COMENTÁRIO DO LEITOR

ANJO TORTO

Comentário sobre a postagem POEMA DE SETE FACES – Carlos Drummond de Andrade

João Francisco:

Drumont questiona e até justifica suas fraquezas sexuais.

Anjo torto, destes que vivem nas sombras.

A culpa então é dele?

O homem atrás do bigode e dos óculos, sério, quase não conversa, é sério, simples e forte.

Com certeza a figura do pai, que tudo vê e desaprova atitudes.

A lua e o conhaque o fizeram enxergar o que a sobriedade não deixa, porque há um personagem que deve ser mantido.

SEVERINO SOUTO - SE SOU SERTÃO

DEU NO X

ALEXANDRE GARCIA

DEIXOU EXPORTADORES BRASILEIROS DE LADO PARA APOIAR MADURO

Lula deixa exportadores brasileiros de lado para apoiar Maduro

Lula saiu da COP 30 e foi para a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Santa Marta, na Colômbia. De um lado e de outro eventos esvaziados. Tinham poucos presidentes da República na Celac. Os presidentes do Uruguai e do Chile não foram. O do Paraguai também não, porque participou da posse do presidente da Bolívia.

A presidente mexicana, que é de esquerda, tampouco esteve presente. Foi uma reunião para defender o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Lula se queixou da ação americana no Caribe, dizendo se tratar de uma intervenção militar. A operação é, na verdade, para evitar que a droga chegue nos Estados Unidos. O que acontece com isso?

Lula briga com os Estados e os pobres dos exportadores brasileiros, como disse o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, vão ficar meses na espera por uma resolução para o tarifaço. Parece que Lula não se importa muito. Ele quer fazer política, estar no palanque.

E deve estar no palanque errado, porque defende — de novo, ele é coerente — a droga. Se os Estados Unidos combatem a droga, Lula defende, como defendeu ao chamar a megaoperação da polícia do Rio de Janeiro de “desastrada” e de “matança”. A maciça maioria da população, 87% dos moradores do morro, aprovaram a ação.

Enquanto isso, cada vez mais se restringe a exportação brasileira. No primeiro mês com tarifas em vigor, que foram só 15 dias de agosto, a queda foi de 18%. No segundo mês, em setembro, a redução foi de 20%. Agora, a queda nas exportações é de 38%. É uma perda muito grande e significa que impacta empregos e empresas brasileiras que vivem de exportar para os Estados Unidos.

* * *

Amigos de Lula no alvo do Departamento de Justiça dos EUA

Já os amiguinhos de Lula, o pessoal da JBS, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, estão sendo investigados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Quatro grandes frigoríficos são acusados de cartel, uma vez que o rancheiro americano, criador de gado, está ganhando menos pela carne vermelha enquanto o preço sobe no supermercado.

Os irmão Batista são apoiadores de Lula, inclusive, foram até ele e disseram que poderiam levar recados ao presidente americano. Trump cumprimentou, mas pediu para o Departamento de Estado verificar.

* * *

Juiz não tem que se meter na política

Um juiz de Brasília mandou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) remover uma publicação do X, na qual afirmava que PT significa “Partido dos Traficantes”. O artigo 53, da Constituição, estabelece que deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

O juiz da Vara Cível não é constituinte, mas disse que a inviolabilidade só vale no âmbito da Câmara dos Deputados. Não é o que está escrito na Constituição. A inviolabilidade é absoluta, no universo. Urbi et orbi.

O editorial do Estadão, deste domingo (9), destaca que um juiz não tem que se meter na luta política: “Democracia implica confronto de discursos, ainda que sejam ásperos, exagerados, injustos ou mesmo mentirosos. A Justiça não tem o papel de policiar o discurso de deputados eleitos pelo voto popular, muito menos de higienizar o debate público”.

* * *

Gilmarpalooza: Refugiado interrompe evento de Gilmar Mendes na Argentina

Um refugiado brasileiro interrompeu um evento de Gilmar Mendes, em Buenos Aires, para dizer que está sendo acusado injustamente por Alexandre de Moraes. O homem será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre os dias 14 e 25 de novembro pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

Ele é acusado por suposto uso de substância inflamável; deterioração de patrimônio tombado; dano qualificado pela violência e grave ameaça; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado. Durante o protesto, o homem relatou que não entrou em prédios públicos e que está sendo acusado sem provas, assim como outros. O auditório ouviu em silêncio.

Quando a equipe de segurança se aproximou, ele disse que não faria mal a ninguém e que só queria dizer que está longe dos filhos há três anos por causa dessa perseguição. O homem saiu do evento e foi embora. Gilmar não respondeu, passou a palavra para a pessoa seguinte, que era o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.

O evento é promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), instituição fundada pelo ministro. O evento não foi nos Estados Unidos, porque Gilmar já não tem mais o visto. Agora, ele vai correr o risco de ter pessoas que fugiram para Portugal, Espanha, Estados Unidos, protesto em seus eventos.

No dia 8 de janeiro de 2023, elas fizeram uma manifestação que é permitida pela Constituição, não estavam armadas. Os que praticaram dano ao patrimônio público têm que pagar, mas devem ser identificados e tem que haver prova de que eles fizeram o dano.

DEU NO JORNAL

MUITO SÉRIO

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), virou piada do dia no X após interromper discurso do presidente francês Emmanuel Macron.

Tentando inclusive tomar-lhe o microfone.

* * *

Otoridade petralha virar piada é normal.

Tá dentro dos conformes.

Sério mesmo é o desmantelo e a vergonha que esse bando causa na administração pública.

PEDRO MALTA - A HORA DA POESIA

SONETO DO PRAZER MAIOR – Bocage

Amar dentro do peito uma donzela;
Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
Falar-lhe, conseguindo alta ventura,
Depois da meia-noite na janela:

Fazê-la vir abaixo, e com cautela
Sentir abrir a porta, que murmura;
Entrar pé ante pé, e com ternura
Apertá-la nos braços casta e bela:

Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
E a boca, com prazer o mais jucundo,
Apalpar-lhe de leve os dois pimpolhos:

Vê-la rendida enfim a Amor fecundo;
Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
É este o maior gosto que há no mundo.

Manuel Maria Barbosa du Bocage, Setúbal, Portugal (1765-1805)

COMENTÁRIO DO LEITOR

DEU NO JORNAL

COMBATE AO CRIME: MENOS DEMAGOGIA E MAIS RESULTADO

Carlos Alberto Di Franco

segurança pública operação contenção

ONGs e jornalismo ideologizados exigem dos policiais uma precisão impossível em um ambiente de guerra urbana

A megaoperação no Rio de Janeiro, com ao menos 120 mortos e mais de uma centena de prisões, é um retrato brutal de um país que há décadas convive com a corrosão de sua autoridade. O Estado brasileiro, leniente e omisso, permitiu que o crime organizado se transformasse em poder paralelo. O drama carioca não é uma tragédia isolada. É a consequência direta de anos de complacência, permissividade e cumplicidade institucional diante do avanço do narcotráfico.

A ação conjunta de 2,5 mil policiais civis e militares contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha revelou o grau de militarização das facções criminosas. A reação foi a esperada: fogo pesado, barricadas, drones lançando bombas, pânico generalizado. O Estado, que por tanto tempo se ausentou dessas comunidades, agora precisa entrar nelas com blindados. E quando o faz, os ideólogos, militantes e intelectuais de gabinete apressam-se em repetir os velhos slogans: “massacre”, “chacina”, “genocídio”. Mas o que esses termos escondem é a incapacidade de encarar a realidade. O verdadeiro genocídio é o das famílias pobres condenadas a viver sob o jugo do tráfico, sem liberdade, sem segurança, sem paz.

É uma tragédia. Nenhuma operação deve banalizar a vida. Mas é igualmente irresponsável transformar criminosos armados de fuzis em vítimas da sociedade. O combate ao crime não é uma escolha moral entre o bem e o mal absolutos, mas uma exigência de sobrevivência social. O Estado que abdica de reprimir o crime perde o direito de se chamar Estado. A omissão, como já adverti em outro contexto, é uma forma de cumplicidade.

A leniência com o crime organizado é o maior escândalo silencioso do Brasil contemporâneo. O poder público, por covardia, ideologia ou conveniência, tem fechado os olhos ao domínio territorial das facções. No Rio, comunidades inteiras vivem sob leis próprias, impostas por bandos armados que executam, punem e cobram impostos. Essa degradação institucional é fruto direto de duas ausências: a ausência do Estado como provedor de serviços e a ausência da autoridade como garantidora da ordem. Quando o Estado se retira, o tráfico ocupa. E, quando tenta voltar, é recebido a tiros.

A complacência jurídica e política alimentou esse monstro. Decisões judiciais que restringem operações policiais em áreas dominadas pelo crime, como as do ministro Edson Fachin, criaram uma espécie de salvo-conduto para a bandidagem. A polícia, desmoralizada e engessada por regras impraticáveis, tornou-se alvo fácil de críticas e emboscadas. A cada operação, exige-se da força pública um padrão de perfeição impossível em um ambiente de guerra urbana. Exige-se que o policial arrisque a vida, mas não se admite que ele reaja. A inversão de valores chegou ao limite.

Não há democracia possível onde o crime é soberano. O Rio de Janeiro, laboratório trágico dessa anomia, vive um colapso moral e institucional. As facções não apenas controlam territórios, mas impõem códigos de conduta, toques de recolher e punições sumárias. Impedem moradores de visitar familiares em áreas rivais, controlam o comércio e a circulação. É um Estado paralelo em funcionamento – e, pior, tolerado por uma parcela da elite política e intelectual que prefere denunciar o “excesso policial” a enfrentar a causa real da violência.

A cooperação entre governos e forças de segurança, tão alardeada, continua frágil. Na megaoperação de 28 de outubro, as forças fluminenses agiram praticamente sozinhas. A ausência de uma coordenação nacional contra o crime organizado é mais uma expressão da nossa paralisia federativa. Enquanto o tráfico é uma empresa multinacional, o Estado brasileiro ainda se comporta como um conjunto de feudos desarticulados. É preciso integrar inteligência, cortar fluxos financeiros, endurecer penas e acabar com as portas giratórias das delegacias, de onde o criminoso sai antes do policial que o prendeu.

O combate ao crime é uma demanda legítima e urgente da sociedade. Três em cada quatro brasileiros vivem em áreas onde o crime organizado está presente. Um em cada quatro afirma que facções impõem regras de comportamento em seu bairro. Esses números são intoleráveis. O cidadão comum – o trabalhador que pega ônibus às cinco da manhã, a mãe que teme o filho aliciado pelo tráfico – está farto do discurso das cátedras e das ONGs. Ele quer segurança, lei e ordem. Quer o direito elementar de viver sem medo.

É evidente que a polícia deve agir dentro da lei. Nenhum excesso deve ser tolerado. Mas também é evidente que a lei precisa proteger quem a defende. A sociedade brasileira não pode continuar refém de um sistema penal frouxo, de um Judiciário que legisla a favor da impunidade e de um discurso ideológico que desarma moralmente a ação do Estado. A paz não se conquista com conivência, mas com autoridade e justiça.

A sociedade brasileira clama por segurança, não por slogans. A esperança só renascerá quando a autoridade do Estado se fizer presente em cada rua, em cada morro, em cada esquina onde hoje reina o medo. Recuperar o território, física e moralmente, é mais do que uma tarefa policial. É uma missão civilizatória.

XICO COM X, BIZERRA COM I

MEUS BREVES CONTOS

CONTO 12 – O GRILO

Namorador, ‘pegava’ todas as grilas. Findou por apaixonar-se pela mais bela pirilampa do lugar, a da bunda mais brilhante, mais intensamente luminosa. Na folga dela – era ‘lanterninha’ e vagava seu lume no cinema da esquina, namoravam num jardim quase escuro, mas cheio de flor. Casaram-se. Na lua de mel, cego de amor, morreu eletrocutado.

DEU NO X