CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

VIVA, IMPRENSA LIVRE!

Realmente, está cada vez mais difícil sobreviver à orgia política, à mixórdia ideológica e ao mar de lama que dão forma e sustentação à República da Bandalheira que o governo petista, a base alugada que lhe prestou apoio e cumplicidade durante os quase quatorze anos que comandou o País e os escombros da ex-imprensa independente – que descobriu sua independência nas pautas pré-programadas por agências de publicidades oficiais e encontrou na subserviência mercenária o esplendor de sua liberdade -, transformaram o Brasil.

O ambiente está tão degenerado que somos tomados pela incredulidade quando o espaço entre uma denúncia vazia e outra excede a um dia e a demonstração de ódio irrestrito das mídias ao presidente Jair Bolsonaro ultrapassa um hiato de 24 horas. Nesse antro em decomposição, jornalistas, uns a soldo do poder corrupto, outros entorpecidos pelo ópio da ideologia, traem a profissão e desdouram suas biografias atuando como reles esbirros de políticos e nababos abaixo de qualquer suspeita.

A decomposição toma proporções alarmantes e arrasta para esse oceano da promiscuidade grandes expoentes da imprensa nacional, reduzindo a um grupo limitadíssimo os órgãos de informação nos quais podemos creditar a veracidade da notícia veiculada.

A maneira escancaradamente parcial exercida pelos jornais impressos e televisivos procurando minimizar as transformações acontecidas no primeiro ano da administração Bolsonaro e o silêncio ensurdecedor sobre os mais de 500 dias sem sequer uma única denúncia de corrupção envolvendo o presidente ou qualquer um de seus ministros, por exemplo, apenas confirmam o viés ideológico que emporcalha a profissão e vulgariza as Redações nesses tempos sombrios em que ainda padecemos sob o signo do lulopetismo e lutamos para sobreviver ao império da mediocridade.

Tem, sobretudo, aqueles que preferem o atalho da desinformação, ou, em outras palavras, recorrem à tática cafajeste de desvirtuar o sentido da notícia quando ela, por força de seu conteúdo, reproduz alguma tendência favorável ao governo. Nesses momentos, buscam desesperadamente diminuir a importância do feito, via de regra, recorrendo a manchetes propositadamente dúbias. Não se conformam com a vontade soberana de mais da metade dos eleitores brasileiros que decidiram, na urna, escorraçar um partido político e um certo ex-presidente do poder. Juntos – pt, acrescido de seus puxadinhos – e imprensa formam o grupo dos enxotados. Um do poder. A outra, do cofre do poder.

Um dos princípios basilares da atividade jornalística informativa, presumo, é levar ao leitor a informação como ela é. Imaculada, sem interferência. É a consagração da ética, da seriedade e da competência profissional. Não há dificuldade, nem facilidade, apenas o extrato fiel de um fato, acabado ou não. O espaço dedicado aos editoriais tem sido reconhecido ao longo do tempo como reduto inviolável da opinião, sagrada, e da preferência política, democrática, dos informativos. Fora dali, é só proselitismo vagabundo.

No entanto, incapazes de praticarem qualquer coisa parecida com autocrítica, jornais e jornalistas divulgam e acreditam piamente que são o quarto poder. Pérfidos arrogantes, nada mais! Atividade jornalística é apenas mais uma profissão, portanto, sua importância é igual a qualquer outra. Nem mais, nem menos.

Precedem essas divulgações, outras inverdades que têm sido o mantra entoado pelo jornalismo desde priscas eras. “Sem imprensa livre não há democracia”, “respeitem os jornalistas”, “eles são vitais para o estado democrático de direito”. Informações mais falsas do que lágrima de jurado dos the voices e got talents da vida.

Na verdade, a imprensa vive e ganha dinheiro vendendo notícias. Do mesmo jeito que o profissional liberal vende cachorro quente e o empresário do ramo calçadista vende sapato, o dono do jornal vende notícias. Contrata jornalistas que se acham os oráculos da sociedade para produzirem essas notícias.

Aí começa o problema, pois a informação tem que ser bem produzida senão não vende, e, se não vender, o jornalista perde o emprego e o dono fali. Então, premidos pelo instinto de sobrevivência, e da ganância, transformam a notícia em espetáculo. E essa sociedade espetacular é comandada no Brasil por três grupos bilionários que manipulam os textos, as imagens e as notícias. A propalada imprensa livre e soberana pós governo militar jamais passou de um latifúndio fuleiro comandado pelas famílias Frias, Marinho e Mesquita. Aliados à politicalha que emporca e atrasa a Nação, tentam de qualquer forma silenciar a nova imprensa que prospera célere, e de modo irreversível, nas redes sociais.

Ademais, quem sustenta a democracia não é, nem nunca foi, a imprensa. Ao contrário, ela se sustenta da democracia. A principal face da democracia é a Educação. A BOA EDUCAÇÃO!

É a boa educação que faz surgir a resistência contra a ditadura. É a boa educação que fornece ao cidadão capacidade crítica para distinguir o bom e o mau jornalismo. É a boa educação, sim, que sustenta a democracia e põe no chão as tiranias que, muitas das vezes, é a imprensa tradicional que as mantém em pé! A Venezuela é logo ali.

A democracia parida no ventre apodrecido do esboço da nova sociedade em construção e propagada pela imprensa corretamente canalha, não comporta “aberrações politicamente incorretas” como Jair Bolsonaro. Indignados, seus democratas do caos tentam, todos os dias, o dia todo, humilhá-lo, diminui-lo, fragilizá-lo, ridicularizá-lo. Tentaram até matá-lo!

Às escâncaras da sordidez, fecham o cerco da irresponsabilidade buscando sua derrubada. Vendilhões da Pátria, tramam na calada da traição a imposição de um golpe de estado.

Onde esse tresloucado quer chegar? O que ele pensa ganhar mandando, aos berros, seus ministros se perfilarem ao lado do povo? Como ousa romper a barreira dos 500 dias de governo sem nenhuma denúncia de corrupção? O que ele pretende com essa determinação insana de fazer cumprir as promessas de campanha? Joga pedra no Jair. Joga ovo no Jair. Ele abraça qualquer um, maldito Jair!

Viva a imprensa livre! Viva redentora imprensa livre! Viva, e redima nossas consciências dos grilhões escravagistas da imprensa morta.

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