Longe, no céu tão diáfano e sereno,
as nuvens brincam de fazer figuras;
traçam imagens, erguem esculturas,
vivo painel sobre o horizonte ameno.
Um cavaleiro em sólida armadura,
na torre de um castelo aguarda o aceno;
além, um monstro a baforar veneno,
aqui, mansa ovelhinha toda alvura.
Tal como as nuvens o destino é incerto,
em nossa vida as ilusões se agitam,
juntas, no tempo, às horas de amargura.
Vento que insufla a areia no deserto,
mas cessa, enfim… e em nossa alma palpitam
os anseios de paz e de ventura.
Colaboração de Pedro Malta