Comentários sobre a postagem RÚSTICA – Florbela Espanca
Pablo Lopes:
“Dar às pombas o sol num grão de milho…”
Não tenho conhecimento ou verve para comentar.
João Francisco, meu conterrâneo, me socorra!
* * *
João Francisco:
Pablo, para conhecer o poema da divina Florbela, é preciso entender o que ela viveu.
Ela escreveu isso quando estava no final da vida, depois dos 30, numa cidade grande, quando já havia casado 3 vezes, perdeu um filho, a mãe, o irmão querido (em um acidente de avião).
Digamos que já estava calejada.
O que quer uma pessoa nestas condições? Voltar às coisas mais simples da vida.
Ela, que viveu boa parte da infância e mocidade em Vila Viçosa, um lugarejo pequeno em que as coisas eram simples.
O milho cresce alimentado pelo sol, sendo que as pombas ao comerem seus grãos, se alimentam do sol, assim como todo mundo.
À noite o luar se reflete nas águas paradas. Logo, o gado se alimenta do luar.
Florbela queria de volta as coisas rústicas e simples.
Daria tudo o que tinha (versos, poesias) por isso.
Muito obrigado, caro João Francisco. Às vezes fico imaginando o que eu estava fazendo da vida para não ter conhecido a obra de Florbela antes.
Obrigado mestre Berto por nos presentear com os versos dessa escritora maravilhosamente melancólica.
O mérito é do Pedro Malta, titular da coluna de poesias. Esta fantástica seleção de poemas é feita por ele.
Abraços e uma excelente semana, amigo Pablo.
Caro Pablo, também demorei para reparar na Florbela, que já era publicada há tempos nesta Gazeta culturalmente escrota que é o JBF graças ao digníssimo Pedro Malta.
De repente eu fui parando para ler; no começo implicava com os versos melancólicos da rapariga (coisa de portugueses, eu pensava) e aos poucos fui tomando gosto por seus versos).
Passei a ver ali uma coisa atemporal, que desnudava (um pouco, hehe) a alma não só dela, como de todas as mulheres.
Amores, angústias, sofrimentos, alegrias, volúpias, mistérios, dualidades, sonhos; tudo isso e mais um pouco se passa em suas poesias.
Caros,
Direciono meus agradecimentos ao Colunista Pedro Malta, já me desculpando por não ter me atentado a este detalhe. Também reitero a mesma gratidão ao João Francisco e Mestre Berto, graças a vocês Florbela ganhou mais um leitor e admirador apaixonado. Uma ótima semana a todas.