Hoje sofro sem São João,
Sem fogueira, sem balão,
E o canto do meu amor.
Retirando seu chapéu,
Dizendo: Olha pro céu,
Repare quanto esplendor!
Chegou a praga, a desdita,
Chegou a peste maldita,
E acabou nossa ilusão
Fiquei sem meu arraial
Pois agora é virtual
Nossa festa e tradição.
Embora fique bem triste
Meu coração não resiste
E me pede pra cantar.
E eu entro na brincadeira
Acendo minha fogueira
E meu facho pra brincar.
Para seguir nova meta
Convido cada poeta
A fazer sua oração
Vamos rimar alegria
Fazer versos com poesia
Para festejar São João.
Hoje sofro sem São João,
Sem fogueira, sem balão,
Mas (benedicto mas), nem tudo é tristeza não.
Chegou a poeta, a bendita,
Chegou Dalinha Bonita,
Mais bela que a Maria do Lampião.
Pois é, Sancho Pança, vamos fazendo a festa om as ferramentas que temos. Obrigada pelos versos, sou fã de Maria Bonita.
Não olho pro céu, meu amor
Tamanha é a minha dor
No alto, não há um balão
Arraial não tem, nem pensar
Fogueira não posso pular
Acabaram com nosso S João
XB
• Vou entrar nesse fuxico,
• Eu quero brincar com Xico,
• Giripoca vai piar.
• No auge da brincadeira,
• Dançando em volta a fogueira,
• Vou ver Bizerra berrar.
D. Dalinha, lhe confesso com emoção, fiquei feito buscapé aceso de tanta convicção. Poeta que é poeta louva sempre com amor nossa festa de São João.
Nesses dias de pandemia
A dança, os fogos, a cantoria.
Virou tudo uma quimera
Ficou só na imaginação
Brincar São Pedro e São João
Ah! quem dera, quem dera!
Esperei um ano inteiro
Pelo santo padroeiro
Poder reverenciar
Digital frustração sem fim
Bricar o São João assim
É mesmo que não festejar
*
Marcos André, meu amigo,
O nosso São João já era.
Pra não morrer de tristeza,
Vou vivendo de quimera.
Com essa realidade,
Eu suspiro com saudade,
E digo apenas: Quem dera!
Assim tu humilha a gente, mulher.
*
Com o Carlos Eduardo,
No arraial eu boto fé,
Ele vem com emoção
Aceso igual buscapé
Gritando: Viva São João!
E cheio de animação,
Pra dançar no arrasta-pé.
Se a Giripoca piar
Eu não vou querer brincar
Nem quero estar por perto
Quero é ver dona Dalinha
Dançar queimando a rodinha
Num São João pra lá de certo
*
Você é o meu exemplo,
Resolvi me prevenir.
Dançou queimando a rodinha
E fez todo mundo rir
Bebeu sem se controlar
A fogueira quis pular
Mas acabou por cair.
Caí, mas não me queimei
Não deixei-me pegar fogo
A rodinha eu não queimei
Pois não gosto desse jogo
Fui foi cantar de galo
Dalinha foi no embalo
A franga tava de gôgo