Numa Escola pública de Natal, num dia de prova de Português, o primeiro quesito foi uma Redação, com o tema “Uma pessoa adorável”.
Nessa escola, predominava o número de alunos criados somente pela mãe.
Todos fizeram a redação, focalizando seus heróis de revistas em quadrinhos, artistas de cinema e televisão, cantores, e até jogadores de futebol. Em nenhum momento, homenagearam os pais ou outros parentes, exceto Antonina, uma aluna exemplar, que sempre se destacava em tudo, inclusive na educação. Essa aluna era a mais aplicada da classe e foi quem primeiro entregou a prova.
Sobre o tema da redação, ela assim se expressou:
“Para mim, uma pessoa adorável é o meu Pai, Antônio Firmino. Ele é meu herói , meu amigo. Tem dedicado sua vida a mim e à minha irmã, desde que perdeu nossa mãe para o câncer.
Já faz seis anos e até hoje ele não quis casar novamente. Diz sempre que jamais nos dará uma madrasta. Eu digo a ele que isso não seria problema nenhum. Toda pessoa viúva tem direito de se casar de novo. Mas ele diz que não quer. Para mim e minha irmã, ele é pai e mãe. Faz o possível para nos dar uma boa educação e diz que seu maior objetivo na vida é nos ver formadas e muito felizes.
Neste mundo, não existe pessoa melhor do que meu Pai. É a ele que eu mais amo na vida.”
Ao corrigir a redação de Antonina, a professora ficou impressionada com a maturidade dessa aluna de 12 anos e se emocionou. Leu a redação em voz alta para toda a classe ouvir.
Aquela declaração de amor ao pai provocou lágrimas em alguns alunos. Todos se comoveram com o fato de Antonina ser órfã de mãe.
A menina ficou feliz com o destaque que a professora deu à sua redação, considerando-a uma das melhores da classe.
Seus colegas passaram a olhá-la de forma mais carinhosa e solidária.