JESUS DE RITINHA DE MIÚDO

A vida sempre é melhor sob os delírios da alma.
Sob a certeza de que nada é certo. Nem errado. Tampouco feio. Ou bonito.
Saber que no tudo há muitos nada. Que o nada muitas vezes é o tudo na vida.
Que a loucura nada mais é que um sobejo da lucidez. Um sopro do extraordinário.
E que a simplicidade é o limite mais próximo de uma vida feliz.
Nada melhor que sonhar que se vive o impossível. No pódio do inalcançável.
Nada mais fascinante que viver sem existir. Algo. Alguém. Tudo é como um conto bem escrito.
Às vezes…
A vida é um delírio fantástico das reticências. Bom é acreditar nela. Na vida. Com pontos finais. Com reticências.

Bom é acreditar que se é capaz. E ser.
E que o caos de vez em quando se organiza em nosso favor.

23 pensou em “NÃO É POESIA. NÃO É POEMA. É APENAS UMA BREVÍSSIMA CONSTATAÇÃO SOBRE A VIDA

  1. Jesus agora é editor de livros. Sucesso grande o evento do lançamento de “Gentil, verás que um filho teu não foge à luta”, da escritora Teresa Oliveira! Esse cabra é sabido demais!

    • Jesus, que de “miúdo” não tem nada, é um grande poeta. Poeta este que tive o prazer de conhecer recentemente no lançamento do livro ” GENTIL, verás que um filho teu não foge à luta” de Teresa Paiva de Oliveira. Já vejo um grande editor nas vertentes da literatura. Parabéns, meu caro!

      • Obrigado por aparecer neste espaço, Dasira.
        Salve o link desse jornal virtual e vire leitora.
        Aqui você se encontrará.

  2. Jesus, sabes contar na matemática da ilusão, quantas vezes eu já vi a alma? Não sei se era a minha alma. Mas, juro que vi. Ué, no Ceará de tantos e meu também, quando a gente consegue passar incólume por um problema aparentemente insolúvel, a gente diz: “eu vi alma para resolver”! Ver alma jamais será conversar com a morte. Morte é uma coisa, e alma é outra. Ninguém precisa morrer para ter alma. Queres ver a alma? Apois passe dois dias caminhando numa estrada longa no Piauí, sem água para beber e sem comida para comer. Zulive!

  3. “Às vezes…
    A vida é um delírio fantástico das reticências.” E ter a oportunidade de ler tão lindas palavras faz a gente delirar em pensamentos. Essa brevíssima constatação da vida é uma placa onde informa que a vida é isso, simples assim. Parabéns ao porra por nós presentear com essa leitura encantadora e que toca fundo na alma. Obs: Fernando Pessoa tremeu no túmulo quando viu essa frase que postei no início do tô meu comentário. Tremeu Fernando, Machado, Rui, Clarisse, Cora e demais. Tremei.

  4. “Às vezes…
    A vida é um delírio fantástico das reticências.” E ter a oportunidade de ler tão lindas palavras faz a gente delirar em pensamentos. Essa brevíssima constatação da vida é como uma placa onde informa que a vida é isso, simples assim. Parabéns ao poeta por nos presentear com essa leitura encantadora e que toca fundo na alma. Obs: Fernando Pessoa tremeu no túmulo quando viu essa frase que citei no início do meu comentário. Tremeu Fernando, Machado, Rui, Clarisse, Cora e demais. Tremei.

  5. A vida não é nada disso que o autor escreveu, nem em poesia, nem em poema. Sugiro que o ator mude o título de seu texto para “Não é poesia. Não é poema. É apenas uma brevíssima constatação sobre a MINHA vida.”

    • Caríssimo Silas, tantas vezes o nada é o tudo que se tem na vida.
      Para muitos. Assim o é.
      Infelizmente.
      Obrigado por participar.

      PS.: Eis aí, na coluna, um muito da MINHA vida. Sim!
      Porém, também da sua, da nossa, da de todos nós.
      Uns aceitam. Outros não.
      Eu sou feliz, não obstante, por encarar a vida sem a seriedade dos que pensam saber tudo. Eu ainda estou aprendendo porque meu saber é um tudo do nada.
      Por exemplo: acabei de aprender um pouquinho com você.
      Outra vez obrigado.

  6. Jesus, você brinca com as palavras! Assim já é covardia… e nesse brincar, você junta vocábulos e sentimentos e nos representa através dos seus escritos. Sua escrita leve e gostosa de ler compõe a sua essência. Obrigada por nos proporcionar momentos assim… em que a alma se vira pelo avesso, para procurar o lugar onde ela se perdeu. Seja sempre luz! 🙂 😊

  7. Parabéns, grande poeta Jesus de Ritinha de Miúdo, pelo belíssimo poema em prosa!

    Uma reflexão bonita e verdadeira!

    Grande abraço!

  8. Estimado poeta Jesus de Ritinha de Miúdo,

    Falcão, o Bardo cearensés sintetizou com genialidade suas reflexões sobre o delírio da alma em “Quem Nasceu Para Tatu, Morre Cavando:”

    Já que tudo foi dito, amor
    Só nos resta refletir
    Se o açúcar é branco
    O sal é da mesma cor
    Sem falar na farinha
    Que também é muito natural
    Que a loucura é um dom
    De quem se julga normal

    NÃO É POESIA. NÃO É POEMA. É APENAS UMA BREVÍSSIMA CONSTATAÇÃO SOBRE A VIDA, são os suspiros que temos quando estamos sob a égide do amor divino.

    Parabéns por mais essa sensibilidade poética.

    Abraçaço do admirador

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