Vi passar num corcel a toda brida,
Nuvens de poeira erguendo pela estrada,
Um gigante, impassível como o nada,
Indiferente a tudo – à morte e à vida!
Tinha nos braços, como adormecida,
Fantástica mulher, sublime fada:
Lindos cabelos de ilusão dourada,
Pálidas faces de ilusão perdida…
Assombrado, gritei para o Gigante:
“Quem és? A loura fada é tua amante?
E o cavaleiro – O Tempo – respondeu
“Eu sou tudo e sou nada nos espaços,
E essa Deusa, que levo nos meus braços,
É a tua Mocidade, que morreu!”
Colaboração de Pedro Malta