DALINHA CATUNDA - EU ACHO É POUCO!

Hoje sofro sem São João,
Sem fogueira, sem balão,
E o canto do meu amor.
Retirando seu chapéu,
Dizendo: Olha pro céu,
Repare quanto esplendor!

Chegou a praga, a desdita,
Chegou a peste maldita,
E acabou nossa ilusão
Fiquei sem meu arraial
Pois agora é virtual
Nossa festa e tradição.

Embora fique bem triste
Meu coração não resiste
E me pede pra cantar.
E eu entro na brincadeira
Acendo minha fogueira
E meu facho pra brincar.

Para seguir nova meta
Convido cada poeta
A fazer sua oração
Vamos rimar alegria
Fazer versos com poesia
Para festejar São João.

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  1. Hoje sofro sem São João,
    Sem fogueira, sem balão,
    Mas (benedicto mas), nem tudo é tristeza não.
    Chegou a poeta, a bendita,
    Chegou Dalinha Bonita,
    Mais bela que a Maria do Lampião.

    • Pois é, Sancho Pança, vamos fazendo a festa om as ferramentas que temos. Obrigada pelos versos, sou fã de Maria Bonita.

  2. Não olho pro céu, meu amor
    Tamanha é a minha dor
    No alto, não há um balão
    Arraial não tem, nem pensar
    Fogueira não posso pular
    Acabaram com nosso S João
    XB

    • • Vou entrar nesse fuxico,
      • Eu quero brincar com Xico,
      • Giripoca vai piar.
      • No auge da brincadeira,
      • Dançando em volta a fogueira,
      • Vou ver Bizerra berrar.

  3. D. Dalinha, lhe confesso com emoção, fiquei feito buscapé aceso de tanta convicção. Poeta que é poeta louva sempre com amor nossa festa de São João.

    • Nesses dias de pandemia
      A dança, os fogos, a cantoria.
      Virou tudo uma quimera
      Ficou só na imaginação
      Brincar São Pedro e São João
      Ah! quem dera, quem dera!

      Esperei um ano inteiro
      Pelo santo padroeiro
      Poder reverenciar
      Digital frustração sem fim
      Bricar o São João assim
      É mesmo que não festejar

    • *
      Com o Carlos Eduardo,
      No arraial eu boto fé,
      Ele vem com emoção
      Aceso igual buscapé
      Gritando: Viva São João!
      E cheio de animação,
      Pra dançar no arrasta-pé.

  4. Se a Giripoca piar
    Eu não vou querer brincar
    Nem quero estar por perto
    Quero é ver dona Dalinha
    Dançar queimando a rodinha
    Num São João pra lá de certo

    • *
      Você é o meu exemplo,
      Resolvi me prevenir.
      Dançou queimando a rodinha
      E fez todo mundo rir
      Bebeu sem se controlar
      A fogueira quis pular
      Mas acabou por cair.

  5. Caí, mas não me queimei
    Não deixei-me pegar fogo
    A rodinha eu não queimei
    Pois não gosto desse jogo
    Fui foi cantar de galo
    Dalinha foi no embalo
    A franga tava de gôgo

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