Sempre almejei contemplar um Pernambuco bem pensante, criativo, empreendedodor e multiplicador de iniciativas humanistas e tecnológicas ajustadas aos desafiadores amanhãs regionais. Por isso, imaginei, outro dia, um CEPCC – Curso de Especialização em Pedagogia Crítico-Construtiva, de responsabilidade compartilhada pelas universidades pernambucanas, com três anos de duração, com QI mínimo exigido para seleção, períodos noturnos, em área de fácil acesso devidamente equipadas, sem nenhuma vinculação com as atuais estruturas curriculares do Conselho Federal de Educação. Um curso de especialização de legitimidade exclusivamente estadual, constituído por uma estrutura curricular amplamente compatívelm com as exigências de um desenvolvimento estadual socialmente solidário e economicamente desenvolvimentista.
A estrutura curricular do inovador CEPCC seria composta de disciplinas ainda não componentes de outras especializações em Educação similares, muito embora devidamente reconhecida pelo Conselho Estadual de Educação.
Algumas das disciplinas integrantes do currículo do CEPCC: Composição escrita e oral em Língua Portuguesa, Cálculos Matemáticos Básicos, Fundamentos e Aplicações de Logoterapia, História Pernambucana, Empreendedorismo, Filosofia Viva, Espiritualidade Não Religiosa, Comunitarismo, Ética Comportamental, Questões Raciais e Culturais Contemporâneas, entre as que muito ampliariam uma Profissionalidade Magisterial capaz de consolidar uma crescente mentalidade cidadã nos discentes dos dois primeiros graus de ensino.
A seleção dos camdidatos em nenhum momento utilizaria os resultados do Enem, havendo ampla divulgação dos requisitos exigidos para a seleção. E os diplomados pelo CEPCC deveriam ter um regime salarial específico, em legislação aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco.
Sem precipitação nem populismos eleitoreiros, seria instituída uma Comissão Instituconal do CEPCC pelas universidades componentes, coordenada pela dupla UPE/UNICAP, que se encarregaria de implementar o Projeto CEPCC, bem como seus futuros desdobramentos técnico-científico-culturais.
Sonhar só é apenas um sonho, embora sonhar com mais alguns outros pensantes seja um bom começo de realidade, um excelente mote para se dar os primeiros passos, que muito poderiam catapultar Pernambuco para muito além das propagandas televisivas eleitoreiras, consolidando ideários educacionais de personalidades que enobreceram os ontens maurícios predominantemente libertários.
Lamentavelmente, muitos darão um muxoxo diante da proposta acima. Mas continuarei a sonhar, a la Fernando Pessoa: “Isso exige um estudo profundo. Uma aprendizagem de desaprender.” E permanecerei militante da área educacional, a perceber, como Pessoa, que “quanto mais eu abro as asas mais sei que não vou voar.” Entretanto, apesar dos amanhãs negativados, continuarei freicanecamente sonhando até meus últimos dias.