CÍCERO TAVARES - CRÔNICA E COMENTÁRIOS

O neto do jumento Pierre Collier

Paulinho de Zefinha era um matuto apombalhado que saiu do distrito de Lagoa do Carro, Pernambuco, nos anos oitenta para cursar Ciências Políticas na UFPE. Seu sonho: Ser professor estadual!

Como se destacava dos demais calouros por ser grandalhão, fez amizade na classe com o colega Jeferson Fron, um rapagão falsa bandeira da capital, frequentador assíduo das baladas afrangalhadas das noites recifenses.

Entrosado em todos os trabalhos de classe, Paulinho não desconfiava das tendências viadais de Jeferson e convidou-o para ir ao sítio dos pais em Lagoa do Carro para passar um final de semana em contato com a natureza e os animais de estimação.

Jeferson adorou a ideia e num final de semana viajou com Paulinho para o sítio. Chegando lá ficou encantado com o negão Adamastor Pezão, pau para toda obra no sítio, um metro e oitenta e oito de altura, braços e dedos grossos, beiço de gamela, butina quarenta e quatro nos pés… Era um Hulk Preto!

Além de Adamastor Pezão, Jeferson ficou com água na boca quando viu o jumento Pierre Collier, com a jatumama dura, maior do que a de Polodoro, pra lá e pra cá, correndo atrás das jumentas no cio. Era pai de todos os jegues e éguas que nasciam no sítio! Um gigante!

À noite, quando todo mundo estava dormindo, Jerferson, não resistindo ao tamanho da picana de Pierre Collier, levantou-se da cama de campanha na ponta dos dedos dos pés, e, no silêncio da noite, foi direto à estrebaria onde o jumento dormia em pé para provar da mortadela jeguista.

Lá, no escuro da noite sem luar, Jerferson o alisou, passou a mão por todas as partes íntimas do jumento, pegou-lhe na jatumama já pra lá de dura e, não resistindo, arriou a bermuda e deixou entrar só o “chapéu”… Depois do coito zoofílico, correu para cama, todo ensanguentado e dolorido, andando com as pernas abertas, em forma de cangalha.

Manhanzinha Paulinho percebendo a ausência de Jerferson na hora do café, foi até a varanda da casa onde ele se encontrava deitado. Encontrando-o gemendo e com o oi da goiaba sangrando.

Assustado com a cena furical, Paulinho perguntou o que aconteceu:

– Paulinho – disfarçou Jerferson – me desculpa cara. Mas é que eu não resisti à noite, tomei a liberdade de andar de cavalo, pus a sela em Pierre Collier e, quando escanchei as pernas e fui apoiar as nádegas, sentei-me mesmo no pito da sela que entrou todinha no meu rabo e desde ontem está sangrando e doendo muito!

Assustado com o desmantelo, Paulinho não perdeu tempo diante da situação. Pegou o opala do pai e levou Jerferson às pressas à maternidade local onde havia um clínico geral, com especialidade em proctologia.

Assim que chegou à maternidade, Paulinho não perdeu tempo, tibungou com Jerferson no corredor e foi direto para sala de emergência.

O médico que estava de plantão era o clínico geral e proctologista Hildebrando Sarapião que, percebendo a gravidade do problema e desconfiando da sinceridade de Jerferson, perguntou-lhe:

– Como foi esse acidente, meu filho? Foi no pito da sela mesmo ou você andou fazendo traquinagem que não devia. Olhe, eu vou fazer um tratamento aqui com penicilina e óleo de peroba. Mas se não estancar a sangria eu vou ter de utilizar um antibiótico novo que chegou de Cuba aqui na Maternidade. Agora só tem um detalhe: Se você estiver mentindo o remédio vai ter um efeito colateral do caralho! Além de sofrer com insuportáveis dores, vai ter uma hemorragia letal que pode levá-lo a óbito! Portanto, é melhor contar a verdade!

Ao que Jerferson, temeroso, e desconfiado que o médico, experiente, já estava por dentro do “acidente”, confessou:

– Doutor, o senhor está certo! Eu senti uma atração irresistível pela mimosana do jumento do sítio e não perdi tempo! Foi muito bom o desejo, doutor, mas quando entrou o “chapéu”… eu desmaiei e só vim me acordar no outro dia todo ensanguentado com o Paulinho me chamando e perguntando o que era isso no meu ânus. Agora não conta nada pra ele não, visse doutor! É que eu sou viado, mas gostaria que ele não soubesse!

O médico deu um sorriso irônico no canto da boca e ficou a refletir olhando a imagem de Santo Agostinho instalada na parede da sala de plantão, e pensou: Os tempos estão mudando!

8 pensou em “O VIADO, A SELA E O DOUTOR

      • É impressionante a natureza, Sancho Pança! Na mocidade tudo flui com a maior naturalidade, mas quando chega a velhice o bicho pega!

        Com Pierre Collier, pai, também não foi diferente: morreu com a venta exalando o perfume do rabo da jumenta no cio sem poder fazer nada.

        Triste fim de um garanhão!

    • Maurício,

      O pai de Pierre Collier também era um gigante no sítio. Emprenhava as três burrinhas e as burrinhas dos vizinhos que procuravam vovô Manuel para “cedê-lo”, pois era considerado um terror.

      Mas, deprimente mesmo foi vê-lo na velhice: lânguido, desanimado, sem tesão para nada. As burras o provocavam e ele nem nem!!

      Depois morreu de desgosto por não ter mais o vigor da mocidade!

      Obrigado, Grande Professor, pelo comentário.

  1. Eita, Cícero!

    Que estória da porra!

    A unica bronca é que teu jumento tá pra desmoralizar Polodoro, nosso querido mascote e estuprador de boga dos antifas, com essa jatumama descomunal.

  2. Adônis Oliveira,

    Os antifas só agem de forma predatória contra a Democracia porque desconhecem uma jatumama qual a de Pierre Collier, o terceiro da geração ajumentada, disposto a comer qualquer rabo fascista, nazista, equerdopata feito os da seita lulaica.

    Em toda a redondeza de Lagoa do Carro-PE, onde papai administrava o sítio São Francisco, até os cabras mais machos da redondeza ficavam boquiabertos com o tamanho da salamandra de Pierre Collier.

    Fosse hoje eu ia ganhar muito dinheiro fotografando o bicho copolando com as jegas para a Exposição Queermuseu.

    Os esquerdopatas viados e as sapatonas iriam ficar com água na boca!

  3. Essa história é parecida com outra: Dizque o sujeito (baitola enrustido) deu prum negão apelidado “pé de mesa”, tendo machucado seriamente o “olho de porco”. Ao médico alegou que havia, por acidente, caído sentado em um toco. O médico experiente falou: Rapaz, tu vai me desculpar mas para mim isso é machucado de pau! Toco, doutor! Pau e dos grandes! Toco, doutor! Ok – diz o médico, tenho aqui dois remédios, um pra toco e outro pra pau, se tomar o remédio errado você vai morrer! Tá bom doutor, me dá o de pau! Mas que foi toco, foi mesmo…

    • Sergio Rieffel, muito obrigado pela leitura e comentário.

      É impressionante como o Nordeste é rico em histórias de fuleiragem.

      Se fossem anotadas todas as histórias hilárias de matutos trapalhões e inteligentes, o mundo morreria de RIR e NÃO DE GUERRA E GANÂNCIA E PODER!!

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