Alexandre Garcia
Nesses quase 45 anos de Brasília, cobrindo 23 escolhas de presidentes da Câmara e do Senado, não lembro ter visto uma eleição que trouxesse tanta perspectiva de mudança, incluindo peso na próxima eleição presidencial. Os dois antecessores contribuem para que se tenha a sensação de mudança da água para o vinho, nesses primeiros dias de nova administração na Câmara e no Senado. Com a pandemia e o país à espera de soluções legislativas urgentes, Maia e Alcolumbre, nesses meses de campanha para permanecerem na presidência, só viam os próprios interesses. Pacheco e Lira mostram o oposto.
Como num toque de mágica, matérias importantes recebem um levanta-te e anda! O radicalismo de Maia é substituído pela diplomacia de Pacheco e o diálogo de Lira. Juntos, assumem compromisso com o país e exorcizam a disputa por vaidades. Sobretudo, põem em prática a harmonia entre poderes, conversam sem restrições com ministros e com o chefe do Executivo.
Levanta-se a autonomia do Banco Central que dormitava na Câmara e é tratada com urgência; as reformas administrativa e tributária são religadas; no quadragésimo-primeiro dia do ano, vai se instalar a Comissão Mista do Orçamento de 2021 – incrível descaso movido pela sede de poder. Acerta-se com o Executivo um rol de prioridades; garantem-se mudanças legais que sejam necessárias para atender a mais gastos sociais com a pandemia.
A maioria parlamentar se reencontrou, na eleição em que os vencedores fizeram mais que o dobro de votos do segundo colocado. Na Câmara, o placar sepulta a esperança dos derrotados em 2018 de buscarem o tapetão do impeachment.
Os resultados de 1º de fevereiro de 2021 já se projetam para 2 de outubro de 2022. Percebendo o rumo dos acontecimentos, Dória convida Maia para o PSDB, mas FHC reconhece que resultado na Câmara é um adeus à idéia de evitar reeleição; Lula se apressa e indica Haddad de novo e a esquerda se divide, pois também tem Ciro e Boulos.
Se a harmonia produtiva entre Legislativo e Executivo durar 20 meses, não haverá surpresa em 2022.
Pois é…..
É uma esperança no novo Congresso, e isso é confortador
Em compensação com a canalhada do STF temos grandes problemas…..
Quem sabe o Senado elimina alguns elementos tóxicos do STF
São apenas 11 mas estao fazendo um msl terrível para o Brasil…..
Vamos para-los de maneira pacífica, de acordo com a CF….. ….. ou ainda vai ter sangue, nao há dúvida….
“É uma esperança no novo Congresso, e isso é confortador”
E viva as rachadinhas!
Como diz o editor: clap, clap, clap!
Por pior que seja o legislativo a cada 2 anos Temos a esperança que possa mudar como estamos vendo. Já no judiciário (alta corte) diga-se de passagem esta esperança e só mesmo com a morte de um urubu togado. Porque sair com 75 anos e mesma coisa que morrer
Falando francamente, acho que temos o dever cívico de acelerar este processo, seja por impeachment, seja por uma guilhotina ou pelotão de fuzilamento.
URGENTE ! JÁ !!!!
Guilhotina jâ….
Eu ainda prefiro o Garrote. O ultimo gozo do supliciado será o eterno gozo do supliciador!
Alexandres Garcia, como sempre, foi cirúrgico!
“FHC reconhece que resultado na Câmara é um adeus à idéia de evitar reeleição; Lula se apressa e indica Haddad de novo e a esquerda se divide, pois também tem Ciro e Boulos.” Nessa leitura, então, parece ter se esmerado.
Teria sido perfeito em sua análise, se houvesse usado o mesmo raciocínio do leitor Gonzaga, no comentário acima e que eu faço questão de copiar abaixo:
“Por pior que seja o legislativo a cada 2 anos temos a esperança que possa mudar como estamos vendo. Já no judiciário (alta corte) diga-se de passagem esta esperança e só mesmo com a morte de um urubu togado.”
O “mandato” no STF deve ser revisto com urgência. E cabe a nós, o povo, verdadeiros donos deste país, discutirmos e encontrarmos uma solução.
Do jeito que está, não pode ficar.