DEU NO JORNAL

Leandro Ruschel

A militância de redação opera para justificar prisões políticas, além de mentir descaradamente.

Allan Frutuozo é um jornalista que saia de férias para a Argentina, segundo seu relato. Se ele estivesse “tentando fugir”, como afirma o UOL, não seria pelo aeroporto e através do controle de saída da PF, não é mesmo?

É mais um caso que demonstra o estado de exceção em curso: o seu processo é tão sigiloso que a própria polícia não teve acesso inicialmente ao seu mandado de prisão, ao ponto de ele ter ficado horas esperando na sala da PF até saber do que tratava o alerta ligado ao seu nome.

Depois da confirmação da prisão, o seu advogado declarou que não havia tido acesso aos autos.

Em seguida, a Globo noticiou que teve acesso à decisão, que havia partido de um plantão da Justiça Federal no DF em dezembro de 2022, e depois remetida ao Supremo por prevenção do ministro Moraes, o que juristas afirmam não fazer sentido.

Ele está sendo acusado de participar da tentativa da invasão à delegacia da PF em Brasília em dezembro, quando um cacique foi preso no âmbito dos protestos daquele mês.

Várias questões surgem: se havia um mandato aberto desde dezembro, por que não foi cumprido? Ele tem endereço conhecido e um canal público…

Por que está respondendo no Supremo, se não tem foro? Por que seu advogado não teve acesso aos autos? A transmissão de um evento, por um jornalista, equivale a participar de uma atividade?

Alguém já viu jornalista alinhado à esquerda sendo preso por cobrir invasão do MST?

Mais uma dia no país da “democracia relativa”.

7 pensou em “MAIS UM JORNALISTA PRESO NO PAÍS DA “DEMOCRACIA RELATIVA”

  1. O regime militar 64 perto do que ocorre hoje foi fichinha. à época havia uma guerra de terrorismo para implantar um comunismo ao estilo cubano aqui e os Militares tiveram que atuar.

    O duro é ver que os “isentões” que se dizem longe do comunismo, condenam o que se chamou de ditadura militar não abrem o bico perante o que ocorre hoje.

    Interessante notar que em 76 Geisel disse que vivíamos em uma democracia relativa.

    O Ladrão Descondenado repetiu a fala estes dias para definir o atual regime.

  2. O Allan tinha passagem comprada de ida e volta. Mais um preso político. Corta o coração ver o filho pequeno dele perguntando “vai demorar papai?”

  3. Durante o regime militar era comovente a espera da galera do Brasil que sonhava com a volta do irmão do Henfil.
    Demorou mas o irmão voltou, bem como houve a volta de tanta gente que partiu num rabo de foguete.
    Mas muitos outros desaparecerem e nunca voltaram, para o desespero e dor – uma dor assim pungente – dos familiares que ficaram perguntando em vão quando seus entes queridos iriam voltar.
    É de cortar o coração.

    • Corrigindo:

      Durante o regime militar era comovente a espera da galera do Brasil que sonhava com a volta do irmão do Henfil.
      Demorou mas o irmão voltou, bem como houve a volta de tanta gente que partiu num rabo de foguete.
      Mas muitos outros DESAPARECERAM e nunca voltaram, para o desespero e dor – uma dor assim pungente – dos familiares que ficaram perguntando em vão quando seus entes queridos iriam voltar.
      É de cortar o coração.

      • Caro Ari, Betinho (o irmão do Henfil) fazia parte da
        Ação Popular, um grupo terrorista de esquerda que queria implantar o comunismo no BR.

        Saiu em 1971 porque quis e ninguém o impediu. Voltou ao Brasil em 1979, ainda faltando 6 anos para acabar o Regime Militar sem ser incomodado.

        Por esta fuga, recebeu indenização milionária, salário mensal, que sua esposa recebe até hoje.

        AS pessoas que foram vítimas dos atos terroristas de seu grupo jamais foram indenizadas.

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