Vivia do amor desde a adolescência distante no interior bem interior. Até que uma ‘bondosa’ alma levou a menina esbelta para uma cidade maior, dando-lhe abrigo e um lugar, a que chamava de quarto, onde guardava suas poucas coisas e recebia a ‘clientela’ para o exercício de seu ofício tão cheio de desesperada sofreguidão. Vendia amor. E assim foi sua vida: carinhos falsos recebidos e reciprocados em proporção maior, na maior parte das vezes. Fingir era preciso. Poeticamente, fingia. E fingia tão bem fingido que chegava a pensar que era amor o amor nunca sentido. Pessoa que lhe conceda perdão. Muito mais que a paga final, agradava-lhe a eventual palavra de alguns homens, afiada e cortante como faca, mas verdadeira e real como a vida. Tinha plena ciência de que, logo, logo, a cortina se fecharia. Definitivamente. Sem aplausos. Sem luz. Será quando restarão apenas as palavras que lhe foram presenteados na última noite, fria, sem gozo. O derradeiro ato estará encerrado e a vida daquela mulher, então não mais esbelta, será transportada para outro plano. Talvez menos glamoroso, certamente menos sofrido.
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Mais uma pérola deste gênio que é o mestre Xico Bizerra. É um privilégio poder lê-lo, graças ao Papa. Maravilha. Que assim seja, e permaneça, até o fim dos tempos.
Vixe Maria, só posso dizer como diz meu querido amigo e parceiro Flávio Leandro: com um elogio desses eu ‘fico todo cagado por dentro’. Obrigado, meu nobre jurista José Paulo.
Uma pérola lapidada, divinamente, lapidada
Professor Assuero, obrigado por tanta generosidade. Nos veremos no Cabaré,
quarta-feira. Abraço grande