Se o mundo quer calar-me, eu não hesito:
recorro à trova e crio um mundo novo
onde ponho o calor e a voz do povo,
um punhado de humor, um beijo e um grito.
Na trova eu me divirto e me comovo,
nela o meu sonho é muito mais bonito,
nela eu prendo as estrelas do infinito
e um pássaro a cantar dentro de um ovo.
Trova é roupa estendida na varanda,
relva molhada pela chuva branda,
rosa vermelha, moça na janela,
gotas de orvalho a tremular na flor…
Por isso não a queiram mal, pois ela
é a voz e o coração do trovador!
Colaboração de Pedro Malta