Eu tinha o livro irmão desses cadernos,
Que tenho hoje espalhados na gaveta
Era escrito por mim com tinta preta
Tinha sonetos amorosos, ternos…
Branco, continha os madrigais eternos
Que nos lembra a saudade de um poeta…
Nele brilhava, lânguida, secreta
Toda min’halma de gelidez de invernos…
Um dia o livro me caiu dos dedos…
Arrastando consigo os meus segredos
Foi-se esse raio do meu morto brilho…
Fui procurá-lo loucamente aflito
E pela estrada ressoou meu grito
Lembrando um pai que procurasse o filho…
Colaboração de Pedro Malta