTO APERTANDO A MÃO DE TRUMP
Editorial Gazeta do Povo

Donald Trump e Lula se reuniram no domingo, durante reunião de cúpula de países do Sudeste Asiático na Malásia
Quase quatro meses depois da carta em que Donald Trump comunicava a Lula a imposição de uma tarifa de 50% sobre boa parte dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, quase três meses depois de o “tarifaço” ter começado a vigorar, e um mês depois do brevíssimo encontro entre ambos durante a Assembleia Geral da ONU, os dois presidentes finalmente se sentaram para conversar frente a frente. A reunião ocorreu neste domingo, na Malásia, durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático – Brasil, Estados Unidos e outros países também foram convidados na qualidade de “nações parceiras”. De concreto, no momento, apenas a promessa de que as conversas continuarão.
“Nós conseguimos fazer uma reunião, que parecia que seria impossível no Brasil e nos Estados Unidos, aqui na Malásia”, disse Lula após o encontro. Mas o diálogo entre os dois líderes só foi impossível anteriormente porque o petista quis assim. Trump não recusou conversa com nenhum dos países que o procuraram logo depois do anúncio das tarifas, e fechou acordos com vários deles. O norte-americano repetiu que também estava aberto a conversar com o Brasil. Quem não quis negociar foi Lula, que preferiu provocar e criticar Trump, enquanto o setor produtivo brasileiro – ao qual o presidente nunca foi mesmo simpático, com as exceções dos “amigos do rei” – penava para encontrar novos clientes e amargava as consequências da birra do petista.
A loucura tinha método: com a popularidade em baixa, Lula viu no “tarifaço” a chance de conseguir uma sobrevida explorando o tema da “soberania” – que, na boca de Lula, soa bastante hipócrita, já que, quando se trata de parceiros ideológicos, o petista sabe ser bastante entreguista, como o demonstram o avanço chinês sobre as terras raras brasileiras e o episódio das unidades da Petrobras tomadas por Evo Morales quase 20 anos atrás. E a estratégia funcionou, como atestam as pesquisas de popularidade, no que deveria servir de lição à oposição brasileira, para que não volte a subestimar a sagacidade do presidente (e de seu entorno, incluído aí o ministro “da Propaganda”, Sidônio Palmeira), que agora vende como vitória um encontro que ele mesmo adiou até não poder mais.
E, por enquanto, só o que o petismo tem a mostrar é mesmo a foto dos dois presidentes. Nenhuma tarifa foi reduzida de imediato; Lula disse que deve haver um acordo “em poucos dias”, a bordo do avião presidencial Air Force One, Trump limitou-se a dizer “vamos ver”. Na véspera do encontro, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmara que as condições impostas inicialmente para a revogação das tarifas, como o fim da perseguição ideológica promovida pelo Supremo Tribunal Federal, não tinham sido alteradas. Além disso, a política comercial de Trump tem sido marcada pela imprevisibilidade total, com algumas decisões que parecem ser tomadas mais com o fígado, a exemplo de uma nova sobretaxa imposta ao Canadá após uma campanha publicitária que usava um discurso de Ronald Reagan criticando barreiras comerciais. Tanta imprevisibilidade, no entanto, pode tomar uma outra direção. Ninguém pode excluir de antemão a possibilidade de uma redução nas tarifas, mesmo sem recuos da parte do STF e de Alexandre de Moraes, se Trump considerar que isso é conveniente – por exemplo, se a redução no fluxo de produtos brasileiros tiver efeitos inflacionários ou afetar cadeias de produção nos EUA.
Independentemente das razões, consideramos que qualquer reversão nas tarifas seria positiva para o Brasil. Isso não significa, evidentemente, que estejamos fazendo pouco dos abusos do Supremo em relação à liberdade de expressão ou ao processo contra Jair Bolsonaro e outros acusados de um suposto golpe de Estado. Compreendemos os motivos de quem considera que as tarifas são uma estratégia acertada para que se restaure a democracia no Brasil, e não descartamos de antemão o uso de sanções contra a economia de toda uma nação. No entanto, elas nos parecem mais adequadas quando o Poder Executivo é diretamente responsável pelas políticas condenáveis (como no caso do apartheid sul-africano ou do programa nuclear iraniano), ou quando o setor produtivo está umbilicalmente ligado ao governo, como no caso de regimes socialistas ou oligarquias autoritárias como a russa. Esse está muito longe de ser o caso brasileiro; aqui, faz muito mais sentido aplicar sanções diretamente aos liberticidas que punir toda a economia.
Antes de ir à Malásia, Lula esteve na Indonésia, onde voltou a fazer uma defesa do uso de moedas locais no comércio exterior, contornando o dólar – um tema bastante caro aos Estados Unidos, e que pode colocar as negociações a perder se houver o petista insistir nele em futuras declarações ou acordos comerciais com outros países. Isso mostra que não é apenas a imprevisibilidade de Trump que pode atrapalhar o caminho do entendimento entre Brasil e Estados Unidos. Sorrisos e apertos de mão funcionam para o petismo tentar reciclar a narrativa do presidente operário (e, agora, do “ex-preso que deu a volta por cima”) que encanta o homem mais poderoso do mundo, mas o trabalho de verdade começa agora – e com muito atraso, por culpa do próprio Lula.
PENINHA - DICA MUSICAL
TRIBUTO A ELOMAR FIGUEIRA MELLO – 2
DEU NO X

