A EPIFANIA DE JIMMY CARTER E UM SCRIPT PARA TRUMP
Consta que, nos idos de 2019, o ex presidente Jimmy Carter, (faleceu aos 100 anos, em 29 de dezembro de 2024), ainda como assessor de Donald Trump em seu primeiro governo, recebeu um telefonema do presidente, que demonstrava grande preocupação com o crescimento geopolítico da China.
O comentário de Carter é de uma sobriedade fantástica.
“Você tem medo que a China nos supere, e eu concordo com você. Mas você sabe por que a China nos superará? “Eu normalizei relações diplomáticas com Pequim em 1979 – quando foi presidente dos EUA – desde essa data você sabe quantas vezes a China entrou em guerra com alguém? “Nem uma vez, enquanto nós estamos constantemente em guerra”.
“Os Estados Unidos é a nação mais guerreira da história do mundo, pois quer impor aos Estados que respondam ao nosso governo e aos valores americanos em todo o Ocidente, e controlar as empresas que dispõem de recursos energéticos em outros países.
“A China, por seu lado, está investindo seus recursos em projetos de infraestrutura, ferrovias de alta velocidade intercontinentais e transoceânicos, tecnologia 6G, inteligência robótica, universidades, hospitais, portos e edifícios em vez de usá-los em despesas militares.
“Quantos quilômetros de ferrovias de alta velocidade temos em nosso país? Nós desperdiçamos U$ 300 bilhões em despesas militares para submeter países que procuravam sair da nossa hegemonia. A China não desperdiçou nem um centavo em guerra, e é por isso que nos ultrapassa em quase todas as áreas.
E se tivéssemos tomado U$ 300 bilhões para instalar infraestruturas, robôs e saúde pública nos EUA teríamos trens bala transoceânicos de alta velocidade. Teríamos pontes que não colapsem, sistema de saúde grátis para os americanos não infectarem mais milhares de americanos do que qualquer país do mundo pelo COVID-19. Teríamos caminhos que se mantenham adequadamente. Nosso sistema educativo seria tão bom quanto o da Coreia do Sul ou Xangai.”
Carter falou com razão de causa. Somado ao estratosférico orçamento bélico, advêm a reboque, como a causa do declínio dos EUA, um longo e histórico processo de desindustrialização. Este, por seu turno, está associado ao déficit comercial crônico e à migração de capitais produtivos.
Sobre o celebrado democrata Obama, pesa a responsabilidade histórica pelas atrocidades cometidas pelo imperialismo na Líbia. Já o republicano Bush deflagrou as dispendiosas guerras no Afeganistão e no Iraque.
O também democrata Joe Biden, que sucedeu Donald Trump, move agora uma guerra por procuração na Ucrânia e intensifica as provocações contra a China em Taiwan e no chamado Mar da China.
Todavia, Trump, apesar do seu jeito arredio e um pouco truculento, nunca iniciou uma única guerra, pelo contrário, afastou-se dos imbróglios da Síria e negociou a saída do Afeganistão, realizada depois de forma desastrada pelo Biden. (dizem que o desastre foi proposital, armando o inimigo com armamentos modernos dos EUA… política de desestabilização e de deterioração do Estado Americano – Plano de fundo dos democratas – conforme algumas acusações que estão sendo investigadas pelo atual governo)
A guerra que Trump provoca e enfrenta atualmente, é a guerra comercial. Em vez de fazer uso de tanques (Abrams e Leopard) e caças ( F-47 e J-36) ou, ainda, com mísseis hipersônicos, de drones a ogivas termobáricas e lançadores de mísseis portáteis, ele esta fazendo uso de uma “arma” que está inquietando o mundo comercial como um todo: TARIFAS. Ou, ainda como gosta de dizer, reequilibrar a reciprocidade tarifaria comercial com seus parceiros.
A mídia anti Trump – um grande e forte consorcio de veículos de imprensa – formado desde seu 1º governo, já intensificou um “bombardeio” nos meios de comunicação, dando como desastroso para os EUA, a política de tarifação implementada por ele. Até o momento, vários países negociaram com os EUA, a reciprocidade da política de tarifação de produtos. A China já avisou que acionará a OMC para rever este posicionamento americano, em relação ao tarifaço de 125% ao produtos chineses.
As bolsas de valores registraram quedas acentuadas, em reação a atual política de tarifação.
O mundo aguarda ansioso e sobressaltado, o andamento desta guerra, que está apenas começando.
Concordo totalmente, Marcos André, e lembro aqui uma frase do grande economista Frederic Bastiat, infelizmente pouco estudado nos dias de hoje:
“Quando as mercadorias param de cruzar as fronteiras, os exércitos começam.”
Cá pra nós, mestre Marcelo, o Trump está certo.
A mídia esquerdista já desandou a publicar só coisas negativas. O que já era de se esperar. O plano de dominação mundial, via comercio, pelo PCC está começando a ruir como um castelo de areia…
Beleza. Carter tem razão nesse aspecto. A base da sustentação americana foi serviços de dívida, ou seja, juros que eram cobrados de diversas economias. Carter, ousou ao retirar o pessoal da embaixada no irã quando virou uma teocracia e Reza Parlevi pediu asilo aos EUA quando Khomeini voltou. Não foi reeleito. A inflação americana o derrubou. Os caras se metem na vida de todo mundo querendo defender a democracia. Parece piada.
Verdade, Paredão de Barragem.
O fracassado e desastrodo resgate dos reféns da embaixada no Irã, colocou a pá de cal em sua tentativa de reeleger-se. Foi tudo que Ronaldo Reagan precisou pra se eleger presidente.
Sem falar no perdão dado a todos os desertores da Guerra do Vietnã.