CÍCERO TAVARES - CRÔNICA E COMENTÁRIOS

Texto escrito em parceria com o especialista em filmes de faroeste D.Matt

Dedicamo-lo ao mestre da coluna SEGUNDA SEM LEI, Altamir Pinheiro

Imagem de cartaz do primeiro filme da franquia Trinity (1970)

Subgêneros dos filmes Westerns Spaghetti, os filmes da franquia Trinity transformaram o Velho Oeste em comedia pastelão no início dos anos setenta na Itália, com conteúdo humor e pancadaria, à semelhança dos Trapalhões no Brasil. Por trás da maioria desses filmes houve diretores promissores, que depois vieram a fazer filmes de faroeste clássico, como Sergio Corbucci, Enzo Barboni e Lucio Filci. Este último vindo a se tornar mestre em filme de terror. E Sergio Corbucci responsável pela obra-prima fantasmagórica do western spaghetti, DJANGO (1966), com o ator Franco Nero numa atuação memorável.

Surgido em pleno auge da contra-cultura, Trinity se apresentava como um típico hippie vagabundo, vestindo roupas velhas e rasgadas, coberto de poeira do deserto dos pés à cabeça. Para as longas travessias do Velho Oeste, ele usa uma “cama índia” (espécie de padiola), puxada pelo seu obediente cavalo.

O primeiro filme da série a estrear chamava-se Lo Chiamavano Trinita (1970), traduzido no Brasil para Meu Nome é Trinity, tendo como novidade o pistoleiro mais rápido do gatilho no Velho Oeste, Terence Hill, e seu parceiro brutamonte, Bud Spencer, que formaram uma dupla extremamente marcante do subgênero western spaghetti macarrônico.

Terence Hill, antes de fazer esses filmes de paródia western, teve um inicio bastante promissor e atuou com destaque no clássico do grande diretor Luciano Visconti, no elogiadíssimo filme “IL GATTOPARDO” que tem como astros principais, nada menos que Burt Lancaster, Alain Delon, Claudia Cardinale. Nesse filme Terrence Hill faz um personagem militar amigo do personagem interpretado pelo ator Alain Delon.

Caio Pedersoli e Mario Girotti, ou Terence Hill e But Spencer, respectivamente, para atuarem nos Trinity, adotaram nomes artísticos em inglês e atingiram um sucesso bastante significativo principalmente a partir da produção Trinity é Meu Nome (1970). A dupla seguiu atuando junto em diversos longas do faroeste macarrônico italiano, com uma sintonia que ultrapassava as telas e materializava a participação dos dois como parceiros insubstituíveis.

As paródias e versões cômicas no subgênero trouxeram um ar novo ao cinema italiano, mas de nada serviram para a continuidade do subgênero inspirado nos longas americanos. Mesmo sendo responsáveis por tornar a parceria dos atores internacionalmente conhecida, os filmes contavam cada vez mais com uma produção de baixa qualidade. Os longas perdiam suas características à medida que eram encharcados dehumor lugar-comum.

Os filmes foram se afastando do que inicialmente havia sido o spaghetti western que chegou a preocupar críticos por ameaçar o western tradicional. Os cômicos ainda atraíam multidões em busca dos títulos de faroeste italiano, mas, com o passar dos anos, nenhum desses longas se tornou um verdadeiro clássico, como os de Sergio Leone ou Sergio Corbucci. Se nos anos de glória do subgênero – entre 1966 e 1971 – se produziram mais de 70 longas, no ano de 1973 apenas dois filmes foram lançados.

O certo é que os faroestes macarrônicos, ou western movies, tiveram seu apogeu a partir de 1970 quando foi lançado Trinity é Meu Nome, que alcançou grande sucesso de público e bilheteria.

Depois do grande sucesso de Chamam-me Trinity os italianos lançaram outro longa metragem com a mesma dupla Terence Hill e Bud Spencer vivendo os mesmos personagens da fita anterior em outra sátira de morrer de rir, com o diretor ENZO BARBONI, que fazia uma paródia atacando e destruindo os velhos mitos do Velho Oeste, de pistoleiros a jogadores. Bem mais engraçada que a anterior, este Trinity não deixa nada sem deboche e extasia de tanto rir a dupla Terencer Hill e Bud Spencer, que esbanja simpatia.

Trinity, Terence Hill, é um andarilho e pistoleiro que acaba chegando à cidade na qual Bambino (Bud Spencer), seu irmão e ladrão, está disfarçado, atuando como Xerife local. Eles tentam passar despercebidos mas tudo dá errado quando se envolvem em um conflito de terras entre um grupo de mórmons e um grande barão local, que deseja se apropriar dos territórios dos colonos.

Estima-se que nos anos 1970 foram produzidos dezenas de filmes com a marca Trinity, mas apenas dois ultrapassaram as fronteiras da Itália com crítica e público favoráveis: “Trinity é Meu Nome” (1970) e “Trinity Ainda é Meu Nome” (1971), ambos dirigidos por Enzo Barboni, pseudônimo de E.B. Clucher, tendo como atores principais a dupla de grande popularidade Terence Hill e Bud Spencer. Mas depois foram perdendo público e crítica pela baixa qualidade das produções, baixo orçamento e falta de criatividade dos realizadores. Sua arte inovadora deu lugar a histórias fáceis e sem graça.

Clique aqui para assistir Trinity é meu Nome. Primeiro filme completo da série.

21 pensou em “TRINITY – E OS FAROESTES ESPAGUETES DOS ANOS 60-70

    • Tudo muito bem, tudo muito bom, meu dólar furado se perdeu, mas (inquisitor mas), o genial D.Matt precisa urgentemente cortar o cordão umbilical e assinar sua própria coluna. Abraço grande à dupla.

      • Sancho Pança, de uma hora para outra nos surgiu a ideia, entremos em contado, e saiu salada de fruta do Velho Oeste chamado no Brasil de TRINITY É MEU NOME!

        Obrigado, grande colunista!

        MESTRE D.MATT., CONHECE TUDO DE FAROESTE. ELE É CAPAZ DE DESCREVER UM FILME DE WESTERN SPAGHETTI INTEIRO DO GENIAL JOHN FORD SEM NENHUMA CONSULTA AO DICIONÁRIO!!!!!!

    • Maurício,

      Na adolescência minha curtição no CINE JAIME, de propriedade do senhor Jaime, no bairro Santo Antonio, em Carpina, PE, era assisti a esses filmes de faroestes macarrônicos e os clássicos do western spaghetti!

      Quanta diversão, quanta festa, quanta alegria!

      Infelizmente hoje não temos mais filmes como os de antigamente quando os diretores levavam cinema a sério!

      Uma pena a indústria do entretenimento ter virado um amontoado de efeito especial, com raríssima exceção!

  1. O grande TAVARES sabe muito bem do que penso desse ator mixuruca Terence Hill, o mesmo não se pode dizer de Bud Spencer que é melhorzinho. Pessoalmente, não compartilho com filmes faroestes “AMALOQUEIRADOS”. a única coisa que já assisti de filme de cowboy foi um da década de 40 com o Gordo e o Magro, mas mesmo assim em razão do seu humor original.

    P.S.: – Filme faroeste é cinema de macho(e não de machão!!!). Para filmar no Western tem que ser macho barburo, bebedor de uisque, mascador de fumo e fedorento. O biba do Terence Hill deveria saber que, para trabalhar em bang bang não pode ser biba e, pra ser macho, seu biba, tem que fazer volume na cueca!!!

    • Mestre Altamir Pinheiro,

      Antes de tudo, tiro-lhe meu chapéu como reverência!

      Segundamente, quem escreveu o EXTRAORDINÁRIO “NO ESCURINHO DO CINEMA”, ainda a ser lançado, já disse a que veio e de que gosta: DE CINEMA DE MACHO, SEM DESPREZAR AS FÊMEAS!

      Abraço, Mestre! Eu, Mestre D.Matt. e todos que gostamos de CINEMA estamos felizes com o seu retorno a esse ATRO DE DESASSOMBRADO que é o JBF.

  2. Me vi agora, numa manhã de segunda-feira, na hora do recreio no velho grupo escolar, numa roda de colegas, cada um querendo a atenção para dizer qual a parte do filme gostou mais.
    E cada um contava a sua, uns atropelando os outros na fala como é em qualquer roda de crianças.
    Uma cena era unanimidade: a que Bud Spencer dava “um telefone” na cabeça de um “bandido”.
    Quem aí sabe o que é um telefone?

    Grande, Tavares!

    • No Rio de Janeiro, onde nasci e depois me mandei correndo para
      outras terras, fugindo da estupidez e desgoverno contínuo,
      a gíria do carioca para o ” telefone ” era : Dar uma porrada
      nos ouvidos do cara, com as duas mãos abertas, ao mesmo tempo
      com toda força. Ele ficava sem ouvir a ” ave maria ” por um bom tempo.
      Pensando bem, a melhor coisa que tinha no RJ , no meu tempo era a gíria carioca.

      Não é mesmo Goiano ?
      Eu e o Goiano já trocamos comentários sobre muitas das
      gírias cariocas.

      • Amigo D.Matt., junto com Altamir Pinheiro, os maiores especialistas em filmes de faroestes clássicos, tenho uma grande amiga que diz que o Rio de Janeiro possui uma das mais belas paisagens do universo e uma das mais lindas praias do mundo, pena que a bandidagem política, o crime organizado e a fuleiragem de maus elementos lhe tiram o glamour e mancha de sangue essa beleza universal!

        GOIANO ESTÁ AÍ PARA RATIFICAR O QUE DIZEMOS!

        • Caríssimo Amigo Ciro.
          Essa sua amiga está com toda razão. A cidade do Rio de Janeiro é maravilhosa, tanta beleza desperdiçada com cariocas cegos e estúpidos
          que nunca aprenderam a votar e elegem essas
          nulidades que transformaram uma cidade calma
          e com uma boa condição de vida, neste inferno atual cheio de corrupção, e deram ( DESDE A MUITO TEMPO É VERDADE ) condições favoráveis aos bandidos que transformaram a cidade num covil de marginais, iguais àqueles que estão
          nos palácios , tramando grandes golpes contra o
          povo e os cariocas em particular.
          Eu viajei muito por consequência do meu trabalho, conheço muitos países e muitas cidades e em
          poucos lugares vi cenários tão belo.

          A chegada ao Rio de Janeiro por avião , é de
          deslumbrar qualquer um de tanta beleza na paisagem e a gente sente ao ver este cenário
          maravilhoso, não orgulho, mas um sentimento de
          paz e alegria que se transforma num agradecimento a Deus por toda a sua maravilhosa criação.

          O Hino oficial da cidade do Rio de Janeiro, como não podia deixar de ser é uma marchinha de carnaval, cantada pela Aurora Miranda irmã da grande Carmen Miranda , foi um grande sucesso até na Argentina e é entitulada ” Cidade Maravilhosa ”

          Lamento de um ex- carioca que fugiu do inferno.

        • Caro Cícero, ratifico mas… em termos. Por exemplo, quanto à beleza: viajei por muitos países do mundo, vi coisas lindas, mas quando se olha o Rio de Janeiro, especialmente de certos ângulos, a paisagem é deslumbrante, de tirar o fôlego. Porém… só se fores louco para ires à Vista Chinesa! Tem de ir de carro blindado para subir de automóvel ao Cristo Redentor! Em Ipanema, Copacabana. Leblon, as praias mais lindas deste mundo, fique esperto, se for hora de arrastão, dançaste.
          Porém, não é exclusividade do Rio. Vai dar sopa em Salvador. Já era. Em poucos minutos fiquei com um vergão no pescoço, da unha do malandro querendo me pegar o cordão. De outra viagem lá, eu ia entrando em uma rua e um jovem me advertiu, não entra por aí, é assalto na certa.
          No Recife eu estava em um grupo de turistas, há poucos anos, comecei a me afastar na Praia da Boa Viagem para comprar alguma coisa em um quiosque, o guia, gente da terra, me alcançou, me pegou pelo braço e perguntou, “tu tá louco, hômi? Quer ser assaltado? Não saia de perto de mim!”.
          Todos devem ter suas experiências de viver em um país onde saúde, habitação, alimentação, educação, regras de moral e honestidade e tantos outros benefícios aos quais a população inteira deveria ter acesso, o que se chama Justiça Social, está reservado a uma minoria. Certo, passamos da fase da penúria absoluta, vencemos o estágio de terceiro mundo, mas o nível de benefícios oferecido à população em geral é um, baixo, muito diferente do que serve às classes média e alta, que representam a grande maioria do povo.
          O problema da segurança, que existe concentrado no Rio, como em São Paulo, é um problema do Brasil, e a concentração nas metrópoles é um fenômeno migratório – é para os grandes centros que correm as águas, as limpas e as poluídas.
          Me perguntem por que podes andar mais à vontade em Londres, Paris, Roma, Bruxelas, Berlim, Hamsterdã, Copenhaguem etc. e eu não hesitarei em responder que é pelo nível cultural e pelas boas condições de vida da população – tanto assim que não irás, em Paris, te sentires tão seguro assim em Saint Denis, em Château Rouge ou Saint-Ouen, mas ainda assim não correrás o mesmo risco que certamente passarias dando bobeira em algumas partes da região do Porto, no Rio.
          Enfim, nosso problema não é só, e nem tanto, de administradores desonestos, polícia corrupta, crime organizado: garanto que a raiz de nossos problemas se chama JUSTIÇA SOCIAL.

      • D. Matt, assim que li teu comentário pensei em recuperar algumas das conversas sobre gírias, mas o Jornal da Besta Fubana tornou-se tão extenso que não é fácil reencontrar algumas coisas, mesmo com o mecanismo de pesquisa que ele nos oferece no alto da página.
        Interessante é que nesta hora me lembrei de uma gíria que não sei se ficou só no Rio, porque foi muito usada nos anos em que morei lá pela primeira vez, fins dos anos 50 e início dos anos 60, que era a palavra
        “BREGUETE”
        Essa palavra servia para tudo: Me dá esse breguete, vou comprar um breguete ali, você achou aquele breguete que estava porocurando? de quemé este breguete?…
        E assim infinitamente.
        O interessante, também, é que do mesmo jeitdo que surgiu… sumiu!

    • Obrigado pela leitura amistosa, Jesus Ritinha de Miúdo.

      Sua presença e comentário nos honra pela catilogência!

      Um “telefone” era um “tebêi” dado no pé do ouvido de alguém que o deixava zonzo, muitas vezes se debatendo no chão como um epiléptico.

      Bons tempos os nossos! Curtindo Trinity e vendo os amigos se digladiarem por besteira porque alguém fez uma “cara” no chão e alguém cuspiu em cima!

  3. D. Matt, vou pedir licença para pegar uma carona na parte onde dizes que “A chegada ao Rio de Janeiro por avião , é de deslumbrar qualquer um de tanta beleza na paisagem e a gente sente ao ver este cenário maravilhoso, não orgulho, mas um sentimento de paz e alegria que se transforma num agradecimento a Deus por toda a sua maravilhosa criação”.
    Não é para me promover – já ando meio que aposentado da música – mas Célio Mattos, meu parceiro de muitas composições, que atualmente reside em Lyon, fez uma melodia para o Rio de Janeiro e me pediu para pôr letra. Eu escrevi a letra e ela fala justamente da chegada ao Rio de Janeiro de avião, assim como fez o Tom Jobim no seu Samba do Avião.
    Para falar de belezas do querido Rio de Janeiro.

    • Goiano de nome, mas carioca de coração. Certo?
      Se voce não nasceu no Rio de Janeiro, sem dúvida merece
      uma medalha por conhecer tão bem todas as belezas do RJ e
      também, todas as desgraças e contratempos que
      infelizmente fazem parte atualmente do RJ.
      Mas nem sempre foi assim, nos anos 40/50 o Rio era civilizado,
      muitas vezes fui da praia do Flamengo onde residia, até
      copacabana à noite, a pé durante o verão, atravessava o Tunel
      em Copacabana , na madrugada e nunca fui assaltado.
      Você que morou lá algum tempo, deve lembrar que as coisas
      pioraram a partir dos anos 60 e tudo se consolidou com a
      entrega da cidade aos bandidos durante o desgoverno
      do incompetente e corrupto Brizzola.
      Você está ficando famoso, pois tem aparecido cantando
      ultimamente com muita frequência , aqui no JBF.

      Palmas para o Goiano, que ele merece.

      ,

  4. D. Matt, grato pelos aplausos!
    Temos muitas convergências e algumas divergências.
    Nos anos em que morei no Rio, a primeira vez, 50/60 como disse antes, a grana era muito curta, ninguém tinha carro, para as locomoções de trabalho usávamos os coletivos, bonde, ônibus, lotação, trens da Central do Brasil quando fosse o caso. Para diversão, ir à Praia (eu morava pertinho de ti, subindo pela Santo Amaro, na Santa Cristina, e devemos ter nos esbarrado na Praia do Flamengo muitas vezes, antes de existir o aterro). Também frequentei as pedras colocadas para o aterro, onde íamos mergulhar, pegar mariscos que cozinhávamos em latas de querosene lá mesmo. E joguei muito tênis de mesa no Clube do Flamengo, que não sei se ainda tem dependências ali. Em, pequenos grupos de três ou quatro íamos da Glória à Lagoa, a pé, passávamos por Leblon, Ipanema, Copacabana, atravessávamos o Túnel Novo, ou o Velho, conforme o percurso, e voltávamos, parando aqui e ali para um pingado. Andávamos pela Lapa à noite, de madrugada. Não posso dizer que não passamos, alguma vez, algum aperto, mas isso muito, muito eventualmente (um policial bêbado quase nos atirou pelas costas enquanto fugíamos de sua maluquice, certa vez, na Praça Paris – ele achava porque achava que a gente tinha maconha…), ao passo que hoje, andando por aquelas plagas, à noite ou às vezes até de dia, a exceção pode ser não passar apertos.
    Foi um tempo bom da peste, rsrsrs
    Algumas divergências (e até algumas convergências) teríamos, se fôssemos esmiuçar detalhadamente, quando aos governos do Brizola, esquerdista safado que junto com Darcy Ribeiro criou os CIEPS – Centros Integrados de Educação Pública, que representam como “ninguém” a cara escarrada do pensamento de esquerda: as escolas em horário integral, seus alunos tinham acesso a métodos especiais de aprendizado, alimentação completa supervisionada por nutricionistas, prática de esportes e de leitura e tratamento odontológico, inspiração que, felizmente, não se perdeu, apesar das perdas que se seguiram, porque nem sempre os governos vieram a concordar que pobre necessitava de tudo aquilo. Os CIEPs foram equipados com salas de aula, quadra poli-esportiva, biblioteca, consultório dentário, cozinha, banheiro com duchas e, em alguns, com piscina. Atualmente muitos se encontram abandonados, desativados, servindo a repartições públicas, ou funcionando fora do projeto pedagógico original
    Foi no governo dele que foi construída a Linha Vermelha, sem cujo desafogo o caos do trânsito no Rio de Janeiro teria sido à época insolucionável.
    E fez o Sambódromo, dada a expansão das Escolas de Samba, o acréscimo que o Carnaval representou no Turismo, e a necessidade de organização dos desfiles – constituindo ainda mais uma fonte de renda direta para suportar todo o esquema.
    Certamente, haverá algo criticável, afora certas lendas que foram implantadas no imaginário popular.
    Brizola merece algum respeito, menos, é claro, por parte da direita, que preconiza outras formas, menos diretas, de alcance da justiça social – algo como primeiro crescer o bolo para depois dividi-lo.
    De certo modo, queremos resultados semelhantes, mas com planos, projetos, execução, atuações e, especialmente, urgências diferentes.

  5. MEU CARO GOIANO,

    O seu comentário acima até parece o enredo de uma escola de samba.
    Como exemplo de como as coisas “parecem ” mas não é bem assim, eu cito
    o Samba do Crioulo Doido, um enredo que incluia um mix de fatos e
    personagens, para um resultado completamente insano…
    Algumas coisas citadas acima, foram realmente criadas pelo incompetente
    Brizzola, mas vamos citar também algumas de suas obras mais memoráveis;

    1. Governo corrupto, que limpou a zero o Banco do Estado do Rio
    de Janeiro O BANERJ , que foi arrazado à zero e que para encobrir o
    grande roubo e a falência do Banco, ele foi ” vendido ” ao Banco do
    Brasil, numa transação por demais suspeita e nunca bem esclarecida.
    Pergunto : Porque interessaria ao BB comprar uma massa falida ?
    Resposta: Pergunte ao presidente que na época, me parece que era
    o hoje crítico, papo furado FHC

    2. Os filhos do Brizzola, ( sempre os filhos para atrapalhar ) foram perseguidos
    pela policia várias vezes. A filha era uma viciada em cocaina e foi pega muitas
    vezes no alto dos morros cariocas comprando cocaina abertamente e
    enfrentava a policia com violência.
    Para facilitar o trabalho, o honesto Brizzola deu carta branca a policia
    e aos vendedores de cocaina que entraram num ” acordo ” ou seja:
    Você finge que não viu e eu finjo que te prendo…..
    Por falar em viciados de cocaina, era boatos na cidade de que o filho também
    era viciado e também o PRÓPRIO BRIZZOLA.

    3. Esse Darci Ribeiro citado e amigão do Brizzola, era um grande comunista
    não era apenas esquerdista, mais vermelho cor de sangue e não perdia
    a oportunidade de demonstrar a sua esquerdiopatia abertamente, principalmente na direção da juventude carioca.

    4. Para salvaguardar a liberdade de ação dos seus filhos, o governador
    largou a policia de mão e fez a festa dos bandidos que abusavam da impunidade.
    EU VI E OUVI , na Cinelândia no centro do Rio, turmas de bandidos
    e maconheiros à noite se enchendo de cachaça e afirmando bem alto ;
    ” NOIS AGORA TAMOS BEM, GRAÇAS AO BRIZA,, PODEMOS
    FAZER O QUE NOIS QUIZER ”
    5. Tem muito mais, se quizer saber, é só ler os Jornais cariocas da época.

    Goiano, meu Caro. Tenho muita simpatia pela sua pessoa, mas em política
    nós discordamos completamente.
    Um abraço.

  6. MEU CARO GOIANO,

    O seu comentário acima até parece o enredo de uma escola de samba.

    Como exemplo de como as coisas “parecem ” mas não é bem assim, eu cito
    o Samba do Crioulo Doido, um enredo que incluia um mix de fatos e
    personagens, para um resultado completamente insano…
    Algumas coisas citadas acima, foram realmente criadas pelo incompetente
    Brizzola, mas vamos citar também algumas de suas obras mais memoráveis;

    1. Governo corrupto, que limpou a zero o Banco do Estado do Rio
    de Janeiro O BANERJ , que foi arrazado à zero e que para encobrir o
    grande roubo e a falência do Banco, ele foi ” vendido ” ao Banco do
    Brasil, numa transação por demais suspeita e nunca bem esclarecida.
    Pergunto : Porque interessaria ao BB comprar uma massa falida ?
    Resposta: Pergunte ao presidente que na época, me parece que era
    o hoje crítico, papo furado FHC

    2. Os filhos do Brizzola, ( sempre os filhos para atrapalhar ) foram perseguidos
    pela policia várias vezes. A filha era uma viciada em cocaina e foi pega muitas
    vezes no alto dos morros cariocas comprando cocaina abertamente e
    enfrentava a policia com violência.
    Para facilitar o trabalho, o honesto Brizzola deu carta branca a policia
    e aos vendedores de cocaina que entraram num ” acordo ” ou seja:
    Você finge que não viu e eu finjo que te prendo…..
    Por falar em viciados de cocaina, era boatos na cidade de que o filho também
    era viciado e também o PRÓPRIO BRIZZOLA.

    3. Esse Darci Ribeiro citado e amigão do Brizzola, era um grande comunista
    não era apenas esquerdista, mais vermelho cor de sangue e não perdia
    a oportunidade de demonstrar a sua esquerdiopatia abertamente, principalmente na direção da juventude carioca.

    4. Para salvaguardar a liberdade de ação dos seus filhos, o governador
    largou a policia de mão e fez a festa dos bandidos que abusavam da impunidade.
    EU VI E OUVI , na Cinelândia no centro do Rio, turmas de bandidos
    e maconheiros à noite se enchendo de cachaça e afirmando bem alto ;
    ” NOIS AGORA TAMOS BEM, GRAÇAS AO BRIZA,, PODEMOS
    FAZER O QUE NOIS QUIZER ”
    5. Tem muito mais, se quizer saber, é só ler os Jornais cariocas da época.

    Goiano, meu Caro. Tenho muita simpatia pela sua pessoa, mas em política
    nós discordamos completamente.
    Um abraço.

    • D. Matt,

      1) Se bem me alembro, o Banerj foi comprado pelo Itaú, não?
      2) O patrimônio líquido do banco na data do leilão era de R$ 181 milhões, sendo vendido 99,97% do seu capital social por R$ 311 milhões.
      3) O grupo Itaú arrematou as 190 agências, 1.000.000 de clientes.
      4) A venda foi em 1997?
      5) O governador era o Marcelo Alencar?
      6) Brizola governou o Rio de 1983 a 1987 e de 1991 a 1994.
      7) O que têm os filhos de Brizola a ver com as calças?
      8) O assunto não era corrupção e bandidagem?
      9) Brizola fungador? Primeira vez que ouço isso.
      10) Talvez esteja havendo alguma confusão, porque dizem que a filha do Brizola ia atrás do pó, e por isso cocaína adquiriu o “apelido” de “brizola”?
      11) Eu frequentava o bas-fond do Rio (Lapa, Carioca, Cinelândia, Taberna da Glória, Catete) e nunca vi nem ouvi bandidos e maconheiros declarando que estavam bem porque o Brizola amaciou para eles.
      12) Brizola governou o Rio Grande do Sul (1969/1961), onde seu governo também deixou marcas, inclusive na educação, o que mostra que sua preocupação com a educação o levaria a implantar no Rio o sistema que Darcy Ribeiro idealizou e executou.
      13) No segundo mandato como governador do Rio, Brizola foi muito criticado por gestão desorganizada causados por ultracentralismo e desprezo pelos procedimentos burocráticos adequados, tendo deixado o cargo com apenas 14% de aprovação.
      14) Consta que algumas coisas que dizem dele, como ter feito acordo com a bandidagem, são meras intrigas da oposição.
      15) Não conheço acusações de corrupção envolvendo Leonel Brizola.
      16) “De 18 de fevereiro de 1970 a 22 de abril de 1971, no decorrer de 429 dias, uma comissão criada pela ditadura esquadrinhou exaustivamente o patrimônio do então exilado Leonel de Moura Brizola (1922-2004). Com declarações de Imposto de Renda, extratos de contas bancárias e registros de imóveis urbanos e rurais à mão, a subcomissão gaúcha da Comissão Geral de Investigação (CGI) concluiu que os bens do ex-governador do Rio Grande do Sul eram compatíveis com sua renda. A investigação foi arquivada e, implicitamente, a ditadura chancelou a honestidade de um dos seus mais figadais inimigos.”
      17) Pauto minhas convicções por fatos.

      • Desculpe Goiano, mas você está enganado.
        O banco BANERJ foi vendido ao Banco do Brasil e na
        época, todas as agências do BANERJ TINHAM UMA PLACA COM O NOME DO BANCO DO BRASIL. AINDA
        HOJE, NA CIDADE EM QUE RESIDO AQUI EM SC., UMA DAS AGÊNCIAS DO ANTIGO BANERJ , está sendo
        utilizada como agência do BB. HOJE MESMO ESTIVE NESSA AGÊNCIA, RETIRANDO MINHA APOSENTADORIA
        QUE É PAGA PELO BB.

        Se foi vendida em 1997 depois do gov. Brizola , foi porque o banco estava bichado e precisava ser recuperado, pois o
        gov. Brizola limpou o Banco.

        O que tem a ver os filhos do Brizola com as calças ?
        O que tem a ver os filhos do Bolsonaro com as cuecas do pai ?
        Catete, cinelândia, Taberna da Glória nunca foi BasFond, a Lapa sim, talvez.
        Quanto ao fato dos bandidos se vangloriarem do governo Brizola, EU VI E OUVI, MUITAS VEZES nos bares do
        centro do Rio, alí mesmo em frente ao Teatro Municipal, onde ficavam os grandes cinemas,

        É verdade, o governo militar esquadrinhou a gestão do
        Brizola e não encontrou nada, sabe porque ?
        Respondo: Porque na época não tinhamos uma
        lava jato e um juiz da altura de um Sergio Moro que foi
        capaz de botar na cadeia um ex-presidente, ladrão e sua quadrilha e hoje é um
        presidiário desfrutando de uma liberdade escandalosa e imoral.
        Não pauto minhas convicções por fatos, mas sim pelo que vi
        e vivenciei. Vi tanta sacanagem administrativa que peguei as minha mala e me mandei do RJ e nunca mais voltei, nem mesmo para visitar.
        Estou esperando o RJ ficar civilizado para eu voltar a
        visitar, o que acontecerá apenas quando eu já tiver
        me encantado, residindo , espero, no alto astral
        e vendo a inteligência humana cada dia mais estúpida.

        Como disse o grande ciêntista e filósofo, criador da
        teoria da relatividade:
        ” O UNIVERSO PODE ATÉ TER UM FIM,
        MAS A ESTUPIDEZ HUMANA É INFINITA ”

        O abraço ainda continua válido.

  7. D. Matt, não é minha intenção criar contigo uma polêmica interminável, mas há detalhes que eu gostaria de passar a limpo:
    1) O Banerj, segundo as fontes, não foi comprado pelo Banco do Brasil, mas pelo Itaú:
    https://www.folhadelondrina.com.br/economia/itau-compra-banerj-com-agio-de-035-28267.html
    2) Isso se deu após Brizola ter saído do governo e ter havido ainda após o dele o governo do Nilo Batista por um ano e só no terceiro ano do Marcelo Alencar, ou seja, quatro anos após a saída de Brizola, é que se deu a venda do Banerj.
    3) Os filhos de Brizola não tiveram nada a ver com o governo dele. E nada tiveram a ver com os problemas de corrupção e de segurança de que falas, portanto a menção a eles é puro diversionismo.
    4) Já os filhos de Jair Messias Bolsonaro…Bem, nem poreciso comentar, mas estão enterrados na política e nas trapalhadas do pai e deles próprios até o pescoço, no campo da política, não no campo da cafungação que nada tem a ver com as calças, sendo eles vereador, deputado, senador e ativos causadores de problemas políticos. Políticos, meu caro.
    5) A Taberna da Glória era ponto da boemia e de músicos, e também de bandidos e de prostituição. A rua que ficava esquerda, paralela à rua do Catete, e que não existe mais (como não vais ao Rio, pelo que dizes, não sabes que toda aquela linha de prédios que separavam as duas foi derrubada e alargada a rua do Catete) era de prostituição, como a rua Taylor, por exemplo, na Lapa, ou a das Marrecas na Cinelândia (Passeio), região do Madame Satã.
    6) Se o governo militar não tinha capacidade, força e poder para esquadrinhar a vida de alguém… ninguém mais tem. Eles tinham todos os meios de investigação possíveis e mais alguns, inclusive os dedo-duros. Não era necessário mandado ou qualquer tipo de autorização para fazer escutas telefônicas, entrar nas casas, verificar contas bancárias… acho que tu não estavas aqui. E agté estranho que não tenham plantado provas contra Brizola, piis chegaram ao fim sem conseguir nada, nada, contra ele. Ponto final.
    7) Assim como Sérgio Moro condenou Lula poderia, sim, condenar Brizola: sem provas.
    8) As bravatas que ouviste talvez fossem apenas bravatas, uma vez que não coincidem com a realidade dos fatos.
    9) Nossa cordialidade pode e deve ser mantida, apesar das divergências.
    Abcraço.

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