Sou poeta popular
Nos versos sou estradeira
Quando pego um carreirão
Meu verso não tem barreira
Sempre tive a língua solta
Pois gosto de brincadeira
Quando chego num alpendre
Puxo logo uma cadeira
E desenrolo meu verso
Sem esquentar a moleira
Ninguém derruba meu verso
Com pedra de baladeira.
Quem for fraco de poesia
Pode pegar na carreira
Meu angu aqui é quente
Não se come pela beira
Quando retoco o batom
Mostro meu lado brejeira.
Tem muita gente que aplaude
Meu verso de cantadeira
Porém tem gente que diz
Que apenas falo besteira
Não canto sem minha figa
Não passo sem benzedeira.
Aprendi meu carreirão
Ouvindo Pedro Bandeira
Escrevo meus absurdos
Por causa de Zé Limeira
Eu só não aprendo nada
É quando esbarro em toupeira.
Esse canto encarrilhado
É canto de catingueira
Que não erra na flechada
Porque sabe ser certeira
SE TEM CANTO DE SEGUNDA
O MEU CANTO É DE PRIMEIRA.
DALINHA CATUNDA - EU ACHO É POUCO!
Carreirão bom da besta fubana. Desceu a ladeira na banguela. Viva Dalinha.
Sancho a cada dia mais fã de Dalinha e Beni, mas (surpreendente mas), isso atá as pedras já sabem…
Meu abraço, Sancho, obrigada pelo carinho.
Sem tomar folego, Beni. Meu abraço.
Dalinha não perde a forma. Ótimo!
Gosto dos motes e das modalidades do repente, estou sempre pesquisando e me encantando com o que encontro, daí eu vou arremedando e botando meu tempero. Meu abraço, Bernardo